A noite anterior havia sido um tanto conturbada, com todos os pesadelos que tive e a conversa com meu pai. Por um longo tempo, fiquei pensando a respeito do que ele me falara, sobre voltar a treinar. Minha cabeça rodava ao pensar nesse assunto, pois não seria mais a mesma coisa treinar sem Trunks ao meu lado. Éramos uma dupla, imbatíveis contra os monstros sempre que estávamos juntos. Mas agora ele se foi, e eu sinto muito sua falta ao meu lado.
Depois de muito pensar, realmente decidi ouvir meu pai. Ele era sábio, sempre me dava bons conselhos, então acho que o velho Poseidon estava certo mais uma vez. Talvez treinar um pouco ajudasse a manter minha mente ocupada por um tempo, e também acho que eu preciso voltar a minha forma física. Já podia sentir meus músculos ficando flácidos.
Então fui até a arena do Acampamento, vestindo meu manto das flores, com a invisibilidade desativada, e carregando meu escudo oceânico e minha espada. Não havia muitos campistas naquela hora do dia, visto que ainda eram seis da manhã, então eu tinha o lugar todo para mim. Havia uma grande caixa de madeira no meio da arena, e logo me interessei por ela. Sabia que algo estava lá dentro. Um barulho, parecido com o sibilar de uma cobra, vinha lá de dentro. Uma dracaena, talvez. Mas conforme me aproximava o som ficava mais forte e alto.
Meu coração batia forte, e eu sentia uma adrenalina que há muito havia esquecido como era a sensação. Com um golpe de minha espada arranquei o cadeado que mantinha a caixa fechada, e dei um pulo para trás.
De lá saíram várias dracaenas, como um verdadeiro exército. No começo elas ficaram um pouco desnorteadas, tentando tapar a luz do sol com os escudos sobre as cabeças. Após mais ou menos um minuto elas perceberam a minha presença e vieram com tudo me atacar. Formaram um círculo em minha volta, sibilando coisas horríveis para mim e apontando suas lanças em minha direção.
"Irmãsss, nossso café da manhã essstá na messsa!" disse uma delas, que parecia ser a maior, portanto, a líder. Meu sangue corria rápido em minhas veias, e meu coração batia cada vez mais forte. A adrenalina de um combate tomando conta de meu corpo e meus sentidos.
- Se querem me comer, terão que vir aqui e tentar me pegar! - gritei, batendo minha espada contra o escudo.
Uma das dracaenas que estavam na frente atacou, tentando acertar meu peito com a lança. Bloqueei o golpe com meu escudo, o que o fez liberar uma certa quantidade de água. Com aquela quantidade, criei algumas esferas de água e joguei-as nos olhos da dracaena, distraindo-a enquanto com a espada golpeava seu flanco. Um corte, não tão profundo, foi feito ali. Não foi capaz de matá-la, mas foi perfeito para aprisionar a alma do monstro. A dracaena cambaleou, e tentou agarrar meus pés, mas logo a lâmina da espada havia cortado seus braços, e sua cabeça. Sangue verde sujou minha espada e logo o monstro havia se transformado em poeira.
Em toda a minha volta as outras dracaenas pareceram ficar furiosas, e começaram a me atacar. Meu corpo foi tomado por uma espécie de extase, e meus braços se moviam quase que automaticamente. Atacando, defendendo, atacando... Fiz isso infinitamente, ferindo todos os monstros a minha volta e os transformando em pó. Vez ou outra as dracaenas conseguiam me acertar, fazendo cortes aqui e ali em meus braços e rosto, mas eu continuava lutando, sem sentir dor. Continuei até que somente a líder restasse.
"Sssua sssemideusssa insssolente! Você dessstruiu minhasss irmãsss!" Ao ouvir o sibilar irritado da líder, não pude deixar de gargalhar.
- Oh, sinto muito por isso, querida. - O termo
querida havia deixado a dracaena ainda mais enfurecida.
- Já que lamenta tanto por suas, hmm... Irmãs, acho que vou mandá-la para junto delas. - Ergui a espada acima de minha cabeça, pronta para acertá-la na cara feia da dracaena, apesar de seus protestos. Desci a lâmina com tudo, acertando-a no crânio do monstro, que logo se desfez em pó, como as outras.
Após eliminar a última dracaena, caí no chão da arena, imóvel. Meus músculos doíam e meus ferimentos sangravam um pouco, mas a sensação de satisfação tomava conta de meu peito. Fiquei um tempo lá, deitada no chão frio, sentindo o vento úmido da manhã passar por meu rosto e levar consigo os restos daqueles monstros. Depois de recuperar um pouco de minhas energias e descansar, levantei-me e fui até a enfermaria cuidar de meus ferimentos.
- Armas utilizadas:
❀ Manto das Flores ~ Um manto florido, porém, que deixa o semideus invisível e também deixa um leve aroma de rosas no ar quando o Guardião passa. Também serve como armadura. [Item Obrigatório]
❀ Espada de Almas ~ Espada de ferro estígio que aprisiona a alma do ser que se fere com sua lâmina, mesmo que não seja a lâmina a matá-lo. [Item de Escolha]
♆ Escudo Oceânico: um escudo circular feito de prata, mas este material é imperceptível na estrutura do objeto. O escudo é todo reforçado pelas rochas mais poderosas do oceano, o que o torna bastante resistente para defender ataques. Quando concentrada forças nas rochas, elas são capazes de liberar uma quantidade de água. Esta pode ser utilizada para atacar, para o semideus se curar ou qualquer outra coisa que com a água o usuário possa realizar. Se torna um bracelete.
- Poderes e habilidades:
♦ Esferas de água. [Nível 01] Os filhos de Poseidon poderão fazer com que de suas mãos cinco esferas de água surjam, assim lançando-as contra o oponente. Possui um pouco poder impactante e serve para causar uma pequena distração.