Different Half-Blood
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Ter 17 Nov 2020 - 13:04Adrien Agreste
Seg 9 Nov 2020 - 19:27Zeus
Sáb 7 Nov 2020 - 22:03Nyx
Seg 2 Nov 2020 - 14:04Abbey Arsenault Barrière
Seg 2 Nov 2020 - 2:03Marinette Dupain-Cheng
Qui 29 Out 2020 - 0:30Alfonso Castillo
Qua 28 Out 2020 - 18:57Zeus
Ter 27 Out 2020 - 22:53Zoey Montgomery
Sex 23 Out 2020 - 17:54Kiernan Poisson Smith
Qui 22 Out 2020 - 12:15Poseidon
Sáb 17 Out 2020 - 18:51Arissa
Qui 15 Out 2020 - 22:16Ulrick Waldorf Versace
Qui 15 Out 2020 - 13:06Nov R. Daskov
Qua 14 Out 2020 - 23:53Lilac Song
Sáb 10 Out 2020 - 10:29Hylla K. Werstonem
Qua 7 Out 2020 - 21:38Poseidon
Qua 7 Out 2020 - 12:21Castiel Delacour
Ter 6 Out 2020 - 15:04Poseidon
Seg 5 Out 2020 - 17:47Poseidon
Sáb 3 Out 2020 - 17:11Audrey Scarlett R. Carter
Qua 30 Set 2020 - 15:31Éolo
Qua 30 Set 2020 - 10:30Michael Biscatelli
Ter 29 Set 2020 - 21:54Todoroki Ria
Seg 28 Set 2020 - 18:32Reyna K. Mavros
Dom 27 Set 2020 - 17:27Éolo
Seg 24 Ago 2020 - 20:42Lissa
Qui 21 Nov 2019 - 17:37Isabelle Duchanne
Sáb 12 Out 2019 - 21:35Brianna W. Dellannoy
Qua 4 Set 2019 - 14:31Reyna K. Mavros
Qui 8 Ago 2019 - 20:47Emily Duchanne
Sáb 6 Abr 2019 - 16:07Eros
Qua 3 Abr 2019 - 20:44Lissa
Dom 31 Mar 2019 - 14:29Alex R. Fabbri
Sáb 30 Mar 2019 - 11:53Poseidon
Sáb 30 Mar 2019 - 1:49Bree Wolffenbuetell
Sex 29 Mar 2019 - 19:48Jacob Ackerman
Qui 28 Mar 2019 - 20:04Zeus
Qui 21 Mar 2019 - 15:00Luka S. Sinnoh
Seg 28 Jan 2019 - 22:07Eros
Seg 21 Jan 2019 - 16:41Zeus
Seg 7 Jan 2019 - 23:22Brianna W. Dellannoy
Dom 6 Jan 2019 - 1:33Melinda Äderbatch
Sáb 5 Jan 2019 - 0:10Zoey Montgomery
Qui 3 Jan 2019 - 18:46Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:38Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:26Ivy La Faye
Seg 31 Dez 2018 - 13:38Eros
Sex 16 Nov 2018 - 12:43Sebastian V. Woljöden
Dom 12 Ago 2018 - 14:20Sasha Ivanovna
Qua 1 Ago 2018 - 17:46Zeus
Seg 30 Jul 2018 - 9:39Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 19:28Sebastian V. Woljöden
Qui 26 Jul 2018 - 12:37Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:36Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:35Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:32Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:30Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:25Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 9:15Nyx
Qua 25 Jul 2018 - 11:50Johan Maximoff
Seg 16 Jul 2018 - 23:41Alexa Watts Schratter
Ter 5 Jun 2018 - 1:26Adam Phantomhive
Sáb 17 Mar 2018 - 23:08Astera C. Morgenstern
Sex 16 Fev 2018 - 15:14Frâncio R. Lehner
Seg 8 Jan 2018 - 23:40Hannah Daphné Roux
Seg 8 Jan 2018 - 23:03Ivy La Faye
Qui 4 Jan 2018 - 13:47Genevieve Lim
Qua 3 Jan 2018 - 22:21Reyna K. Mavros
Qua 3 Jan 2018 - 20:23Lucifer Fuuzuki
Qua 3 Jan 2018 - 18:54Anko Utakata
Qua 3 Jan 2018 - 17:20Ariel Wröstch
Qua 3 Jan 2018 - 15:30Michael Biscatelli
Sex 29 Dez 2017 - 9:34Frâncio R. Lehner
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Relembrando a primeira mensagem :


Reclamação Divina





Assim que chega ao Acampamento, a reclamação de um indefinido é feita em volta da fogueira, todas as noites. Quando o mesmo é reclamado, aparece-lhe sobre a cabeça um holograma - muitas vezes caracterizado com o símbolo divino de seu pai ou mãe-. Daí, ele é levado até o chalé respectivo e pode conhecer seus irmãos e irmãs, iniciando assim a sua vida de meio-sangue. Entretanto, nem todos são agraciados com um chalé só para si após à fogueira, podendo ficar indeterminado durante semanas, meses ou anos. Os Deuses possuem responsabilidades, afinal, e dependendo do tempo que demoram para cumpri-las, acabam esquecendo-se de certos indivíduos em sua numerosa prole.

O semideus que deseja ser, finalmente, reclamado por seu progenitor divino tem duas opções: A primeira é a ficha de reclamação, a qual pertence a este mesmo tópico, ou então, uma missão.

Mas Zeus, como é que eu vou fazer uma missão sem armas, poderes e blá blá blá?
Não sei, te vira.
Brincadeira.
Você poderá utilizar os poderes respectivos ao seu nível, ou seja, poderes de nível 1. Todo semideus recebe uma Adaga de Bronze Celestial, ela é sua arma, vai na fé. Pode usar uma frigideira também
Além disso, você será "resgatado" por outro semideus, então não vai ser tão difícil assim, de repente ele te leva uma espadinha e tal.


Para você que escolheu a 1ª Opção:

Você pode fazer a ficha para qualquer um dos deuses listados aqui (lembrando que os três grandes tem tópicos separados, assim como os grupos extras e os legados):

Afrodite;

Apolo;

Ares;

Athena;

Deimos;

Deméter;

Dionísio;

Éolo;

Eros.

Hebe;

Hécate;

Hefesto;

Hermes;

Íris;

Lissa;

Macária;

Melinoe;

Nêmesis;

Phobos;

Quione;

Selene;

Thanatos;



Para saber quem é o seu pai ou mãe basta preencher a ficha abaixo e esperar que um Deus atualize. Lembrando que para reclamação dos Três Grandes e Grupos Extras, há tópicos específicos!

Spoiler:



Para você, pobre coitado que escolheu a 2ª Opção:

O player poderá realizar uma missão específica, ao final dela ele poderá ser reclamado pelo deus que escolheu. As regras são:

- A missão deve ser NARRADA e HEROICA.

- O player precisa ser “resgatado/encontrado” por alguém, esse alguém NÃO poderá ser um NPC.

- Dentre as recompensas por missões narradas heroicas NÃO haverá PRESENTE/BENÇÃO/MASCOTE para o player que solicitou a reclamação. O mesmo irá receber seus níveis e sua reclamação. Quanto ao semideus que irá resgatar, as recompensas seguem o padrão normal de missão.

- Aquele que deseja ser reclamado desta forma deverá solicitar uma missão, neste tópico linkado aqui, é só clicar nessa frase em negrito, especificar que o objetivo dela é ser reclamado, informar qual semideus irá resgata-lo e especificar qual deus quer que seja seu progenitor divino.

- Futuras proles de Zeus, Hades, ou Poseidon devem pedir a sua missão da mesma forma, porém devem especificar, na preferência de deus, um dos três grandes, preferencialmente seu progenitor (se houver ativo). A missão só poderá ser passada por um desses três.

- Ao narrador, lembre-se que o objetivo da missão é, única e exclusivamente, resgatar o player que ainda não é reclamado. No final da missão pode ter aquela cena do Percy com um tridente flutuando. Sejam coerentes, não esqueçam do sistema de missões e não matem os players... Ainda.


Zeus
Deuses
Zeus

bad boy down
I’ll show you who’s in control Cuz I I know how to make the devil cry
Nome: Orochi Von Crimson

Idade: Dezesseis anos

Deus Escolhido: Eros

Porque quer ser reclamado por esse Deus: Porque ele é um safado e eu também. q Apesar de suas esferas serem parecidas com a de Afrodite, as coisas em relação a Eros parecem se desenrolar de um modo diferente. De um modo mais ardente, mais passional. Além de gostar de quebrar o estigma que filhos de Afrodite ou Eros só servem para sexo, é tão bom ser femme fatale no campo de luta q

História: Já se sentiram como se algo estivesse faltando em você? Bem, Orochi nunca se sentiu assim, então o azarado é você. Mentira, o filho de Eros já se sentiu assim várias vezes, e não estamos falando de falta de envolvimento com alheios. Mas é como se faltasse algo em sua essência, algo que realmente dissesse o que ele é.

De nacionalidade dupla - descendente de japonês e nascido na Rússia - por parte de sua mãe. Mas antes de falarmos mais do Orochi, vamos discutir sobre Fukumura.

Fukumura fugiu de casa aos vinte e dois anos, pois seu pai queria forçá-la a se casar com o filho de um empresário para conseguir expandir a sua pequena empresa, porém ela estava longe de ser uma mulher que abaixaria a cabeça e faria qualquer coisa que um homem pedisse, mesmo que este fosse seu pai.

Quando chegou na Rússia, encontrou dificuldade para conseguir desenvolver-se no país, uma vez que sequer era fluente na língua nativa do local. Sua situação a forçou viver nas ruas até um episódio desagradável, onde ela tentou ser abusada por dois bêbados, próximo a um bairro nobre. No entanto, a garota já sabia como se defender - uma lutadora nata nas artes marciais japonesas. O resultado após a luta foram dois caras quebrados e uma mendiga com uma garrafa de álcool na mão, cena qual chamou um senhor da elite que assistiu toda a cena. Ele tinha planos para ela.

Ele era um bandido, usava pessoas para brigas ilegais e mortais como sua fonte de renda através de apostas onde o objetivo era adivinhar quem seria o vencedor de cada luta. Para Fukumura, naquele ponto, qualquer coisa seria melhor do que continuar vivendo nas ruas, então ela aceitou.

....

Sua ascensão fora rápida. Todos apostava nela e os bestas que não o fazia, apenas perdiam o seu dinheiro. Mas uma coisa ditou um pequeno hiatus da lutadora: Ela estava grávida.

A notícia revoltou o seu “dono”, pois eram assim que a elite era chamada pelos lutadores. Donos. Essa uma das coisas que ele não aceitava, gravidez das lutadoras, normalmente ele forçava todas a um aborto, já que sua única preocupação era o lucro, porém a mãe de Orochi estava longe de aceitar isto, pois um dos seus sonhos era ter um filho. Um casal, para ser mais exato.

A discussão resultou no banimento de Fukumura da casa, e ela voltaria a ser uma moradora de rua se não fosse por um rival do senhor Adams que a contratou para lutar sob o nome dele após a gravidez. Ele ofereceu toda a assistência que uma mulher grávida poderia precisar naquela época.

...

Anos se passaram e Christopher cumpriu o que tinha prometido. Orochi desfrutava do maior e melhor enquanto sua mãe continuava lutando. Porém acredite, isto não fez com que o filho de Eros fosse um esnobe. Bem, não no total. Sua mãe sempre lhe contava sobre toda sua vida para ele saber como conseguia aproveitar de todas aquelas coisas, e, logo também foi treinado por sua mãe, em segredo, para que também soubesse defender-se quando fosse conveniente já que ela tinha um grande dilema consigo mesma: “Caso chegue apanhado em casa, vai apanhar duas vezes mais”. Ele nunca experimentou chegar apanhado em casa quando haviam brigas em sua escola.

Mas como sempre, nem tudo era um mar de rosas. Ou melhor. Até poderia ser, mas rosas possuem espinhos.

O avô do Crimson havia os achado. Mais furioso do que nunca.

Com isto, Chris os mandou para outro país, um qual ele tinha ligação e com outras pessoas no mesmo ramo: Brasil. Mas sabendo que seria mais uma questão de tempo até serem localizados novamente. E quando este tempo se aproximou foram mandados para o Canadá, onde permaneceram por mais dois anos, e tendo o destino final os Estados Unidos, em Mahattan.

Foi lá onde a vida de Orochi mudou, em seus plenos quatorze anos.
...

Foi nos Estados Unidos que sua mãe sofreu um ataque covarde dos outros donos de lutadores, eles estavam revoltados pela mulher sempre ganhar.

Durante uma das suas lutas, fora adicionado mais um lutador surpresa. Este qual conseguiu pegar Fukumura desprevenida e então os dois a mataram, justamente no dia em que Orochi estava assistindo.

O garoto então foi possesso por uma raiva descomunal, gravando em sua mente e coração o nome de todos eles. Dos dois lutadores e do dono deles, prometendo a si mesmo que não morreria até o dia em que matasse os três depois de fazê-los sofrer. E naquele exato momento, sem nem perceber completamente, foi reclamado por seu pai.

Sua vida não fora mais fácil depois da morte da sua mãe. O pequeno Von Crimson passou a morar na rua, sobrevivendo através de seus dotes físicos e intelectuais. Noites era um prostituto, outras seduzia pessoas e abatia a carteira delas.

Esse seu ciclo repercutiu durante alguns meses, até seu cheiro ficar forte suficiente para atrair monstros, e, consequentemente sátiros que participavam das equipes de resgate de semideuses. E, felizmente, achado tempo suficiente antes de ser atacado, porém o que mais espantou o sátiro e o outro semideus foi a coragem do garoto em enfrentar a criatura. Uma empousai.

Habilidades: +1 Mira/Precisão
+1 Persuasão

Presentes de reclamação: Je t'aime/Arco & Aljava [Estrutura modelada a partir do ouro, condecorado com diminutas safiras celestiais. Seu tamanho e peso adequam-se ao seu portador. A corda encantada evita o desgaste mesmo após o uso prolongado, além de atribuir força aos ataques — acompanha uma aljava de couro resistente, decorada com estigmas angelicais. Esta comporta determinado número de finas, porém mortíferas, flechas douradas, cujas pontas triangulares são modeladas derivando do bronze celestial. Os projéteis são repostos sempre que esgotados, além de dar a opção de ferir os alvos ou criar neles o sentimento do amor. Ademais, em uma forma comum, o conjunto pode transformar-se em um colar ou bracelete feitos do mesmo material do arco, a fim de proporcionar discrição e portabilidade ao seu usuário]

Le corps de l'ange/Armadura [Composta de um conjunto de peças de bronze, revestidas de um ouro levemente avermelhado. Recobre o corpo de seu detentor sem apresentar peso extra, aderindo-se o seu físico no intuito de acarretar maior conforto em sua vestimenta. Quando utilizada em conjunto com o arco, amplia a precisão dos tiros efetuados pelo mesmo em 20%, além de aumentar a possibilidade de acerto. A armadura aguenta altas ou baixas temperaturas, porém atentai, golpes deveras poderosos são capazes de fornecer danos. Diz-se que cada armadura, quando forjada, recebe uma gota do sangue do próprio deus do amor. Quando desativada, em situações de desuso, transmuta-se em uma jaqueta personalizada à escolha de seu dono: seja de um time, de determinado modelo ou marca e afins]

Pothos/Chicote [Cabo pequeno, apropriado em uma pedra de ametista como adorno, revestido com couro. Conduz um fio comprido, cuja extensão pode aumentar quando em situações de combate — forjado com magia, o filamento de ataque acaba em uma cruel ponta de ouro vermelho. Entretanto, abençoado com o nome de Pothos, a paixão, como essa o chicote pode ser revestido com fogo verdadeiro durante uma batalha, sendo essas chamas inofensivas para o filho de Eros. Todavia, é capaz de propiciar ataques dolorosos quando em contato com o inimigo, causando queimaduras severas na epiderme; pode até mesmo sobreaquecer equipamentos alheios como escudos ou armaduras. Quando em desuso, pode ser transfigurado em um bracelete ou mesmo em um cinto, dependendo da vontade de seu portador]
Orochi Von Crimson
Filhos de Eros
Orochi Von Crimson

bitches die hard


A priori, devo dizer que sua ficha fora salva pela história apresentada. Agradou-me significativamente, em conjunto à criatividade de construí-la em elementos coesos. Devo denotar falhas gramaticais, as quais considerei bobas, facilmente resolvidas com uma releitura do texto e uma revisão rápida. Entretanto, pouco isso afetou no entendimento do que fora proposto, levando-me a aprová-lo sem quaisquer objeções mais graves.


• Atualizado por Poseidon.

Eros
Deuses
Eros

dolora efficitur dui

Nome: Damian Dër-Blanchard.

Idade: Vinte (20) anos.

Deus escolhido: Ares.

Por que quer ser reclamado por esse deus? A esfera de poder propiciada pelo qual abre inúmeras possibilidades de tramas alternativas e interações, além da construção sólida de um personagem cujas nuances de sua história se baseiam em metodologias ortodoxas de lidar com as faces da guerra. Explorar o coração e a mente de um guerreiro, a desconstrução desse, são esses uns dos inúmeros fatores que levaram-me à criação de Damian. Acima disso, há também a empolgação em ter um novo enredo que começa há décadas e perdura até hoje, trabalhando a crise masculina frente ao tempo e suas mudanças, o que se passa verdadeiramente na psiquê de alguém criado para matar.

História:
“Toma-me nos braços e diz-me a jura do teu amor eterno, que trespassará a ira dos homens tal qual minha espada mata vossa carne; transmite, somente então, tua canção ao meu peito que soluça em dor e lava-me no teu sangue sacro — oh, amada, tenho de ir. Rumo aos teus braços abertos que me querem sufocar, minha bela guerra”.



PRINCÍPIO



Não esperava que o visse adentrar pelas portas uma vez mais, contudo, ao fazê-lo, abriu um sorriso que lhe confortou o corpo escultural. Deixou o prontuário médico sobre o balcão e correu entre os homens e as damas, lançando-se nos braços que esperavam-na para dar seu alento mais sublime; parecia impossível ser mantida nas mãos de coisa tão grande, aparentemente rude e disposta ao morticínio, contudo o comandante a envolvia com coragem entre os dedos de força férrea, comprimindo o avental alheio ao peitoral largo e rígido como uma rocha. Ela, trêmula, ainda conseguiu olhar para o artefato trazido na corrente dourada pendendo em seu pescoço: com sutileza ímpar, tomou-a na palma avaliando o ouro intacto do medalhão que lhe dera no dia de sua partida. Ele o guardara, protegera.

Somente então pudera distanciar a face apenas o suficiente para mirar-lhe a fronte ferida — do ápice da testa, entre os cabelos tão pretos feito petróleo, escorria o sangue rubro que estava secando naquela zona, manchando a lateral do rosto duro. Os capilares sujos de poeira, um ferimento no lábio inferior, as roupas ásperas rasgadas em inúmeros pontos. Somente então notara ela que seus outros companheiros de batalha eram atendidos pelas demais enfermeiras, ali mesmo no corredor, pois os leitos já estavam lotados em todas as alas de St. Pierre. O suspiro dele a fazia estremecer, jamais estivera tão próxima do abismo de perder um alguém que lhe era querido como agora.

Puxara-o para um canto, onde o algodão esbranquiçado entre seus dedos limpava o ferimento e estancava, somente agora, o sangramento bruto. Era observada ao fazê-lo da forma mais graciosa o possível, deixando-o espantado: como dama tão bela como aquela se prestava àquele serviço? Não, lá estava com algumas amigas, trajando branco da cabeça aos pés, ajoelhada no chão sujo do corredor principal do hospital de guerra, ajudando o homem que amava. E ele, sortudo como um lorde, observava sua moça limpar o sangue como se quisesse vê-lo renovado e pronto para o conflito novamente. Finalizou-o, passando as bandagens sobre um dos lados de sua cabeça, enfaixando-o antes de depositar sobre seus lábios um beijo sôfrego e necessitado.

— Damian.

Ela sussurrou, pois ficara incumbida da tarefa de escolher um nome ao ser que era gerado em seu ventre. Ele assentiu, tocando-lhe o rosto sublime, imaginando se tal criança teria as feições daquela mulher. Se tivesse metade de tal beleza, seria o mais belo de todos. Assentiu com a escolha proposta, num riso lúgubre que espalhou-se dele para ela, rompendo a atmosfera mórbida daquele corredor de incontáveis dores. Foi a única vez que sentiu-se verdadeiramente feliz naquele período.



FUGA



Os dedos somente soltaram os lençóis brancos quando o choro da criança foi ouvido pela primeira vez. A melhor amiga, que até então segurava sua outra mão, sorriu maravilhada com o que acabara de acontecer. As outras enfermeiras comemoravam o sucesso do parto e somente então entregaram-no, enrolado num manto quentinho e branco, nos braços da mãe. Esta sorriu, os olhos azuis cheios de lágrimas, antes de beijá-lo repetidas vezes no rostinho corado e macio como algodão. Silenciou o berreiro com o primeiro alimento, olhando esperançosa os traços do primogênito tomarem a calmaria. Pensou no amado — e agora, no fruto consumado de seu amor.

A família – barões industriais que compunham uma das famílias mais ricas de Paris – sequer aprovou o nascimento do herdeiro, bastardo como diziam, pois era fruto de uma relação que nem ao menos era oficial perante os votos da Igreja. Tampouco os familiares tinham conhecimento do pai, sabendo unicamente que era um homem voltado aos campos de batalha e, por conseguinte, capitão do exército francês. Ainda assim, mantiveram a criança em sigilo alheia à sociedade, esperando que o pequeno Damian Dër-Blanchard aflorasse naquele meio com a graça de um nobre. Graças àquela pouca exposição mediante a alta cúpula da sociedade da época, a aproximação da criança com seus iguais fora pouca e restrita.

Sabendo sua mãe, entretanto, que era mais seguro assim.

Dalla sabia da natureza do progenitor de seu bebê. Ele mesmo a explicara das consequências da vida que gerou no ventre e, tendo ciência dos riscos assumidos, teria ela que um dia se desfazer da guarda do filho pelo próprio bem. O deus conhecia um lugar — era distante, na América, onde o filho poderia esperar em segurança seu amadurecimento. Ela não poderia ir, contudo. A dor lancinante de saber daquilo não cegou-a, ainda assim, quando depois de muitos anos a guerra finalmente estourou. O caos na Europa implodiu como um tornado. Dalla não deixaria seu dever como enfermeira em St. Louis, mas não poderia garantir a total segurança de seu único filho, uma vez que agora o crescido Damian tinha idade – e sede – para estar nos campos sanguinários do que ficou conhecido na história da humanidade como a Segunda Guerra Mundial.

A personalidade do filho, com o passar dos anos, deixou-o tão semelhante quanto seu pai. Um valentão, ainda que ensinado desde cedo a brigar pelos ideais corretos. Forte, determinado e ansioso pela luta, foi um choque ao ser proibido pela mãe de ingressar nas forças francesas que partiam para as cidades fronteiriças do país para conter o avanço nazista, o mais forte naquela época. Gritou, chorou e praguejou como uma criança mimada, mas Dalla sabia que não poderia permitir que isso acontecesse. Trancou-o no quarto de sua casa no centro de Paris, ainda que soubesse que nem aquilo conteria a vontade do primogênito de ir à guerra.

Foi quando recebeu, como de praxe, uma visita de seu amado. Novamente, a explicação quanto ao que deveria ser feito: uma coisa era fato, a segurança de Damian era prioridade. Ainda assim, a divindade insistiu para que a humana também deixasse o país rumo à América — ela estava decidida, contudo, que não deixaria seu dever. Precisava, unicamente, salvar seu filho. Que assim fosse. O deus grego tratou de levar o altivo Damian Dër-Blanchard em segurança aos Estados Unidos, mas para um lugar onde sua mente ficasse tão alheia à guerra que estaria seguro até que tudo se resolvesse. Seu destino não foi Long Island...

Enquanto isso, o dia 14 de junho de 1940 selou o destino da França naquele cenário de conflito. Com horror, Dalla assistia de uma das janelas dos andares superiores de St. Pierre os civis correndo nas ruas, os sons dos tiros, os motores dos aviões metálicos que estampavam os símbolos da supremacia germânica. O hospital sucumbiu também, uma das inúmeras construções que foram arrasadas pelas invasões alemãs, uma vez que era execrada qualquer resistência, até mesmo de soldados feridos. Paris sucumbiu naquele dia aos nazifascistas, tal qual Dalla, mas a mulher morreu sabendo que seu menino – um homem, diga-se de passagem – estava protegido em seu exílio. Agora e para sempre, enquanto o “sempre” durasse.


RETORNO



As luzes multicolores, vermelhas, roxas e rosadas, pareciam mágica. Surtiam um efeito dormente em seus olhos, lançando sua mente em uma névoa hipnótica que deixava-o preso como um escravo às tantas delícias daquele lugar impensável. Não saberia dizer a data exata, tampouco o porquê de estar enclausurado ali, mas a sensação de perdição era boa. Encontrava prazer nos jogos eletrônicos que, de tanto conviver com os quais, já os tomava como parte sólida de seu cotidiano. Todo dia, uma novidade. Só não esperava que uma data especial marcasse sua eternidade: a noite de sua libertação. Não veio por meio de um anjo vingador, tampouco um tanque de guerra francês, ou bombas dos aviões de sua pátria.

— Damian Dër-Blanchard? — a voz fê-lo virar cuidadosamente, desviando os olhos do console para fitar a pessoa que estava parada ali consigo, fitando-o com suas profundas íris azuladas. Ele reconheceu seu nome, assentindo, fazendo-a sorrir. — Vamos, está na hora.

Antes de tudo, pegou um frasco e despejou em sua mão um pó rosado e cristalino. Soprou-o contra seu rosto, esperando alguns segundos após isso. De forma natural, as informações voltaram e os sentidos despertaram após muito tempo naquele estupor eterno no qual fora submetido: as lembranças, os sons e o universo ao redor, tudo voltou a se encaixar. Ela segurou-o com força pela mão, puxando-o dali enquanto ele se reestruturava.

— Quem é você? Onde está a minha família? Quero ir pra casa... — ele dizia, dolorido, após saírem daquele luxuoso cassino, dando de frente a uma metrópole brilhante como um fragmento do paraíso idealizado. Tudo era tão confuso, mas ele não estava assustado ou agitado. Talvez fosse aquele pó que lhe fora jogado, deixando-o aturdido e de mente aberta, que facilitaria o trabalho de sua salvadora.

— Sou Hylla. — ela disse ao entrar com ele no carro que dirigia, que os esperava na entrada do Hotel e Cassino Lótus. — E todas as suas respostas estão em outro lugar. A substância que te dei vai ajudá-lo a limpar a mente, mas não se preocupe, explicarei o que eu puder no caminho. A viagem é longa.

— Caminho para onde?

Ela sorriu. — Nova York, Long Island. Mais precisamente, o Acampamento Meio-Sangue.


Habilidades: Força e Agilidade.

Presentes de reclamação:

Caos / Lança[Essa é uma replica da arma do deus da guerra, seu cabo é vermelho sangue e sua ponta é negra, quando o semideus a usa, seu poder intimida qualquer adversário e fortalece os filhos de Ares sua ponta foi banhada com sangue envenenado que quando penetrado transmite o veneno para o oponente perdendo 5 HP por turno, na parte inferior do cabo tem um pequeno contador que indica o número de adversários derrotados pelo semideus, quanto mais vitórias mais forte a arma se torna. Ela pode ser compactada em um bastão de vinte centímetros.]

Guerra / Elmo [Elmo de guerra feito de bronze, foi forjado no estilo espartano, com um penacho vermelho sangue. Quando usado em batalhas, espanta todo o medo e faz com que o filho de Ares fique com os olhos vermelhos, cheios de raiva. Quando o filho de Ares usa o elmo e alguém o fita nos olhos, esse alguém fica com uma sensação de temor e receio, tornando-se assim um alvo mais fácil.]

Mars / Espada [Um pedaço de pedra vindo do planeta Marte (cujo nome é uma homenagem ao deus Marte, equivalente romano de Ares) foi moldado nas forjas dos ciclopes, tornando-se assim um metal escuro, extremamente afiado e resistente. Desse metal, é feita uma espada de 90 centímetros, tendo 75 centímetros de lâmina e 15 centímetros de cabo. No sulco da lâmina, uma listra em forma de chamas feita de ouro vai do cabo até a ponta. Seu cabo é feito de magnésio, um material resistente e extremamente leve. Tem tiras de couro de javali enroladas no cabo para um melhor manuseio.]
Damian Dër-Blanchard
Filhos de Ares
Damian Dër-Blanchard

DamiAna q

Estava muito agradável aos meus olhos. Gostei, já quero BMO.
Beijos de trevas  pfvzin
Zeus
Deuses
Zeus







AronTinuviel

A soldier on my own, I don't know the way I'm riding up the heights of shame I'm waiting for the call, the hand on the chest I'm ready for the fight, and fate




Nome: Aron Tinuviel.

Idade: 18 anos.

Deus Escolhido: Apolo.

Porque quer ser reclamado por esse Deus: Gosto de ser arqueiro, em jogos de RPG geralmente os escolho;  Tenho preferência por personagens de suporte; Curar e bufar amigos é bem cool para mim; Gosto de como a música, acrescentada ao personagem, deixa a narrativa mais lírica.

Habilidades:
+1 Mira/Precisão
+1 Resistência

Presentes de reclamação:
☀️ Sing / Headphone [Um headphone que possui um microfone, que amplifica a voz do semideus, podendo ser escutada por qualquer um que esteja até quinze metros do ponto. Além disso, o filho de Apolo consegue acessar sistemas de som e passar sua voz pelo mesmo, como caixas de som ou auto-falantes. O acessório acompanha um emulador de voz, capaz de alterar a voz do usuário para aquela que desejar – pode engrossar ou afinar a voz, ou até mesmo mudá-la completamente. Sempre manterá a aparência de headphone, e não pode ser alterado.

☀️ Opheus / Lira [Uma lira feita em ouro branco, com cordas de aço semi-indestrutíveis. Há duas formas de ser tocada: agudos, que rasgam o ar e causam ferimentos nos adversários, como se o filho de Apolo conseguisse usar o som para atacar; e graves, que causam sonolência naqueles que escutam essas notas. Pode transformar-se em um pingente.]

Prólogo: Gêmeos do Sol

Não me lembro quantas vezes respirei antes da primeira nota. Mamãe sempre dizia que eu costumava apressar-me para começar a tocar e, como minha respiração não estava de acordo com a música, geralmente isso fazia com que eu perdesse o tempo durante a execução. Ainda que quase imperceptivelmente para leigos, especialistas podiam notar com muita facilidade esse erro fatal para um músico.

"Yerushalaym Shel Zahav", uma canção que guardava uma tristeza profunda. A história da canção fora o que sempre fascinara minha mãe. Ela fora criada diante de uma cidade devastada, numa reconstrução melancólica e nostálgica, com a dor das lembranças de sua glória, mas com uma pequena faísca de esperança. E era essa faísca que fazia minha mãe chorar, ela me fazia tocá-la com frequência e sempre terminava chorando quando a música entrava em seu ápice. Eu sentia falta de acompanhamento de uma orquestra completa e um coral. Ah! Um coral tornaria o arranjo divino, mas não podia me dar esse luxo, não no exame bimestral.

Prossegui com a apresentação, tive de adicionar alguma notas no arranjo para não ficar um vago onde outros instrumentos complementariam. O piano me obedecia sem qualquer problema, o som do instrumento era incrível, um lindo Bosendörfer negro de cauda, tínhamos um desse em casa, mamãe gostava particularmente dessa marca.

Sabe o que é melhor no piano? É um instrumento que te permite extravasar toda a emoção de seu peito através de seus dedos. Quer chocar alguém? Adicione acordes dissonantes! Quer emocionar? Use acordes menores com leves toque nas teclas! Quer fazer o coração da pessoa pular? Use as oitavas mais baixas e veja as pessoas assustando-se aos poucos. Mamãe sempre dizia que a música era a mais poderosa das armas, eu sempre concordei.

Antes da última nota da música quase podia sentir os braços dela envolvendo-me com carinho. Como sentia falta desse toque. Sua cabeleira negra caindo como uma cascata pelos meus ombros depositando um beijo em minha bochecha, enquanto eu sentia suas salgadas lágrimas caindo em minhas mãos.

Ao final da apresentação levantei-me sendo aplaudido pelos quatro avaliadores, embora pudesse notar a expressão rabugenta de meu fã número 1: Heliot Underwood.

Não vou mentir, Heliot me irritava. Era o professor mais rigoroso que eu já vira. Possuía uma barba esquisita, cerrada e mal feita, terminando em uma barbicha ridícula que só completava sua cara de bode. Bochechas rechonchudas e coradas eternamente, como se maquiadas por blush permanente, que em nada ajudavam em seu tom de pele cobreado. Os cabelos encaracolados estavam meio cobertos por uma touca com as cores do Bob Marley. Sua barriga protuberante o obrigava a ficar um pouco afastado da mesa, mas ele me olhava como se dissesse: "Eu poderia contar pelo menos 3 arpejos que saíram muito errados ali, garoto!". Eu talvez estivesse disposto a concordar com ele, só talvez...

— Que performance magnífica, Sr, Tinuviel... — Comemorava a reitora, com os olhos lacrimejantes, emocionada, retirando-me de minha batalha mental com meu professor de interpretação. — ...Acácia teria ficado orgulhosa. — Disse entre umas palmilha e outras.

Acho que devo ter feito uma expressão não muito amigável, já que até Heliot lançou-me um olhar solidário. Agradeci, sabendo que havia passado no exame do terceiro bimestre. Mesmo que Heliot tentasse acabar com minha média, eu tinha executado uma boa apresentação.

O prédio das audições ficava em um pavilhão separado dos demais edifícios do Conservatório Saint Agnes, em que minha mãe tinha estudado quando tinha a mesma idade que a minha. O campus era gigante, com prédios que mesmo eu ainda não tinha conhecimento, com muitos filhos de intérpretes famosos espalhadas pelas centenas de cursos diferentes, com especialidades que envolviam instrumentos do mundo inteiro.. Os nomes que passaram por aqueles salões iam desde gênios da música clássica, até cantores muito populares. Um ótimo lugar para me internar, pensara Suzaku, o agente de minha falecida mãe.

Estava fazendo um ano desde o grande acidente. Um ano que o avião de Acácia Tinuviel caíra no meio do Atlântico enquanto ela rumava para uma apresentação. Mal funcionamento de algum dos aparelhos, engraçado já nem me lembrar qual era o nome da maquina responsável pela morte dela. Tão mais fácil esquecer quando ele estava no fundo do mar, provavelmente sendo morada para os peixes. Não conseguiram resgatar o corpo, comido por tubarões. Um triste fim para pianista tão famosa e tão jovem, disseram os jornais. Eu não sentia falta da pianista, sentia falta da minha mãe.

Para meu azar eu não tinha parentes que pudessem me criar, portanto fiquei sob a tutela do agente de minha mãe. Foram meses difíceis, até que ele veio com a ideia de me colocar em um internato para que eu estudasse música, dois problemas resolvidos. Não teria que cuidar de um marmanjo de 17 anos e poderia usufruir dos dólares que minha mãe havia deixado para meu tutor legal cuidar de mim até que eu fizesse 21 anos. Perfeito!

Andei muito até chegar no refeitório, já era hora de por alguma coisa no estômago antes que eu desmaiasse e isso seria indigno demais. Quando entrei, vi os rostos virando-se para acompanhar meus movimentos, isso muito me irritava. Eu sou bonito, sei disso, mas não precisam babar por mim toda vez que eu passo. Não importava o sexo, idade ou nicho social, minha presença parecia atrair a todos como se eu tivesse um campo de gravidade próprio. Não bastasse isso, eu parecia ter uma influência incomum na fala, se eu abrisse a boca para dar algum argumento, não importa quanto a pessoa pensasse, ele sempre parecia irrefutável, mas...pensando bem...não era com todos, o maldito Heliot nunca aceitava meus argumentos. Nunca!

— Como foi a audição? — Perguntou-me Cristie ao se sentar, com sua bandeja cheia de guloseimas não muito saudáveis.

Conheci Cristie Hunter no ano passado, quando ingressei no internato. Éramos da turma de calouros daquele ano e o trote da turma de música era uma audição semi-nu com todos os veteranos assistindo. Cristie participava de um time de handball antes de entrar para o internato, então seu corpo era naturalmente atlético, causando verdadeira comoção entre os mais velhos.

Veja bem...músicos e musicistas não tem muito tempo para dedicar-se a treinamentos, então pense qual seria a reação de um bando de nerds gordos demais ou magros demais, que pouco conseguiam um relacionamento de média duração, quando viram uma mulher de um metro e sessenta e cinco centímetros, com curvas de dar inveja em muitas modelos, entrar de lingerie vinho com sua pele bronzeada. Exatamente! Ninguém prestou atenção em como seu violino soava, mas eu notei o talento dela. A emoção com que tocava era surreal, minha mãe adoraria ouví-la. Quando acabaram as audições eu a procurei para dar minha opinião a respeito de sua performance, nunca mais desgrudamos.

Na verdade Cristie era muito parecida comigo, como se fosse uma versão feminina de mim mesmo, e isso assustava os demais! Muito! Por vezes perguntaram se éramos parentes, é claro que negávamos no início, mas depois começamos a achar engraçado e passamos a fingir ser gêmeos. Era hilário a cara das pessoas quando completávamos as frases um do outro.

Estávamos na mesa mais afastada do refeitório olhando os populares no centro fazendo uma algazarra desnecessária. Algumas pessoas do time de basquete me olhavam vez ou outra, mas só me juntaria a eles no final de semana. Confesso que evitava o máximo de contato possível com a maior parte do campus, mas fazia parte de um clube aqui e ali, apenas para manter-me distraído quando as partituras começavam a por-me louco.

— Toquei "Jerusalém de Ouro".— Disse e preparei-me para mais um olhar solidário, mas não veio. Cristie apenas começou a comer despreocupadamente.

— Não acho que foi sua melhor escolha... — Ela respondeu entre uma colherada e outra, e eu sabia que referia-se ao nível de dificuldade.

Conversamos sobre animosidades enquanto ela me atualizava de tudo que acontecera no campus desde nosso último encontro, que fora umas duas horas antes. Fiquei impressionado com a quantidade de acontecimentos, embora eu pudesse viver sem saber de nenhum deles.

Eram coisas banais, Cristie se interessava por elas, mas eu poderia morrer sem saber que Suzan havia dado um fora em Castro ou que Maggie e Sam haviam sido flagrados fazendo sexo atrás das arquibancadas — Essa particularmente era uma imagem da qual eu não necessitava, imagine dois mastodontes peludos brigando por hegemonia e terá algo bem parecido com a situação.

Embora não me interessasse, Cristie foi despejando as informações uma em cima da outra como sempre fazia, eu meio que ouvia, mas não prestava tanta atenção, hora ou outra fazia um comentário só para não deixá-la falando sozinha, mesmo que fosse desnecessário, Cristie era tagarela por natureza quando estava nervosa.

— Agora vamos ao assunto que realmente interessa... — Interrompi no meio de um relato muito interessante sobre os flautistas da orquestra realizando uma orgia, o que já era informação demais para mim. — ...O que houve? — Perguntei e ela fez cara de que não estava entendo, mas eu apertei meu olhos e ela cedeu.

— Minha tia quer me transferir, acha que não estou me saindo bem... — Disse e a comida pareceu menos interessante para ela, o que nunca acontecia.

Queria oferecer ajuda, mas música não é algo que possa ser ensinado em sua totalidade. Claro que teoria podia ser decorada, partituras podiam ser lidas e interpretadas literalmente, mas o que realmente torna um músico bom é seu ouvido, sua musicalidade. Não é algo que pode ser ensinado, trata-se da identidade do artista, nada mais. Eu sabia que as notas de Cristie vinham caindo com o tempo, mas o problema estava em tentar encaixá-la no estilo conservador de alguns professores que queriam uma execução perfeita e pouco individual.

— Não desista! Se puder ajudar, pode contar comigo. — E abri o melhor sorriso que pude.

Cristie pousou seu olhar em mim por um tempo maior, como se estivesse em transe olhando para uma lembrança perdida. Às vezes eu causava esse impacto nas pessoas, elas ficavam encantadas com esse sorriso, mesmo que eu não o desse sempre, quase todos ficavam reservados para ocasiões especiais.

O resto da conversa foi mais animado e eu permiti que ela continuasse com suas fofocas habituais, desviando a atenção de seu próprio problema, para concentrar-se nos das milhares de pessoas do campus, era uma observadora muito atenta.

Após o almoço, começavam as aulas complementares e eu passaria a tarde inteira esperando pelas seis horas, quando iniciavam-se as atividades extra-curriculares. Cristie ia para o clube de jornalismo, era uma das redatoras mais famosas do campus, sua coluna era a mais lida e comentada nos grupinhos de Saint Agnes e seu blog era um record de acessos. Se Cristie não desse certo como musicista, eu mesmo investiria em sua carreira como apresentadora de programas de fofoca.

Eu era membro do clube de arco e flecha, algo que fazia nenhum sentido, mas eu era bom com um arco. Não me peça uma explicação coesas de como cheguei a esse hobby, como as outras coisas estranhas da minha vida, era puro extinto.

O prédio do clube era enorme, a maior parte de seu território era da área de alvos que possuía 170 metros de comprimento. Os fundadores do clube não eram pessoas normais. Durante seus primeiros anos o clube trouxe troféus para o internato, mas atualmente não tínhamos nem uma estrela capaz de vencer se quer as regionais. Pelo menos não até eu entrar no clube.

Eu sou bom com o arco. Bom mesmo! Até fui indicado pelo clube para participar das competições, mas recusei. Eu precisava me concentrar na minha carreira como músico, gosto da arquearia, mas musica exige comprometimento total. Recentemente os veteranos estavam preocupados que o clube fosse fechado pelo internato e estavam muito perto de me convencer a entrar na próxima competição, eu gostava de ficar ali, principalmente porque podia alvejar minhas preocupações com muitas, muitas flechas!

Em pouco tempo já me encontrava na área de alvos. Era um lugar cercado por um muro com 6 metros de altura, bonecos de palha estavam dispostos de maneiras diferentes, com distâncias que iam de 10 até 120 metros, esses últimos eu tinha que subir numa plataforma para acertar. Também tinham os alvos móveis, um disparador de frisbies que fora programado pelo clube de desenvolvimento de software do campus com padrões irregulares. Eu tinha acesso livre a área de treinamento então ficava ali quanto tempo eu podia. Naquela noite era só eu e os bonecos, para a infelicidades dele.

Enquanto eu disparava as flechas eu me permiti pensar no sonho estranho que tivera.

Eu estava em uma colina ao lado de um grande pinheiro com uma espécie de tecido reluzente de ouro pendendo de um dos galhos, suas raízes de cobre entrelaçavam-se pela base do tronco não dando para discernir sua origem. Quando ouvi os sibilos imediatamente saltei para traz, percebendo que não eram raízes, mas serpentes.

Inúmeras serpentes de cobre se enroscavam-se no tronco do pinheiro, sibilando baixo, todas dormindo um pesado sono. Ainda tinha um corpo que eu não quis identificar, mas as escamas do que parecia ser um réptil gigante era de cobre, no mesmo tom das serpentes e eu não queria saber se pertenciam ao mesmo corpo, isso queimaria meus neurônios.

À minha frente, eu podia ver uma espécie de parede translúcida que subia até onde minhas vistas se perdiam. Fui impelido a atravessar a barreira, eu sabia que podia. O que encontrei ao atravessar o véu foi um vale primaveral com campos de morango, o oceano cinzento ao norte e, em seu meio, um agrupamento de chalés que formavam a letra ômega grega. Uma voz ecoou pelo vale dizendo que eu estava enfim em casa. Acordei em seguida.

Eu não conhecia aquele lugar, mas certamente a sensação que eu tinha toda vez que me lembrava dele era de lar. Nele eu me sentia protegido, acolhido, como se toda minha existência pudesse ser explicada naquele lugar. Eu tinha sonhos estranhos, alguns eram pesadelos terríveis em que eu fugia de monstros, outros eram de lugares da qual nem tinha ouvido falar, alguns desses eram tão fantásticos que sempre tive dificuldade de, se quer entender, mas todos esses sonhos pareciam reais, como se a realidade que vivo fosse uma mentira em que eu estivesse preso a vida toda e só em meus sonhos eu vivesse em plenitude. Eu não contaria isso para ninguém, nem mesmo para Cristie, na minha concepção eu já era estranho o suficiente.

Minha mente vagava sem rumo pelos meus problemas, hora ou outra eu me pegava imaginando que um dos bonecos, que eu acertava com tanto afinco, eram um desses monstros que me perseguiam. Eu não precisava me preocupar com a quantidade de flechas, haviam muitas aljavas dispostas na área de tiro. Em dado momento, como sempre acontecia, minha mente chegou a uma questão delicada para mim: Meu pai.

Minha mãe morrera há um ano, mas meu pai desaparecera há bem mais tempo. Sempre que minha mãe falava dele, era como se fosse um episódio louco e divertido de sua vida, uma aventura intensa e prazeirosa, mas totalmente efêmera. Por algum motivo ela sempre me comparava a ele, dizendo que éramos muito parecidos. Eu não gostava disso.

Apolo era um guitarrista que entrara de penetra numa das festas promocionais organizadas por Suzaku, dançou uma valsa com a dama da noite e apareceu no dia seguinte com uma Kawasaki na frente da casa da minha mãe. Meus avós tiveram um piripaque, mas bastou um sorriso de Apolo para convencê-los de que era um bom rapaz, mesmo vestindo uma jaqueta e calça de couro, coturnos e uma orelha adornada de piercings. Mamãe o descrevia sempre como um espírito livre e foi por isso que quando eu nasci, ele teve de partir. Ficar preso a uma família? Não era algo que combinava com meu pai, portanto num belo dia ele desapareceu, deixando Suzaku com um dor de cabeça tremenda controlando os tabloides o máximo que pôde, acho que a aversão por mim começou por aí.

Quando minha mãe morreu eu achei que ele me procuraria, tentaria reparar 15 anos de irresponsabilidade. Eu me negaria e nós brigaríamos! Eu enfim saberia seus verdadeiros motivos de ir embora, algo sobre me proteger de uma organização musical secreta. Eu descobriria que ele sempre esteve me protegendo das sombras, nós faríamos as pazes e teríamos um final feliz. Só que não! Acho que foi mais ou menos nessa idade que comecei a ficar amargo sobre sonhos e contos de fada.

Eu fiquei tempo demais no clube, incrivelmente eu havia feito um estrago nos alvos. Frisbies em pedaços se espalhavam pelos bonecos de palha alvejados de muitas maneiras diferentes, admito que em todos os alvos que abati minha mente projetava a imagem que eu tinha do meu pai, tenho a impressão que se Apolo aparecesse na minha frente ele iria virar um ouriço do mar de tantas flechas que eu empalaria nele.

A lua já estava alta nos céu e as lâmpadas noturnas estavam acesas, iluminando o campo  e lançando sombras agourentas por toda a parte. Eu nem havia percebido o cair da noite até aquele momento. Permiti-me pegar uma última flecha, estava na plataforma para tiros longos, quando notei algo sobre o muro.

Há uns 160 metros de minha posição uma figura negra se erguia, os olhos vermelhos fitando-me. A coisa uivou para a noite como um lobo e saltou, um salto de um muro de 6 metros e ele não se quebrou todo, o que me apavorou e me fez descer as escadas imediatamente, minha mente gritando para que eu corresse.

A figura caminhou sobre quatro patas por entre os bonecos e quando estava a 50 metros eu pude discernir seus traços. Era um lobo negro do tamanho de um cavalo, de sua boca escorria uma saliva tipicamente canina, os olhos perturbadoramente inteligentes, os pelos enriçados fizeram minha alma gelar imediatamente. A essa altura minhas pernas tremiam e eu tinha meu arco tencionado, a flecha apontando para a cabeça da criatura. Ele uivou e eu disparei a flecha que cravou-se no crânio do lobo, eu esperei que morresse, nenhum ser vivo sobreviveria a uma flechada na cabeça, mas aparentemente as leis da natureza não se aplicavam a ele.

Fiz a coisa mais inteligente que pude: Corri. Disparei pelo prédio do clube sabendo que ninguém estaria lá, ninguém me ajudaria. O lobo era rápido e eu jamais poderia com sua velocidade canina, mas eu felizmente conhecia melhor o prédio. Então disparei pelos corredores agilmente agradecendo mentalmente por ter dedicado todos os meus finais de semana às partidas amistosas de basquete, do contrário eu teria morrida umas cinco vezes.

Desci as escadas do prédio e estava com tanta pressa que demorei a notar a figura aos pés da escada. Um capuz cobria sua face, mas parecia humana. Estava com um arco prata apontando na minha direção, eu quis gritar, mas estava concentrado demais em fugir para fazer qualquer outra coisa, mas houve uma impressão, um pressentimento, um instinto, chame do que quiser, alguma coisa me dizia que a figura encapuzada não estava mirando em mim.

Quando ouvi as portas do clube se arrebentando eu apenas me abaixei e ouvi o zumbido da flecha prateada que cortou a noite fria e cravou-se no crânio do lobo. Eu ia iniciar uma nova fulga, mas fui coberto por pó de ouro, o lobo se fora.

Uma BMW conversível parou atrás da figura, dirigida por Heliot Underwood, mandando-me entrar tão desesperadamente que pensei haver mais daquelas coisas perseguindo-nos, foi incentivo suficiente. Pulei no banco de trás do carro, a figura entrou logo após e o carro arrancou pelas avenidas do campus em direção a saída.

— Que coisa era aquela? — Foi a primeira coisa que consegui dizer depois de recuperar o fôlego.

— Um lobo! — Respondeu simplesmente. A garota abaixou o capuz, revelando sua identidade.

Era Cristie, minha melhor amiga. Cristie estava com um sorriso travesso nos lábios, como se tivesse a maior das fofocas do campus para me contar, e eu sinceramente não fiquei nenhum pouco empolgado em saber do que se tratava.

— Oi pra você também, garoto! — Disse um Heliot sem gorro ao volante. Seja lá o que tivesse batido em sua cabeça, fora bem forte. Havia dois galos muito inchados, pareciam chifres. Ai Meu Deus! Eram chifres!

— Ah! — Gritei tão indgnamente que Cristie caiu na gargalhada. — Tem chifres na sua cabeça! - Heliot pareceu ofendido. - Porque tem chifres na cabeça dele? E porque você sabe usar um arco?

O mundo parecia ter virado de cabeça para baixo, mas Cristie me pediu calma. Demorou, mas eu deixei que ela falasse. Segundo ela, e eu não acreditava, os deuses gregos existiam, e continuavam com suas manias de procriar com os humanos. Eu e ela éramos filhos de deuses e Heliot era um bode — sátiro — que protegia esses filhos de deuses. O trabalho dele era procurar por esses filhos, protegê-los e guiá-los para um tal de Acampamento Meio-Sangue, onde as proles dos deuses eram treinados e preparados para se proteger contra monstros, como o lobo que ela acabara de matar.

- Eu sou filho de... - O nome de meu pai pesava em sua mente. Não podiam ser as mesmas pessoas. Não podia ser o mesmo Apolo.

- Nós somos... - Cristie fez aquela cara de tenho o maior babado do mundo para você - ...Apolo! - Ela disse e como se para confirmar uma luz brilhou em pleno ar iluminando o carro. Pelo retrovisor eu vi o holograma de uma harpa dourada brilhando acima de minha cabeça, mais tarde saberia que aquele era o símbolo de meu pai.

- Tem mais... - E dessa vez sua expressão misturava-se em ansiedade e preocupação. - Nós somos irmãos... - Ela disse, mas depois resolveu corrigir-se. - ...Não só por parte de pai, nós somos gêmeos!

Mais um pouco e eu voaria pelo parabrisa. Heliot havia freado o carro tão abruptamente que mesmo ele bateu a cabeça no volante, adicionando mais um galo a seus chifres. Ele virou para trás esfregando o novo adereço olhando de mim para Cristie indignado. Minha expressão era de choque total. Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto. Eu juro que fiquei olhando ao redor imaginando onde estavam as câmeras.

- Gêmeos? De Apolo? - Heliot parecia assombrado pelas possibilidades do futuro. - Isso explica aquela quantidade grotesca de monstros... - Virou-se para a estrada e acelerou o carro em altíssima velocidade. Aparentemente a informação fizera com que sua pressa aumentasse.

- Isso é impossível! - Eu consegui dizer.

- Impossível? É bem perto disso na verdade, mas não chega a ser. - Heliot disse antes de fazer uma curva fechada demais para velocidade que estávamos. Eu fui jogado no colo de minha irmã.

— Mamãe não sabia. — Talvez realmente fossemos gêmeos, pois essa fora a primeira questão que pairou em minha mente. — ...Gêmeos semideuses são raros... — E o tom que ela usou me fez pensar que ser raro não era algo bom. — Era perigoso nos mantermos juntos, então, quando nascemos, Apolo embaralhou a mente da equipe médica e levou-me para a nossa tia, Ártemis. — Ótimo, mais uma para a conta de meu pai divino idiota, nem a própria filha criou. — Cresci entre as caçadoras enquanto você crescia com a mamãe. — Pela primeira vez pensei nas perguntas que Cristie fazia a respeito da minha mãe. Eu sempre achei ser curiosidade pela grande musicista. Me arrependi por não ter descrito melhor a nossa mãe.

Eu fiquei olhando para os olhos castanhos de minha irmã. Não era difícil notar a semelhança entre nós dois, mas só agora eu pensei em todas elas.

— Você sabia desde o... — Um bolor se formou em minha garganta e eu estava com dificuldades de terminar minhas frases.

— ...Início? — Completou ela. — Não desde o início, quer dizer eu era um bebê. Mas sim, eu cresci ciente de nós. Tia Ártemis não gosta de mentiras então ela me contou tudo quando estava na idade para compreender. — Algo em sua expressão me deu a impressão que não tinha idade para compreender. — Fui criada pelas Caçadoras. — E me explicou o que significava ser criada por um monte de meninas de doze anos que eram duronas o suficiente para arrebentar um bar inteiro de motoqueiros selvagens. — Quando a mamãe morreu eu sabia que você estava sozinho, então pedi para Tia Ártemis me liberar da caçada. Ela me deu três anos. — E eu vi em sua face o quanto foi difícil para ela todo esse tempo manter segredo.

Abracei minha irmã com força e intensidade o suficiente para recuperar todos os anos de abraços perdidos. Acho que choramos de felicidade, mas jamais admitiria isso.

O carro prosseguiu pela estrada em direção a Long Island. Segundo Heliot o Acampamento Meio-Sangue, que seria meu novo internato a partir de agora, ficava na costa de Long Island onde semi-deuses poderiam ficar seguros.

Enquanto a paisagem avançava Cristie e eu acabamos caindo no sono, abraçados. Sabe aqueles sonhos que eu disse que tinha? Dessa vez foi bem grotesco.

Estava de volta à sala de audição, tocando a música da minha avaliação, o piano dessa vez parecia em maior harmonia comigo, dessa vez eu me lembrava de ter respirado direito e o resto foram meus dedos martelando as teclas sem pensar muito no que fazia. Quando terminei a apresentação ouvi os aplausos, mas não eram dos avaliadores, havia apenas uma pessoa na bancada. Um homem com seus 22 anos, loiro, de pele bronzeada, cabelo perfeito, olhos azuis, vestido como um badboy e um sorriso tão sacana que eu não tive dúvidas de quem se tratava.

— Você! — Gritei e se eu tivesse forças eu teria arremessado aquele lindo piano bem nos dentes de Apolo.

— Vamos com calma criança... — Pediu, com seu sorriso debochado.

— Seu irresponsável! — E avancei em sua direção com tanta raiva que por pouco eu não subi em cima da mesa. Eu queria vomitar tudo na cara dele, mais precisamente naqueles dentes brancos

— Dezesseis anos sem nenhuma notícia, você sequestrou a minha irmã de mim, da minha mãe e ainda por cima nem para proteger minha mãe serviu! — Eu comecei a dizer e meus olhos lacrimejavam de tanta raiva.

Comecei a enumerar tantas coisas que da maior parte eu nem me lembro. Ele ouviu, simplesmente permaneceu sentado ouvindo tudo que eu tinha pra dizer, sem se quer me interromper. E eu despejei todas as minhas mais profundas tristezas, minhas preocupações, minhas frustrações e tudo o mais que eu pudesse jogar em cima de meu pai divino. No final eu estava tremendo, com os olhos ardendo de tanto chorar. Me senti vazio e sem peso, dramaticamente me ajoelhei no chão, já sem vontade de dizer mais nada. Como se tudo o que eu queria esse tempo todo era extravasar aquela represa de palavras que nunca encontravam seu ouvinte.

Apolo levantou-se com calma e se dirigiu ao piano, tocando a mesma música que toquei com tal beleza, que pela primeira vez toda ela fez sentido, nenhuma nota era desperdiçada, como se ele mesmo a tivesse escrito e só ele pudesse executa-lá direito.

— Sua mãe amava essa música, toquei para ela no nosso primeiro encontro. — O que vi em seus olhos azuis foi uma lembrança doce, como se ao tocar ele revivesse todo o relacionamento com minha mãe de novo. Isso doeu o peito. Todo esse tempo eu achei que Apolo só havia se aventurado com minha mãe, mas naquele olhar eu pude perceber o quanto ele a amava.

— Ela me fez tocar um milhão de vezes, dizia que eu era parecido com você. — Eu disse levantando-me e me apoiando na mesa. Eu era parecido com ele.

— Sabe...Você e sua irmã são um caso especial, não podem ficar juntos. — Ele disse com tal firmeza que meus argumentos se desfizeram de imediato. — Esses anos que ela pediu foram especialmente difíceis para ela. Seus sonhos? Todos reais. — Ele parecia ver minha alma — Ela enfrentou todos os seus pesadelos noite após noite enquanto você dormia tranquilo em seus lençóis de seda. Zeus não permite que interfiramos tanto no destino de nossos filhos, mas mesmo ele sabe que o caso de vocês é especial. — Ele começou a folhear as partituras e de repente eu comecei a ver meus boletins com minhas excelentes notas. — A paciência dele tem fim, na verdade, ela é especialmente curta. Eu e minha irmã temos resistido, mas agora acabou. — E eu vi em seus olhos o quanto ele tentou, senti-me culpado por tudo que havia dito.

— Obrigado... — Eu disse e ele pareceu surpreso. Depois abriu o mais brilhante sorriso do mundo inteiro.

— Não me agradeça ainda, tenho a impressão que em pouco tempo você vai querer acertar uma flecha na minha genitália. — E gargalhou com a ideia, eu pensei em alguns dos bonecos que haviam recebido uma flecha nessa região.

Um trovão estremeceu o sonho e ele perdeu o foco, mas ainda consegui ouvir as últimas palavras do meu pai: "Eu amo vocês dois".

Acordei com o veículo girando vertiginosamente, derrapando na pista, perigosamente próximo de um abismo, estávamos quase capotando.

— Ainda bem que acordou, toma! — Disse, me passando uma pequena faca prateada. Aquilo parecia pesado em minhas mãos.

Heliot corria feito um piloto de formula 1 pela pista, os vinhedos de Long Island passando por mim feito um raio, enquanto alguns vultos negros acompanhavam-nos. Eram quadrúpedes e latiam feito cães. Um deles conseguiu abocanhar o retrovisor esquerdo do conversível antes de uma faca prateada fincar no crânio do lobo, tornando-o nada mais que um monte de poeira dourada.

A alcateia estava no nosso encalço, uivando e latindo na nossa direção. Eu tinha contado cinco, até aquele momento. Os dentes brancos e a baba escorrendo pela boca da criatura, os olhos vermelhos pareciam sedentos de sangue. O meu sangue.

Minha irmã se ergueu como uma verdadeira arqueira e logo os lobatos tinham se reduzido a pó dourado. Eu achei que acabaria ali, que estaríamos todos bem, mas o que aconteceu a seguir nem me deu tempo de ter reação.

Meu corpo foi impulsionado com violência pra fora do carro, jogando-me contra um arbusto denso, que amortecera a queda, que poderia ter sido fatal. Minha cabeça doía e eu sentia algo quente escorrer atrás da minha cabeça. Meu corpo estava todo lanhado, escoriações se espalhavam por ele todo e o meu braço esquerdo doía.

Me ergui parecendo mais um saco de pancadas que havia apanhado até não ter mais forças para reagir. Eu estava meio ciente do que tinha acontecido. Um dos lobos havia conseguido dar a volta e aparecerá na frente do carro, Heliot não teve tempo de frear e o atropelamos. O resto dominação da inércia.

Eu ainda estava com minha mão bem fechada no punho da faca, agradecido por ela não ter me ferido na confusão da batida.

Minha primeira reação foi procurar minha irmã, que eu não fazia a menor ideia de onde tinha parado, nem se estava viva. O carro parecia acabado, a frente da BMW havia sido totalmente amassada e seja lá o que fosse, não poderia ter sobrevivido, junto com os passageiros.

Foi quando vi a figura. Era negro e estava ferido, arrastando seu corpo pesado com a pata dianteira, ikhor dourado saía de sua boca, junto com a baba natural dos caninos. Apesar da seu corpo parcialmente amassado e imobilizado, a fúria em seus olhos vermelhos.

No início, imaginei que ele estivesse fugindo do recinto, mas, há cerca de dez metros da vagarosa criatura, estava o corpo da minha irmã, inconsciente pelo acidente, Héliot estava mais à frente, mas eu sabia que a criatura queria o sangue daquela que tinha acabado com sua alcateia.

Eu não acho que pensei muito. Antes que percebesse, meus pés já se moviam de encontro ao lobo. Ele demorou a perceber minha presença, tão focado estava em sua vontade de matar a caçadora.

Quando ele me notou, a faca já havia sido cravada em seu pescoço. A arma não entrou muito, eu não tinha tanta força com minha irmã e a musculatura do animal era robusta. A coisa rugiu furiosa com o dano e virou sua cabeça na minha direção.

Eu não tive muita reação e ele consegui pegar minha perna, numa bocada que me fez gritar de dor. Eu estava apavorado, mas a outra opção seria deixar ele pegar minha irmã é isso não estava em questão.

Ele mastigou minha panturrilha como se fosse um osso para ele roer e as lágrimas de dor saiam dos meus olhos com fartura, mas eu não quis parar. Soquei o rosto da criatura, esperando que ela soltasse, mas suas presas só continuavam a fincar-se mais na minha carne.

Foi então, no meio de todo aquele desespero, que pensei em socar o cabo da faca. Soquei feito um louco, desesperado e achando que não estava adiantando, mas eu não podia fazer outra coisa, que não chorar e socar.

Em pouco tempo as mordidas pararam e a criatura não respirava mais eu me deixei desmaiar.

Acordei na enfermaria do acampamento, recebendo os devidos cuidados. Segundo Heliot, o acidente causara barulho o suficiente para os guardas nas fronteiras perceberem do que se tratava.

Foram eles que nos levaram para o acampamento, onde fomos tratados na enfermaria.

***

— E essa perna? — Ela me perguntou, com seu olhar conspiratório.

— Cicatrizes são legais! — Revidei com um sorriso, mas minha perna estava boa. Meus irmãos cuidaram bem de mim. Foram dois dias, mas os medicamentos do chalé de Apolo era, poderosos.

O sol nascia preguiçosamente por entre as montanhas, deixando minha irmã belíssima sobre seus raios. Como não notei antes que existia a possibilidade dela ser minha gêmea? Nós éramos muito idênticos!

— Daqui para frente é contigo, maninho. — Minha irmã tinha lágrimas nos olhos assim como nos meus.

Ouvi um grasnado alto o suficiente para fazer meus ossos tremerem. Antes que eu percebesse uma criatura que era um misto de leão com águia pousou ao nosso lado. Minha irmã o acariciou e montou nele.

— Eu ganho um desses? — Disse abrindo o maior sorriso que pude dar.

— Quem sabe? — Eu ouvi sua voz ao longe e eu não precisava saber que ela tinha aquele brilho travesso ao falar.

Virei-me imediatamente para meu destino, atravessando a barreira não sabendo em quantas aventuras eu me meteria.



wod



Aron Tinuviel
Filhos de Apolo
Aron Tinuviel

Aron

Achei sua história longa e cansativa. Cansativa mais pelo tamanho mesmo, ela podia ter sido um pouco mais curta com detalhes cruciais sobre você, inclusive de onde você veio, que você não citou em lugar nenhum. Mas ela está bem escrita, conta sobre o personagem embora o seu tamanho seja desnecessário para uma avaliação pois a qualidade é melhor que a quantidade. Enfim, não vi motivos para lhe reprovar e seus motivos me foram bem convincentes.

Seja bem vindo, filho de Apolo.
Hera
Hera
Nome: Ethan Ward Turner
Idade: 18 anos
Deus(a) Escolhido(a): Eros
Porque quer ser reclamado por esse Deus: Porque gosto de ser útil, adoro usar armadura, arcos e flechas e sou normalmente um exímio combatente. Mas sei ser amistoso e educado quando preciso, mas firme e implacável em batalha. Sou capaz de liderar e também obedecer e busco sempre o bem das pessoas que mais importam para mim.
História:

Ethan Turner nasceu em Los Angeles, há exatos 18 anos. Filho de Amber Turner, nunca soube de fato sobre seu verdadeiro pai. Mas mesmo assim, o jovem cresceu feliz, bem educado e cheio de sonhos, como qualquer outro. Não teve nada de excepcional na vida de Ethan, foi um garoto como outro qualquer, que brincou, se sujou, foi pra escola e tudo mais, sem nem ao menos entender parte da sua real história. Mas isto pouco importava para o garoto. Cresceu sem questionar muito sua existência. Sua mãe sempre fez tudo que podia para fazer o garoto feliz, sem as dores da dúvida ou de não saber toda a verdade. Assim como todos os garotos normais, Ethan fez tudo que se imagina para uma criança fazer. Jamais realmente se importou em saber da verdade, pois achou que poderia ser pior saber e assim sofrer mais ainda por conta de tal coisa. Cresceu sim em Los Angeles, em meio ao agito e correria da Califórnia.  Enquanto realmente as coisas não ficavam claras e que sua vida seguia o rumo, Ethan buscou curtir ao máximo enquanto podia, mesmo com a dúvida sem solução. Aquele garoto de cabelo preto e olhos igualmente castanhos cresceu e deixou de ser um mero garotinho com cara de criança. Além de amadurecer, seu físico mudou drasticamente, de um garoto magro e sem graça, para um jovem com feições mais definidas, corpo muito definido também e um estilo mais adulto. Mas talvez aos 18 anos, foi que entendeu um pouco de sua vida. Soube qual realmente seria seu destino e o que o fazia ser diferente de fato. Sabia naquele momento que não seria um jovem como outro qualquer e que talvez seus antigos sonhos e planos seriam desfeitos, mas compreendeu a situação muito bem. Sua mãe havia feito questão de esperar o jovem atingir sua maturidade emocional e etária para poder entender o que de fato não sabia ainda claro. Mesmo assim, via que Amber tentava fazer o garoto sentir-se a vontade, ainda sim sabendo que jamais ele seria como os outros. Isso ajudava Ethan a não sentir tanto o fato de realmente ser diferente e não saber o porque exatamente daquela sensação. Via realmente de forma sincera que sua mãe fazia tudo que era possível para que o garoto Turner pudesse curtir a vida, ter seus amigos, seus gostos, que sentisse tudo que um garoto normal sente de costume. Enfim, o garoto fazia seu melhor para poder realmente provar que era inteligente, educado, amoroso e carinhoso, mesmo sem saber de sua real história.

Ethan fez questão de entender claramente tanto os motivos quanto a razão da demora em saber a real situação de sua vida. Buscou ser compreensivo e atencioso, sem brigar ou questionar de forma áspera. Ainda mais depois do abraço forte que recebeu de sua emocionada mãe, que fez o jovem sorrir e retribuir, entendendo que era um pouco mais que um jovem especial, mas sim que era um legítimo semi deus, e que com certeza suas capacidades e habilidades iam muito além do que esperava. Agora com tudo esclarecido, vai tentar se adaptar a sua nova vida, no acampamento meio sangue e espera ser realmente motivo de orgulho, não importando o que aconteça. Sabe que a saudade, a sensação de distância sempre estarão presentes, mas vai ter que aprender a lidar com isso se quer realmente ser forte e corajoso no que fizer. Mas tendo sempre a certeza que o que viveu sempre ficará eternizado em sua memória.

Habilidades: +1 Mira/Precisão e +1 Persuasão

Presentes de reclamação: poste aqui os presentes que deseja ganhar de seu pai/mãe, juntamente com as descrições dos mesmos. Lembre-se de consultar o tópico aqui.

Je t'aime/Arco & Aljava [estrutura modelada a partir do ouro, condecorado com diminutas safiras celestiais. Seu tamanho e peso adequam-se ao seu portador. A corda encantada evita o desgaste mesmo após o uso prolongado, além de atribuir força aos ataques — acompanha uma aljava de couro resistente, decorada com estigmas angelicais. Esta comporta determinado número de finas, porém mortíferas, flechas douradas, cujas pontas triangulares são modeladas derivando do bronze celestial. Os projéteis são repostos sempre que esgotados, além de dar a opção de ferir os alvos ou criar neles o sentimento do amor. Ademais, em uma forma comum, o conjunto pode transformar-se em um colar ou bracelete feitos do mesmo material do arco, a fim de proporcionar discrição e portabilidade ao seu usuário]

Le corps de l'ange/Armadura [composta de um conjunto de peças de bronze, revestidas de um ouro levemente avermelhado. Recobre o corpo de seu detentor sem apresentar peso extra, aderindo-se o seu físico no intuito de acarretar maior conforto em sua vestimenta. Quando utilizada em conjunto com o arco, amplia a precisão dos tiros efetuados pelo mesmo em 20%, além de aumentar a possibilidade de acerto. A armadura aguenta altas ou baixas temperaturas, porém atentai, golpes deveras poderosos são capazes de fornecer danos. Diz-se que cada armadura, quando forjada, recebe uma gota do sangue do próprio deus do amor. Quando desativada, em situações de desuso, transmuta-se em uma jaqueta personalizada à escolha de seu dono: seja de um time, de determinado modelo ou marca e afins]

Opcional:

Anteros/Espada [cabo de madeira de carvalho, revestido com couro de javali, possui a proteção de punho no formato de asas de anjo, findado com uma pedra de rubi-sangue. O principal, todavia, é a lâmina de 70 centímetros, feita unicamente da mais polida prata ornamentada com desenhos de penas em baixo relevo. Seu diferencial se dá quando a lâmina é tocada pelo sangue do adversário, tendo a força dos golpes aumentada em 10%. A cada ataque bem sucedido, tem a capacidade de drenar os sentimentos do inimigo, podendo oferecer vantagem ao filho do deus do amor, além de provocar letargia a cada corte. Para maior portabilidade, a lâmina é capaz de ser retraída magicamente para dentro do cabo, sendo acionada em momentos de necessidade pelo semideus]
Ethan W. Turner
Filhos de Eros
Ethan W. Turner

Ethan

Olá Ethan, tudo bom contigo? Vamos para a sua avaliação.
Gostei bastante de seu texto, ele é curto, objetivo, todos os pontos de sua vida mais relevantes para conhecermos seu personagem é bem colocado e encaixado no texto. Porém, fique atento com algumas repetições de situações que você fez sobre sua paternidade, que era uma dúvida mas que tu procurou viver mesmo sabendo que tinha essa dúvida. Captou? Espero que sim.
Não vi motivos para lhe reprovar, seus motivos são honestos e convincentes embora curto para o mínimo de linhas solicitado.

Seja bem vindo, filho de Eros.
Hera
Hera

Nome: Cody Milano.

Idade: 17 anos.

Deus(a) Escolhido(a): Eros.

Porque quer ser reclamado por esse Deus:
Só imaginei que ele se encaixaria bem no plot do Cody.

História:


A caneta tamborilou sobre a mesa de carvalho, o som rápido da folha sendo rasgada da caderneta e amassada meticulosamente tomou o ar, antes de tensão, naquele amplo e silencioso escritório. Semicerrei os olhos e logo tracei meu alvo, seria fácil, fácil. Rapidamente a bolinha de papel tomou seu rumo, cortando a sala e caindo com precisão dentro da lixeira metálica, sem sequer tocar nas bordas.

- Cestaaa! E a torcida vai a loucuuuura! Uaaaah! – ergui os braços enaltecendo o meu lance, mesmo que sentado à cadeira, que por sua vez deslizou sobre o piso polido graças as suas rodinhas.

- Senhor Milano, queira se atentar ao trabalho, é sétima interrupção esta manhã e mal começamos a aula. – Advertiu Laura, em seu tom de voz apático e desmotivador, capaz de congelar até a alma mais espirituosa.

Bom... Laura, ou melhor dizendo, Senhorita Ernest, era a nova contratada do meu pai e sua função era bancar minha babá, obviamente para um garoto de dezessete anos o nome “tutor” lhe servia melhor. Com esta informação, você já consegue imaginar que nem de longe eu seria um garoto típico. Isto é, um dos meus pais se tratava de Arturo Milano, um magnata do império da moda nova-iorquina, que recentemente era concebido nas passarelas como o grandioso e visionário estilista das noivas, um gênio da moda para os excêntricos. Para mim, um workaholic, que se manteve ausente em minha vida, desde que eu me lembro, mas ao mesmo tempo extremamente preocupado com a minha segurança, de tal forma que nunca estudei em escolas convencionais, jamais saí desacompanhado para lugares públicos e provavelmente, se não fossem as necessidades da puberdade, eu seria vigiado até mesmo durante a noite em meu quarto.

Mas esse excesso de preocupação tem um motivo plausível, lembra que eu mencionei pais no plural? Pois é, para alguns não existe algo mais mágico que ser herdeiro do patrimônio acumulado da Betina, mas na minha realidade, bem... Tudo aconteceu em uma época primaveril, meu pai ainda adolescente pela primeira vez optava por um amor ao seu estágio de moda; Eros, não havia epítetos para a encarnação do amor, acreditem ou não, meu pai se apaixonou perdidamente pela versão grega do cupido. E para o deus que vivenciava reciprocamente tal relação, nunca houve segredos ou máscaras, apenas omissões para os céticos, cujo o qual meu pai não se enquadrava, graças a sua mirabolante mente fantasiosa.

Portanto, sou filho biológico de um homem e um deus, o que faz de mim um meio-sangue, ou um adolescente com elevado nível de desatenção graças ao TDAH, focar nas aulas de Laura ou qualquer outra atividade enfadonha que exija atenção sustentada, sempre me é um tormento, e cá estou eu desviando mais uma vez o foco. Enfim, meus pais se conheceram e viveram uma história de amor, para Eros, Arturo nunca seria visto mais do que um amante, embora o amor de um pelo outro fosse imenso, jamais chegaria aos pés do que ele sentia por minha madrasta Psyque, de qualquer forma foi nesta relação que fui concebido e embora nunca tenha visto o meu pai divino, de fato, sempre o senti comigo como uma sombra, seja nas aulas de grego antigo ou em uma enterrada de basquete, talvez a solidão deixada pelo senhor Milano não fosse tão abrasiva, graças a esse sentimento de afeto que sempre me cercou.

Quando completei nove anos, comecei a frequentar um acampamento com crianças e jovens semelhantes a mim, a diferença era que eles eram heróis, já eu nunca passei de um pirralho mimado que por ordens do pai mundano, nunca pôde participar das diversas aulas de combate. Contudo, mesmo que existisse essa diferença enorme, o acampamento fazia com que eu me sentisse em casa, a cada verão eu podia ter contato com pessoas de idade semelhante a minha, tinha a oportunidade de fazer amigos e o melhor, meu espaço pessoal não era invadido por seguranças, o acampamento sempre foi sinônimo de liberdade para mim, o que segundo alguns me tornava um privilegiado, já que para tantos o acampamento significava uma forma de sobrevivência e por fim era um sistema de confinamento, pois cada dia além do pinheiro de Thalia era um dia de risco.

Habilidades: +1 Mira/Precisão e +1 Persuasão

Presentes de reclamação:

Je t'aime/Arco & Aljava [estrutura modelada a partir do ouro, condecorado com diminutas safiras celestiais. Seu tamanho e peso adequam-se ao seu portador. A corda encantada evita o desgaste mesmo após o uso prolongado, além de atribuir força aos ataques — acompanha uma aljava de couro resistente, decorada com estigmas angelicais. Esta comporta determinado número de finas, porém mortíferas, flechas douradas, cujas pontas triangulares são modeladas derivando do bronze celestial. Os projéteis são repostos sempre que esgotados, além de dar a opção de ferir os alvos ou criar neles o sentimento do amor. Ademais, em uma forma comum, o conjunto pode transformar-se em um colar ou bracelete feitos do mesmo material do arco, a fim de proporcionar discrição e portabilidade ao seu usuário]

Le corps de l'ange/Armadura [composta de um conjunto de peças de bronze, revestidas de um ouro levemente avermelhado. Recobre o corpo de seu detentor sem apresentar peso extra, aderindo-se o seu físico no intuito de acarretar maior conforto em sua vestimenta. Quando utilizada em conjunto com o arco, amplia a precisão dos tiros efetuados pelo mesmo em 20%, além de aumentar a possibilidade de acerto. A armadura aguenta altas ou baixas temperaturas, porém atentai, golpes deveras poderosos são capazes de fornecer danos. Diz-se que cada armadura, quando forjada, recebe uma gota do sangue do próprio deus do amor. Quando desativada, em situações de desuso, transmuta-se em uma jaqueta personalizada à escolha de seu dono: seja de um time, de determinado modelo ou marca e afins]

Hemeros/Asas [colar de prata terminado com um único pingente, o qual exibe o formato de uma pena dourada. Quando ativado, liberta asas de até cinco metros de largura nas costas do meio-sangue. Esses novos membros são altamente resistentes, proporcionais ao peso e ao tamanho do usuário. As penas longevas, brancas e macias, não são unicamente um atrativo visual que possibilita o voo; podem ser disparadas contra os adversários como projéteis afiados, tão capazes de ferir em detrimento de seu formato contundente. A habilidade do voo não é prolongada, uma vez que o semideus pode se manter no ar por apenas dois turnos, seguidos ou intercalados, além de não capacitar voos de elevadas altitudes]
∆ LYL - FG
Cody Milano
Cody Milano

Cody
Olá jovem semideus, espero que esteja tendo um bom dia até o atual momento dessa avaliação. Pois bem, sem mais delongas vamos a sua avaliação de reclamação.

Sua ficha foi feita de forma correta, porém, sua história não me encantou e achei confusa em visto que Eros no forum é um homem e como bem sabemos, homens, deus ou não, não tem útero... Ache um forma plausível de explicar e reverei a situação.
No mais, esta reprovado.
Atena
Deuses
Atena

Wasted Young Blood
Nome:
Aspen Birdy Allër.

Idade:
Vinte anos.

Deus(a) Escolhido(a):
Hebe.

Porque quer ser reclamado por esse Deus:
A deusa juvenil, mesmo sendo filha de Zeus e Hera nunca teve um certo destaque, diferente do seu filho de infância. Porém ambos foram alvos de risada, ainda que os motivos tenham sido diferentes, porém não menos constrangedores. A resiliência da juventude permanece em si, assim como reside em sua mãe até ter seu primeiro brilho diante de Olimpo, a diferença é que o jovem ainda não reluziu. Entretanto a sua força de vontade de mostrar que alguém novo pode sim ser relevante em seu próprio caminho e jeito. Ainda que sua relação não venha ser a das melhores com sua mãe.

História:
Ser um garoto que nasceu aparentemente com a síndrome de Treacher Collins, pois apesar da deformidade facial, não fora detectada qualquer diferença entre seu crânio e de uma criança que não apresentasse tal síndrome, além do mais é suposto de ser uma patologia genética e não há indícios anteriores de que alguém em sua família que já tivesse apresentado o quadro, seu pai também jurava que na família materna também não havia ninguém que carregasse tal doença em seus genes, até porque ela era divina, literalmente.

Sua infância não fora fácil por causa da maldição de Hera sobre o garoto, por causa de um feito da deusa menor que incomodara sua mãe, esta resolveu então punir ao neto para que Hebe aprendesse a nunca desafiar a autoridade dos seus pais dentro do Olimpo.

Aspen sofreu bullying durante toda sua época infantil dentro da escola, forçando-o a desenvolver alguns transtornos psicológicos como ansiedade e diminuir em muita a sua segurança sobre si mesmo, não apenas quanto sua aparência, mas para fazer tudo. Criou em si então uma espécie de dependência. Todos estes fatores fizerem com que seu pai o retirasse da escola e suas aulas começaram a ser realizadas dentro de sua casa, assim como todas as outras coisas, inclusive o atendimento psicológico.

O início da sua adolescência não se tornou mais fácil por isso. Muito pelo contrário... Passar tantos anos apenas dentro de casa o fez desenvolver uma espécie de crise do pânico, aos poucos suas únicas interações se reduziram ao seu pai, o psicólogo, e, o professor de filosofia. Logo seus melhores amigos se tornaram os livros, fotografias e reportagens, projetava em sua mente a partir desses hobbies como seria o mundo lá fora, porém as informações sobre a violência no mundo lá fora só o deixava mais assustado e ainda menos confortável com a ideia de um dia poder sair de casa e que nada aconteceria com ele.

Do outro lado, seu pai estava farto de ver seu filho sob estas condições e por mais que tentasse entrar em contato com Hebe de alguma forma para tentar inverter a situação, nunca conseguiu uma resposta da deusa em todas as suas tentativas. Era um pai desesperado para tentar ajudar o filho, para ajuda-lo a viver como uma pessoa deveria viver. Então resolveu que levaria o filho para acampar durante uma noite. Seria apenas eles dois pelas florestas de Long Island, seria o seu presente para o décimo terceiro aniversário de seu querido filho.

E eles realmente partiram, claro que Aspen deu trabalho para sair de casa. Apenas para fazê-lo concordar levou cerca de uma semana, e tirá-lo de cara demorou três dias, sendo que o pré-adolescente só saiu depois que vestiu uma máscara como a de Darth Vader, um de seus personagens favoritos... Talvez por se identificar com ele, não que ele se considerasse um garoto ruim.

Kangriärd sentia seu filho ficando mais solto aos poucos, talvez estar entrando em contato com a natureza estivesse funcionando como uma terapia. Os animais silvestres não se afastavam do garoto ou o olhavam estranho por seu rosto não ser “comum” como o de outras pessoas, era diferente da sua vida na floresta cimentada.

Dois dias se passaram, finalmente era o aniversário do garoto e ele estava mais feliz do que nunca. Analisava de longe animais mais perigoso como serpentes ou cervos, mas acariciava e observava bem mais de perto animais mais inofensivos. E como ele e seus pais queriam que os tremores na terra que surgiram do nada fossem apenas terremotos. Enquanto Asp, apelido dado pelo pai, brincava com as borboletas, a terra sob seus pais começou a tremer e as pequenas pedras saltavam cinco centímetros acima do solo, até mesmo folhas de algumas árvores caíam em abundância. O moreno então ficou em choque, jamais esperou que pudesse ver algo que as pessoas abominariam além de si quando se tratava do físico.

Uma pequena horda de cinco ciclopes surgiu das profundezas escuras da floresta murmurando que queria ser o primeiro a devorar os semideuses do Acampamento Meio-Sangue, seja lá o que aquilo fosse. Porém sua mente não conseguia processar todas aquelas informações ao mesmo tempo, o medo o fazia desejar que fosse uma paralisia do sono ou apenas cansaço, talvez efeito colateral de algum dos seus problemas psicológicos. Mas ver o seu pai ser pego pela cabeça e depois amassado como se fosse nada nas mãos de uma daquelas figuras humanoides e suas vísceras e sangue respingar sobre si, ele soube que era mais real do que os comentários maldosos que recebia na escola.

Imóvel e dominado pelo pânico, o garoto também fora pego, porém pelo tronco e teve metade de sua perna direita arrancada pelos dentes do ciclope, fazendo o garoto urrar de dor e chorar em desespero, sentindo toda adrenalina suprimida explodir por todo o seu corpo, adrenalina qual coincidiu com o momento de sua reclamação e o garoto ardeu entre os dedos do monstro e foi arremessado contra uma árvore. E no mesmo momento de sua reclamação seria a sua morte, se não fosse por um grupo de semideuses que o salvou e levou para o acampamento.

Lá dentro, Aspen levou por volta de cinco semanas desacordado. Quando acordou estava em uma espécie de bunker que também era uma enfermaria. Seu corpo estava enfaixado e doía em lugares que ele não tinha aprendido na aula de ciências. Em sua mente as últimas cenas vieram à tona e então seu coração disparou fazendo a máquina hospitalar customizada alarmar, alertando os dois curandeiros e três filhos de Hefestos que ali estavam e ele sequer havia notado a presença antes. Seu desespero então aumentou quando todos eles se reuniram ao redor de si e começaram a encarar fixamente sua perna metade robótica, algo que também estava despercebido até momentos atrás. O seu coração desacelerou quando percebeu que eles não representavam perigo, mas a forma que eles analisavam como a perna abiótica reagia aos toques dele e aos pulsos do córtex do garoto. Era incomum para ele ter algo que chamasse mais a atenção que o seu rosto, mal sabia ele que agora estava com a face “normal”. Mas aquilo também estava incomodando o garoto.

– Gente, eu “tô” aqui – Falou o filho de Hebe e então recebeu a devida atenção dos outros semideuses ali presentes.

Habilidades:
+1 Agilidade

+1 Resistência

Presentes de reclamação:
Young & Pretty / Escudo [Um escudo de bronze celestial, completamente trabalhado em desenhos de Hebe ajudando a deusa Afrodite a pentear seus cabelos. Quando inutilizado, vira um bracelete.]

Morieris / Arco e Aljava - [Um arco longo, feito inteiramente de Ouro Celestial. Este aparece de acordo com a vontade do semideus, ou quando este corre algum perigo, em forma de aviso para que ele tome cuidado. Assim como o chicote, as flechas ao acertarem o inimigo, deixam-o envelhecido e fraco. São flechas mágicas, portanto, a aljava está sempre repleta delas.]

Juventus / Chicote [Ao contrário de seu nome, este ao atingir o inimigo, o deixa envelhecido e fraco, com movimentos mais lentos.]
Mariano Lopéz
Mariano Lopéz

Aspen
Primeiramente, espero que esteja tendo uma boa noite. Bem, e eu espero que ela continue, vamos para a sua avaliação.

Sua história é cansativa. Não mal escrita e cheia de erros, mas muito... melodramática, com detalhes que podiam ser encurtados ou apenas não ditos, afinal nem tudo precisamos saber sobre seu personagem. Cinco ciclopes para apenas um semideus é de um exagero muito grande, seus motivos foram bons, mas o que matou bastante foi sua história. Podia ter sido um pouco mais empolgante de ler, mas enfim.

Enquanto não mudar esses pequenos detalhes, você está reprovado.
Hera
Hera

Wasted Young Blood
Nome:
Aspen Birdy Allër.

Idade:
Vinte anos.

Deus(a) Escolhido(a):
Hebe.

Porque quer ser reclamado por esse Deus:
A deusa juvenil, mesmo sendo filha de Zeus e Hera nunca teve um certo destaque, diferente do seu filho de infância. Porém ambos foram alvos de risada, ainda que os motivos tenham sido diferentes, porém não menos constrangedores. A resiliência da juventude permanece em si, assim como reside em sua mãe até ter seu primeiro brilho diante de Olimpo, a diferença é que o jovem ainda não reluziu. Entretanto a sua força de vontade de mostrar que alguém novo pode sim ser relevante em seu próprio caminho e jeito. Ainda que sua relação não venha ser a das melhores com sua mãe.

História:
Ser um garoto que nasceu aparentemente com a síndrome de Treacher Collins, pois apesar da deformidade facial, não fora detectada qualquer diferença entre seu crânio e de uma criança que não apresentasse tal síndrome, além do mais é suposto de ser uma patologia genética e não há indícios anteriores de que alguém em sua família que já tivesse apresentado o quadro, seu pai também jurava que na família materna também não havia ninguém que carregasse tal doença em seus genes, até porque ela era divina, literalmente.

Sua infância não fora fácil por causa da maldição de Hera sobre o garoto, por causa de um feito da deusa menor que incomodara sua mãe, esta resolveu então punir ao neto para que Hebe aprendesse a nunca desafiar a autoridade dos seus pais dentro do Olimpo.

Aspen sofreu bullying durante toda sua época infantil dentro da escola, forçando-o a desenvolver alguns transtornos psicológicos como ansiedade e diminuir em muita a sua segurança sobre si mesmo, não apenas quanto sua aparência, mas para fazer tudo. Criou em si então uma espécie de dependência. Todos estes fatores fizerem com que seu pai o retirasse da escola e suas aulas começaram a ser realizadas dentro de sua casa, assim como todas as outras coisas, inclusive o atendimento psicológico.

O início da sua adolescência não se tornou mais fácil por isso. Muito pelo contrário... Passar tantos anos apenas dentro de casa o fez desenvolver uma espécie de crise do pânico.

Do outro lado, seu pai estava farto de ver seu filho sob estas condições e por mais que tentasse entrar em contato com Hebe de alguma forma para tentar inverter a situação, nunca conseguiu uma resposta da deusa em todas as suas tentativas. Era um pai desesperado para tentar ajudar o filho, para ajuda-lo a viver como uma pessoa deveria viver. Então resolveu que levaria o filho para acampar durante uma noite. Seria apenas eles dois pelas florestas de Long Island, seria o seu presente para o décimo terceiro aniversário de seu querido filho.

E eles realmente partiram, claro que Aspen deu trabalho para sair de casa. Apenas para fazê-lo concordar levou cerca de uma semana, e tirá-lo de cara demorou três dias, sendo que o pré-adolescente só saiu depois que vestiu uma máscara como a de Darth Vader, um de seus personagens favoritos... Talvez por se identificar com ele, não que ele se considerasse um garoto ruim.

Kangriärd sentia seu filho ficando mais solto aos poucos, talvez estar entrando em contato com a natureza estivesse funcionando como uma terapia. Os animais silvestres não se afastavam do garoto ou o olhavam estranho por seu rosto não ser “comum” como o de outras pessoas, era diferente da sua vida na floresta cimentada.

Dois dias se passaram desde o início do acampamento, finalmente era o aniversário do garoto e ele estava mais feliz do que nunca. E como ele e seus pais queriam que os tremores na terra que surgiram do nada fossem apenas terremotos. Enquanto Asp, apelido dado pelo pai, brincava com as borboletas, a terra sob seus pais começou a tremer e as pequenas pedras saltavam cinco centímetros acima do solo, até mesmo folhas de algumas árvores caíam em abundância. O pequeno moreno então ficou em choque, jamais esperou que pudesse ver algo que as pessoas abominariam além de si quando se tratava do físico.

Uma dupla ciclopes surgiu das profundezas escuras da floresta, no intuito de invadir o acampamento, murmurando que queria devorar os semideuses do Acampamento Meio-Sangue, seja lá o que aquilo fosse. Porém sua mente não conseguia processar todas aquelas informações ao mesmo tempo, o medo o fazia desejar que fosse uma paralisia do sono ou apenas cansaço, talvez efeito colateral de algum dos seus problemas psicológicos. Mas ver o seu pai ser pego pela cabeça e depois amassado como se fosse nada nas mãos de uma daquelas figuras humanoides e suas vísceras e sangue respingar sobre si, ele soube que era mais real do que a sua calça molhada naquele momento.

Imóvel, dominado pelo pânico e molhado, o garoto também fora pego, porém pelo tronco e teve metade de sua perna direita arrancada pelos dentes do ciclope, fazendo o garoto urrar de dor e chorar em desespero, sentindo toda adrenalina suprimida explodir por todo o seu corpo, adrenalina qual coincidiu com o momento de sua reclamação e o garoto ardeu entre os dedos do monstro e foi arremessado contra uma árvore. E no mesmo momento de sua reclamação seria a sua morte, se não fosse por um grupo de semideuses que o salvou e levou para o acampamento.

Lá dentro, Aspen levou por volta de cinco semanas desacordado. Quando acordou estava em uma espécie de bunker que também era uma enfermaria. Seu corpo estava enfaixado e doía em lugares que ele não tinha aprendido na aula de ciências. Em sua mente as últimas cenas vieram à tona e então seu coração disparou fazendo a máquina hospitalar customizada alarmar, alertando os dois curandeiros e três filhos de Hefesto que ali estavam e ele sequer havia notado a presença antes. Seu desespero então aumentou quando todos eles se reuniram ao redor de si e começaram a encarar fixamente sua perna metade robótica, algo que também estava despercebido até momentos atrás. O seu coração desacelerou quando percebeu que eles não representavam perigo, mas a forma que eles analisavam como a perna abiótica reagia aos toques dele e aos pulsos do córtex do garoto. Era incomum para ele ter algo que chamasse mais a atenção que o seu rosto, mal sabia ele que agora estava com a face “normal”. Mas aquilo também estava incomodando o garoto.

– Gente, eu “tô” aqui – Falou o filho de Hebe e então recebeu a devida atenção dos outros semideuses ali presentes.

Adendos:


Habilidades:
+1 Agilidade

+1 Resistência

Presentes de reclamação:
Young & Pretty / Escudo [Um escudo de bronze celestial, completamente trabalhado em desenhos de Hebe ajudando a deusa Afrodite a pentear seus cabelos. Quando inutilizado, vira um bracelete.]

Morieris / Arco e Aljava - [Um arco longo, feito inteiramente de Ouro Celestial. Este aparece de acordo com a vontade do semideus, ou quando este corre algum perigo, em forma de aviso para que ele tome cuidado. Assim como o chicote, as flechas ao acertarem o inimigo, deixam-o envelhecido e fraco. São flechas mágicas, portanto, a aljava está sempre repleta delas.]

Juventus / Chicote [Ao contrário de seu nome, este ao atingir o inimigo, o deixa envelhecido e fraco, com movimentos mais lentos.]
Mariano Lopéz
Mariano Lopéz

Aspen
Vamos lá de novo. q

Sua história continuou basicamente a mesma. Melodramática, entediante, mas pelo menos a incoerência de cinco ciclopes você retirou, embora tenha mantido dois.

Seja bem vindo, filho de Hebe.
Hera
Hera
Mizar Orvtikke sove, han kommer
IDADE: Dezessete anos.

DEUS ESCOLHIDO: Hipnos.

POR QUÊ HIPNOS? É o deus que se adequará mais a trama devido a ser o deus onírico disponível no fórum, além de encaixar com a proposta pessoal de ter um filhote de Hipnos.

HISTÓRIA: Mizart e seu irmão, Milan, estão longe de serem os gêmeos normais. Ainda mais quando são filhos de Hipnos que literalmente nasceram dos sonhos da mãe com o deus.

Acontece que a mãe dos garotos já era uma devota católica desde jovem, e quando atingiu a idade adulta abriu mão do seu sonho que era ser mãe para seguir com a sua devoção à Deus e passou a demonstrar isto morando em um convento simples de uma cidadezinha norueguesa. O mais engraçado foi toda esta devoção atrair a atenção de Hipnos. O deus ficou encantado em como a mulher foi capaz de desistir da sua maior vontade para seguir a fé.
Hipnos queria poder sentir como era este tipo de fé.

Contudo não apenas ele, mas como Ícelo também se encantou pela mulher. Sobre como desistir dos seus sonhos não a fez cair em desgraça e transformou sua vida em um catastrófico pesadelo.

Ícelo queria poder sentir como era este tipo de amor.

E por esta razão os deuses oníricos começaram a disputar a atenção da mortal. Não eram tão incisivos inicialmente, resguardavam suas identidades divinas e somente apareciam para ela de forma indireta enquanto a freira dormia. Hipnos, de certo modo levava vantagem já que não se atava apenas aos pesadelos diferente do seu irmão Ícelo onde se fortalecia dos medos e terrores das pessoas enquanto inconscientes em seus mundos que acreditavam ser privados.

Por alguns meses assim continuou na rivalidade dos dois que disputavam pela exclusividade da atenção da devota. E Hipnos tratou de dar a cartada final.

Ele idealizou dentro da cabeça dela um campo divino e ensolarado com ventos refrescantes. Neste mesmo sonho, o deus apareceu para ela como a máxima figura sagrada da bíblia e a fecundou. Para a mulher foi um ato milagroso de Deus por todos estes seus anos de subserviência e devoção ao descobrir que estava grávida, e irradiou ainda mais felicidade ao saber que eram gêmeos. Em sua mente já planejava todo o futuro deles também dentro da igreja.

Todavia do outro lado, Ícelo fervia em raiva e tinha jurado diretamente ao irmão que iria se vingar do ocorrido.

Depois de grávida, Hipnos não mais interveio nos sonhos da mulher, seu próprio subconsciente a fizera começar a ter sonhos com Deus que na realidade era o próprio onírico grego.

As crianças nasceram e Helga os cuidou institivamente muito bem. Começaram a crescer saudáveis e seguiam os dogmas católicos que a mulher gradativamente os ensinava, já a educação acadêmica ficava por conta dum colégio religioso da área. Para Helga não havia milagre ou demonstração de amor maior de Deus na Terra senão seus filhos.

Contudo não seria uma milagre de deus se não houvesse o Diabo para tentar arruinar, e nessa história o demônio é Ícelo, claro.

Quando os garotos atingiram seus sete anos o deus dos pesadelos começou a mostrar presente novamente nos sonhos de Helga. Óbvio que quando ele queria marcar sua presença deixava de ser um sonho e as imagens que ocorriam em sua mente enquanto dormia a assombrava pelo por duas semanas seguintes.  Em sua cabeça começava a ser infiltrada passagens sobre o catástrofe bíblico e seguia uma sequência. A cada duas semanas ela tinha o sonho com uma fase do armagedon e ficava pensando nela até que a próxima viesse. Para si era o exemplo mais claro que o Diabo era tão real quanto Deus e que ele queria destruir sua devoção e amor por pura inveja.

Esses pesadelos começaram a mudar a mulher de dentro para fora. Helga se tornou mais reclusa e sempre era vista orando, porém não esbanja a mesma luz de antes. Recitava os salmos com terror e desespero. Estava começando a ficar paranoica e o ápice foi quando em seus pesadelos seus filhos apareceram como a porta e ajudantes do anticristo.

Desolada e desesperada, a mulher tentou matar os dois garotos. Seu amor à Deus era maior que tudo na vida.

E ela teria conseguido matar os filhos mediante os planos de Ícelo caso Hipnos já não soubessem da forma que o outro agia. Foi por esta mesma razão que no mundo onírico foi ativado uma das partes do subconsciente de Helga que o próprio deus dos sonhos tinha projetado. Enquanto para a freira apareceu a imagem de um anjo da guarda, para os meninos mais parecia um monge.

E foi essa projeção que salvou os meninos de terem suas vidas ceifadas. Contudo Helga não pode regozijar do mesmo.

Ícelo tinha se saído vencedor afinal. Ela teve sua fé abalada e agora não se encontrava mais em lugar algum depois de ter percebido o que tinha tentado fazer. Totalmente cética sobre tudo o que tinha se disposto a fazer durante toda sua vida, Helga sentia que não tinha chão e nem mesmo propósito para continuar e ceifou a própria vida depois de conseguir mandar os meninos para os Estados Unidos através da igreja.

Vivos, porém perdidos sobre o que deveriam fazer, a salvação de Milan e Mizar foi a mesma projeção onírica que seu pai havia projetado. Esta qual se parecia com um jovem monge que ensinou algumas outras lições ao jovens. Eles aprenderam a se desenvolver espiritualmente através da fé e meditações em busca de paz e equilíbrio sem ter, de fato, a figura católica em sua vida.  Eles passaram a chamar o mestre espiritual deles de Mür.

Mür foi quem os guiou diretamente ao acampamento, depois de terem fugido do outro convento ao qual estavam destinados nas terras norte-americanas. Agora os gêmeos estavam por si só e teriam de aprender em um mundo totalmente novo e que seria totalmente reprovado em sua fé antiga.

HABILIDADES: Força e Persuasão.

PRESENTES DE RECLAMAÇÃO: + Dream / Corrente com Leques [A arma dos sonhos do filho de Hipnos. Trata-se de dois leques que são tão leves quanto mortais. Possuem entalhes desenhados sobre as histórias dos semideuses gregos, e enquanto em movimento em combate, os desenhos parecem se movimentar. Estes podem ser utilizados de duas formas: A primeira se consiste em lutas de curta distância, ao usá-los abertos garante de uma maior área de corte e ser mais fatal; Enquanto a outra forma é para longa distância, cada um conectado a uma corrente que ficam presas nos braços, porém neste modo ficam fechados, deixando sua capacidade de corte mais baixa, porém os golpes são mais fortes e têm maior impacto. A extremidade do leque é serrilhada. Ao ser tomada por qualquer outro, queima-lhe a pele intensamente, nunca perde o fio no caso de lâminas. Dream é, basicamente, o ideal ao usuário. Assim que é reclamada, a prole do deus recebe em sua nuca uma tatuagem azul escura, com o formato de sua arma ideal, nunca mais podendo ser alterada, sem chances de erros. Tem o tamanho e equilíbrio perfeito ao usuário, forjada em prata celestial e prata comum, podendo ser invocada a partir do pensamento como em sonho, de modo que se torne impossível perde-la e, caso quebrada, seja só imagina-la inteira na próxima invocação, com intervalo de 5 turnos.]

+ Omani / Travesseiro [O travesseiro flutuante que acompanha o filho de hipnos tem seu exterior em verde claro com algumas varias manchas desuniformes em verde escuro. É extremamente confortável, possuindo um metro e quinze centímetros de comprimento por noventa centímetros de largura, e, além de poder ser usado no transporte de seu usuário, obedecendo-o por comandos mentais, é indestrutível e não obedece ninguém além de seu dono. No mais, ao comando do usuário transforma-se em um urso de pelúcia de 2m, mantendo a cor original, que pode combater inimigos ou segura-los, permanecendo na transformação por seis turnos, ou em uma kusarigama que, a cada golpe, injeta pequenas quantidades de água do rio Lete em seu oponente, fazendo-o esquecer o motivo de atacar.]

+ Polemistís Ypnou / Pijama de Guerra [A armadura completa, forjada em misto de ouro celestial, carbono e ferro, é constituída por minúsculos hexágonos, unidos magicamente. Ao receber ataques, seu material condensa-se nas áreas específicas, como se atraído pela energia cinética de movimentos contra si. Ao condensar, as áreas específicas ganham um tom azul escuro e brilhante, mas, no geral, a armadura apresenta a cor azul claro, podendo chegar ao cinza elétrico a depender das emoções do usuário. Quando não usada, transforma-se em um pijama da preferência do usuário.]
Mizar Orvt
Mizar Orvt

Mizar


Eu curti sua história. Nunca havia me passado pela cabeça que Hipnos poderia gerar filho através dos sonhos, mas foi um bom gancho esse. Tratá-lo como senhor do Onírico foi um ponto muito bom, já que constantemente ele é confundido como o deus dos sonhos, que, na verdade, é seu filho, Morfeu. Vi que confundiu um pouco a história, mas não afetou muito sua história. Sou um grande fã da mitologia onírica, e, como sugestão de desenvolvimento da trama, lhe recomendo ler o livro "Fios de Prata", é de um autor brasileiro muito bom, Raphael Draccon. Vou deixar o link abaixo para download.

No mais, está aprovado.

LINK DO LIVRO
Poseidon
Deuses
Poseidon
You can't wake up, this is not a dream. You're part of a machine, you are not a human being with your face all made up, living on a screen. Low on self esteem, so you run on gasoline
Haneul Kwon

Idade: 18 anos

Deus escolhido: Melinoe

Porque quer ser reclamado por esse Deus:
Todo o envolvimento de Melinoe com fantasmas, assustando os mortais, fez com que eu me interessasse em ter uma prole dela. Acredito que a trama com essa ligação de ajuda mútua entre os fantasmas e Haneul seria enriquecedora, principalmente nesse âmbito de poder agir por aqueles que não conseguiram justiça, e possuem um fim desconhecido no mundo mortal. O conceito de justiça no caso dela sendo bem mais ligado ao caótico, onde ela cria as leis e as executa.

História:

Haneul tinha uma vida deveras privilegiada em quesito geral. Nascida em uma família de classe média, seu pai e sua madrasta, uma semideusa filha de Ares, também não eram negligentes no quesito afeto. Claro que a dinâmica familiar deles era diferenciada, afinal, dois dos integrantes da família detinham poderes, e mesmo durante a infância eles foram abertos com Haneul quanto a sua origem, considerando que ainda naquela época a garota foi capaz de ver espíritos e monstros apareciam esporadicamente, detidos pela madrasta dela.

A personalidade da prole de Melinoe era naturalmente fechada, dedicava seu maior contato com os espíritos, considerando que os vivos não a interessavam tanto. Ainda assim, adaptou-se bem ao colégio, mesmo que seu comportamento estranho de falar com o que não era visto inicialmente chama-se a atenção e fosse motivo de curiosidade, a rotina tinha esse costume de causar desinteresse com o tempo.

Em um dos dias em sua casa, aos 15 anos, foi surpreendida pela presença do espírito de uma criança no canto, perto de sua janela. A presença de fantasmas não causava mais tanta atenção, tendo convivido sua vida inteira com eles, mas naquela vez, podendo notar os traços faciais da menina, sabia que reconhecia aquele rosto. Uma criança desaparecida há quase 10 anos, e que os pais ainda acreditavam na possibilidade de estar viva. Um caso não encerrado, onde as provas eram limitadas.

— Meredith. — Pronunciava o nome da garota conhecida através dos jornais. A menina fugia, como se em algum momento tivesse sido acuada o suficiente para sentir desconfiança quanto a essa situação de reconhecimento por pessoas mais velhas.

Enquanto Meredith fazia facilmente seu caminho pela janela até o chão, Haneul fazia toda uma manobra pela árvore, descendo com menor velocidade. Ainda assim, não desistiria. Queria saber o que havia acontecido, talvez isso pudesse dar um pouco de paz e permitisse que aquela alma descansasse. A prole de Melinoe poderia ser indiferente quanto ao mundo no geral, mantendo distância, mas ela não gostava de situações de injustiça, e usava um pouco da empatia que tinha para pensar nos pais daquela criança, tendo os visto algumas vezes, sempre com a postura abatida.

Haneul corria atrás do espírito com toda sua energia, se durante toda sua vida tinha sido ajudada por espíritos, tinha um senso de retribuição que o fazia querer ajudá-los. Sabia que não era influente o suficiente para suas palavras valerem caso fosse depor contra o culpado sem provas, mas seu pensamento estava focado em fazê-lo pagar na mesma moeda. Em sua mente, conseguia visualizar os ossos dele se quebrando lentamente, porque nem toda a justiça legal possível poderia fazer pagar alguém que tivesse cometido atrocidades contra uma criança.

Em toda sua distração, no momento que nota a presença de luzes aparentemente de um veículo, era tarde demais para tomar qualquer ação. Haneul sente o impacto de seu corpo que passa do vidro do carro até a pista em questão de segundos, sendo jogado como um objeto qualquer. Ainda que o sangre não parecesse jorrar em quantidade considerável, a palidez e tontura da garota revelavam que se tratava de uma hemorragia interna. Aos poucos, sua visão se torna turva e a visão da criança se torna um mero campo luminoso.

“Por favor, não me deixe morrer.”


O pensamento tinha alguém em específico que ela esperava que a ouvisse. Mesmo sem contatos verbais com Melinoe, sabia de sua existência e como ela se fazia presente discretamente. Poderia ser fraco suplicar por sua vida, era algo que Haneul nunca pensava que faria, mas todo seu orgulho era engolido pela necessidade de sobrevivência.

♱♱♱

Haneul acordava tossindo ao sentir um líquido diferente descendo de sua garganta. Ao abrir os olhos, as orbes negras encaravam o local onde estava, e as duas pessoas que ali se encontravam, uma delas se tratando de um homem que anteriormente colocava o líquido em sua boca. Não se recordava do que havia acontecido exatamente.

— O que é isso? — A asiática pronunciava sem muita emoção em sua voz, apontando para a bebida.

— Flor Kadupul com néctar dos deuses, uma mistura e tanto. — O tom que o homem falava era ácido, mas ela não dava atenção. Ouvir as palavras deuses a fazia entender a situação, ainda que não completamente, afinal, seu pai e sua madrasta sempre foram muito abertos com ela quanto a situação de semideusa.

— Uma porção de ressuscitar. Realmente fascinante. — Mesmo quando dizia palavras como “fascinante”, a monotonia não saía de sua voz.

— Que curioso. Cadê as perguntas de: Onde estou? Quem é você?

— Suponho que aqui seja o Acampamento. E sobre você, eu só não quero saber mesmo. — Após tentar se levantar, ela falha, considerando que seu corpo ainda estava em processo de recuperação.

Todas as informações foram se juntando com os dias. Após Haneul morrer, os espíritos se comunicaram com outras proles de Melinoe para que a resgatassem, levando-a para o acampamento para que pudessem ressuscitá-la quando chegasse o momento, mandados por Melinoe. A motivação da morte de Haneul era o que justificara as delegações, afinal, sua morte foi para ajudar um dos fantasmas, e por esse motivo a deusa interviu depois das súplicas da menina.

O processo não foi imediato, a dama da noite surge apenas em duas estações, de forma que o corpo de Haneul ficou durante meses no acampamento sem destino. Na chegada do dia onde a flor floresceria, a um filho de Melinoe foi delegada a missão de pegá-la no período de duas horas, e que a digerisse para ressuscitar a garota. Foram caminhos turbulentos em meio a uma limitação de tempo, mas que nos minutos finais a missão foi finalizada, trazendo-a de volta a vida.

Habilidades:
+1 Agilidade
+1 Resistência

Presentes:
Ghost Whisper / Açoite [Um açoite totalmente negro com três pontas. Cada ponta contém uma cabeça de morcego feitas de ferro estígio. O Açoite pode se esticar a quantos metros o seu dono quiser. Ele também pode prender no seu oponente e sugar pedaços da alma dele, o deixando mais lento e morrendo aos poucos. A cada sucção da alma, o açoite fica mais forte. Se transforma em uma tatuagem em forma de serpente nas costas da mão, e quando ativada fica presa ao pulso do seu portador.]

Nexus / Escudo [Feito de platina, banhado em ouro branco, o escudo ajuda a prole a defender-se de ataques mágicos ou de fantasmas, o desenho de um fantasma desaparece e deixa a prole de Melinoe invisível, transmuta-se em um anel com um diamante.]

Spectral / Espada  [Feita de ferro estígio e de empunhadura de couro. A espada é leve nas mãos de seu portador e com um M desenhado na base da lâmina. Extremamente afiada, essa lâmina pode realizar cortes cujo seu oponente tem dificuldades de defender, já que aparenta ser um vulto. Essa espada, ao ser fincada no chão, cria uma ilusão ao seu inimigo de que ele está em uma sala fechada e cheia de fantasmas o rodeando e querendo destruí-lo. Até a própria aparição do semideus ali é uma miragem. Dura 3 turnos em uma missão. Se transforma em um anel com um G de Ghost.]

Haneul Kwon
Filhos de Melinoe
Haneul Kwon

Haneul


Neul, gostei muito da premissa da sua história, inclusive eu percebi o L que você deu, quase sendo um legado descarado, hein? Sorte que era só sua madrasta, rum, to de olho. Gostei muito da forma que você narrou os acontecimentos, apesar de achar que terminou muito cedo, mas, nada que a reprovasse. Bem vinda <3
Poseidon
Deuses
Poseidon

revolucionário, guevara!

ele conhece a liberdade sem olhar no dicionário

 
Nome: Alfonso Polo Castillo

Idade: 19 anos

Deus(a) Escolhido(a):  Afrodite

Porque quer ser reclamado por esse Deus: Sendo a deusa do amor e beleza, Afrodite tem uma aura de carisma que pode ser capaz de influenciar sobre o ser político. Na história do personagem abaixo, você poderá verificar que palanques, tribunas e campanhas sempre fizeram parte do trajetória da personagem. O carisma e a influência são inerentes a Alfonso.

História:
avisa o americano, eu não acredito no obama

Carlos Alonso Castillo era um homem influente em Miami, suas artimanhas políticas e antissistêmicas garantiram a ele uma base fiel nos movimentos sociais e socialistas. Carlos era da segunda geração de cubanos fugidos, aqueles que pela propaganda imperialista, acreditavam que a revolução popular na ilha era apenas para manter privilégios de uma única classe, então, entraram em programas de proteção e conseguiram imigrar para a falsa Terra da Liberdade. Carlos acreditava diferente, ele reconhecia que os líderes Fidel Castro e Che Guevara mudaram toda a história de Cuba, que após a revolução, deixou de ser apenas o paraíso de férias dos norte-americanos.

Foi em um comício da ala mais radical do Partido Democrata que Carlos conheceu a mulher mais bela que já havia visto. Seus cabelos castanho-claros ondulavam sob um chapéu arredondado, que protegia seus olhos do sol forte da Flórida. Aquele foi o momento crítico na vida do homem. O romance foi breve, pouco mais de um ano. Ele não sabia o porquê da mulher sumir por longos períodos de tempo, mas esse romance foi o suficiente para que Carlos Alonso Castillo recebesse o maior presente de sua vida, uma criança. Era pequeno, com uma pele em um tom um pouco mais escuro, que revelava sua hereditariedade. A criança foi deixada com o pai após um encontro com Afrodite na praia, juntos, nomearam o menino como Alfonso Polo Castillo. Após esse encontro, Carlos nunca mais viu sua amada.

nas veias abertas da américa latina, tem fogo cruzado queimando as esquinas

Alfonso cresceu um idealista. Seguindo os passos do pai, esteve sempre nos holofotes, seja por sua beleza única, ou por seu carisma inegável. O semideus nunca foi de caprichos, mas sempre soube convencer terceiros a fazer suas vontades. Estudou em escolas públicas sua vida toda e em cada uma delas, teve seu fiel grupo de seguidores. Respeitava fielmente suas origens, nas escolas que frequentou, com a ajuda de seu pai e das associações de pais e mestres, foi capaz de fazer do futebol, o verdadeiro futebol, um esporte praticado e ovacionado. Durante o ensino médio, seu carisma e ideais progressistas o levaram à popularidade. Enquanto seu pai concorria nas eleições gerais da cidade praiana, o adolescente tornava-se presidente do grêmio estudantil.

Foi em seu último ano na escola que o garoto começou a receber visitas estranhas. Na porta da escola, na praia, em seus jogos, ele sempre a via. Uma mulher com traços muito parecidos aos seus, ele a via exclusivamente em dias de sol, e ela usava um esvoaçante vestido branco pérola, que contrastava com sua pele bronzeada. A mulher tinha as características com que seu pai sempre descrevia sua mãe, que até onde o rapaz sabia, havia simplesmente os abandonado misteriosamente. Essa situação causou sentimentos mistos no semideus, que nunca teve tempo de sentir falta dessa figura materna. Seu pai, seus colegas e sua vida social eram o suficiente. Mas a partir daquelas visitas, ele começou a ter grandes dúvidas sobre sua ascendência.

Foi numa das giras no terreiro de santería próximo de casa que sua vida virou de cabeça para baixo. Entre os pontos, era possível ouvir da rua gritos e estrondos, com vozes estridentes gritando "cuidado!" e "vamos logo, precisamos buscá-lo". Foi quando um menino baixinho, com um chapéu engraçado de pelúcia e espécie de vara de pau na mão abriu o portão do pátio e gritou alto - VOCÊ! - apontando para Alfonso, que estava numa longa conversa com uma visitante incorporada em sua amiga. Coisas estranhas sempre aconteciam com o rapaz, visões, sujeitos estranhos o seguindo, ou então grandes aves sobrevoando sobre si, mas aquela era de longe a mais esquisita. Quase como um sequestro, o rapaz baixinho o levou, sendo auxiliado por outros dois sujeitos mal-encarados que portavam, pasme, espadas e facas douradas. Eles o colocaram num carro grande e preto e aquela foi a última vez que Alfonso viu Miami em meses.

Durante a viagem, os sujeitos jogaram o celular de Alfonso fora quando ele tentou ligar escondido para seu pai. Eles diziam coisas que ao ver do rapaz pareciam ridículas, falavam de monstros, de uma névoa e como se fosse uma cereja de bolo, falavam de deuses. A viagem foi longa, eles faziam perguntas bastante pessoais, sobre seus pais, seu crescimento. Sentindo-se ameaçado, Alfonso respondeu a todas, quando disse que não conhecia sua mãe, eles começaram a jogar nomes de deusas da mitologia grega aleatoriamente, como se fosse um jogo.

Seus sequestradores o levaram para um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue, mais ao norte do país. Não parecia um covil de criminosos, mas sim um acampamento de férias para adolescentes agressivos, pois ele pode ver um campo de morangos calmo e sereno logo ao lado de uma arena de lutas. Lá, suas maiores dúvidas sobre a ascendência foram resolvidas. As coisas estranhas que ele podia fazer e que aconteciam com ele foram explicadas. Afinal, Alfonso era um semideus.

eu vou traçando vários planos pra poder contra-atacar

Foram três meses no chalé de Hermes, aprendendo as peculiaridades de ser um semideus, brigando com os sorrateiros filhos do deus mensageiro que furtavam suas coisas e ponderando quem era sua mãe. É claro, Alfonso tinha uma bela ideia de quem ela era, considerando o fato de que seu pai lhe dissera o nome dela, mas uma coisa que ele foi obrigado a aprender como semideus, é que deuses eram trapaceiros.

Estranhamente, o rapaz sentia-se atraído pelo chalé 10, mas nunca tinha tido coragem para entrar lá devido a um desentendimento prévio com uma das filhas da deusa da beleza. Em um belo dia de sol, como literalmente todos no Acampamento Meio-Sangue, acontecia a colheita geral de morangos, onde todos os campistas deveriam contribuir. Como uma pulga atrás da orelha, Alfonso quase conseguia ouvir a brisa dizendo vá até lá. Seguindo seus instintos, o semideus se esgueirou pela plantação e seguiu até o chalé de Afrodite. No hall de entrada com seu piso preto e branco, se encontravam alguns dos filhos da deusa mais preguiçosos, que geralmente não atendiam às obrigações gerais do acampamento. Sempre carismático, Alfonso engajou numa conversa com os outros, ele sentia-se em casa, finalmente, numa sensação de ter chegado onde deveria finalmente estar. Foi ali, numa tarde típica de um acampamento nada natural, numa conversa totalmente atípica com outros semideuses que aconteceu. O símbolo de reclamação de Afrodite brilhou sobre sua cabeça. Sua mãe havia finalmente o reconhecido.

Habilidades: Persuasão e Defesa.

Presentes de reclamação: Colar de ouro / "Armadura" [Um colar fino de ouro reforçado capaz de cristalizar qualquer tecido desde que seja uma jaqueta, camiseta ou suéter – Armaduras já saíram de moda.]

Serafim / Chicote [Um metro e oitenta de tira de couro entrelaçado com finos fios de ouro, o cabo tem aparência de asas abertas, asas de anjo. O chicote pode receber um nome, mas apenas nome de anjos. Dependendo do nome do chicote esse será o poder que a arma terá.] O chicote se chama Amitiel, anjo da verdade – O chicote que receber esse nome terá o poder do julgamento, o inimigo diante do filho de Afrodite falara apenas a verdade, contara seus ataques, planos e estratégias.

Seducction / Adaga [Feita de prata com a essência de um beijo da deusa Afrodite, ao entrar em contato com a pele do inimigo pode o fazer delirar, imaginar que esta se agarrando com seu maior amor, na falta dele o inimigo vai se ver beijando a deusa. Seu cabo é incrustado com pequenas pedras preciosas e a adaga mede cerca de 40 cm.] 
Alfonso Castillo
Filhos de Afrodite
Alfonso Castillo

Avaliação


Alfonso,
Bem vindo!
Sua mãe estaria orgulhosa, rápido e rasteiro, sua ficha estava ótima.

Zeus
Deuses
Zeus

Take time with a wounded hand

Nome: Mikhail Nikolaevich

Idade: 20 anos.

Deus(a) Escolhido(a): Quione.

Porque quer ser reclamado por esse Deus: Quione não é só, por se dizer, a deusa do gelo. Representa muito mais que isso: o frio, a solidão e a tormenta. Com o inverno russo, poucos são capazes de sobreviver, inclusive, sendo palco de batalhas passadas onde a vitória já estava escrita muito antes do fim da luta. O frio representa força, sobreviver ao mesmo, o faz um guerreiro completo, por assim dizer. Quione é a deusa perfeita para progenitora do personagem, além do que já foi dito acima, sua personalidade combina perfeitamente com a da deusa, além de que, é um ótimo gancho para um namoro durante o inverno russo.

Habilidades: Agilidade e Resistencia

História: mínimo de quinze linhas completas:

Nikolaevich não é apenas um sobrenome qualquer, carrega muita honra e história desde sempre. O tataravô, fundador da família, por assim dizer, recebeu grandes medalhas de honra, e, inclusive, uma página inteira no Wikipedia, um gênio por si só.

A família sempre teve uma grande linhagem de russos, sempre envolvidos com as forças armadas, praticamente uma tradição de família, passada de geração a geração. Freya, uma das herdeiras do título, acabou por apaixonar-se pelo filho de um empresário, ainda na época de escola. O então namorico acabou evoluindo para algo mais sério, e, sem casamentos arranjados ou dramas do gênero, a família acabou por aceitar a união dos dois. Foram cinco belos anos de casamento até que Pietro apareceu com um bebê em seus braços. O cabelo preto e olhos escuros eram nitidamente herdados do pai, mas, a pele alva como a neve claramente não tinha nada a ver com Freya. Enfurecida, a mulher partiu para cima do marido, indignada com a possibilidade do mesmo a ter traído. Em defesa da criança, Pietro deixou tudo para trás, pediu divórcio e foi morar com a irmã, no Canadá.

***

Apesar do país da folhinha vermelha ser tido como o melhor país para se viver, bom, as condições da família não eram correspondentes a tal fato. Elisa, irmã de Pietro, tinha três filhos e um marido, e, com os dois recém chegados, o apartamento acabava por comportar sete pessoas. O pai do jovem Mikha sabia que deveria encontrar um emprego, mas, com os rumores espalhados por sua ex, estava bem difícil de conseguir tal feito. Após brigas com sua irmã, ele e o filho decidiram sair de casa, indo morar em um bairro mais pobre. Pietro gastou suas economias em um aluguel barato e arrumou um emprego de coveiro, conseguindo pagar as demais contas. Agora já nos seus doze anos, Mikha tentava ajudar o pai, entalhando pequenas figuras de madeira que vendia de porta em porta. Tudo poderia ir bem, estavam se encontrando depois de muitos anos, mas, a vida não é feita para sentar-se e viver de forma monótona.

Em um dia de verão, a “mãe” de Mikha havia ido até a humilde casa dos dois, levando sua irmã. O pai a recebera com muita surpresa, afinal de contas, não imaginaria que Freya quisesse contato com ele após todos aqueles anos. E estava certo, sua vinda trouxe uma onda de escuridão para dentro daquela casa. Mikha, que havia saído alegremente para vender suas figurinhas, ao voltar, encontrou a porta do casebre aberto. O cheiro metálico atingiu seu nariz antes mesmo de qualquer outra coisa. Ele engoliu em seco e soltou seu cesto no chão, entrando ali apressadamente e deparando-se com Freya e seu pai, de mãos dadas mas completamente estraçalhados. O garoto correu até o pai e se ajoelhou, lágrimas jorrando de seus olhos. Foi quando começou a ouvir passos atrás de si, e, ao virar-se, deparou-se com sua meia irmã, pálida e com os olhos vermelhos e vidrados em si. O garoto recuou, encostando-se na parede do casebre.

— Calma, Kira… Sou eu, ok? Mikha…

Mas a garota não parecia entender o que ele lhe dizia. Estava sedenta e indo para cima dele. Quando pensou que tudo ia acabar, a porta estourou e um velho com máscara de tengu adentrou, levando a espada ao pescoço da pequena Kira, prestes a matá-la. Em um surto de adrenalina, Mikha correu para cima do velho, impedindo-o de fazer algo. Ele, sem entender, recuou e observou os dois.

Mika tentara proteger sua irmã mesmo após ela tentar matá-lo… O velho suspirou e compreendeu. Após aquele incidente, o velho levaria ambos para um lugar onde estariam seguros, e, principalmente, um lugar em que Mikha pudesse treinar e se tornar mais forte.

Presentes de reclamação:


Δ
Mikhail Nikolaevich
Filhos de Quione
Mikhail Nikolaevich

Avaliação


Olá, Mikhail.

Não tenho muitas notas a acrescentar sobre o seu texto. Ele foi substancial — e não entenda isso como algo negativo! —, mas suficiente para introduzir a trama do personagem e colocá-lo no contexto do fórum. Eu queria ter entendido o final da obra um pouco mais; como a morte dos pais teria impactado a relação de Mik com a irmã ou mesmo os motivos que levaram-na a cometer os assassinatos. Acredito, porém, que você irá desenvolver esse enredo futuramente em missões e afins. Espero encontrá-lo pelo fórum novamente para que eu mesmo possa acompanhar o seu desenvolvimento.

Aprovado.


— att por Nyx.


Eros
Deuses
Eros

Black Catsexy and dangerous

Nome: Lilith K. Blanche

Idade: Vinte (20) anos.

Deus escolhido: Hipnos

Por que quer ser reclamado por esse deus?  Eu estava procurando um deus em que eu conseguisse ser uma boa ladra sem precisar ser obrigatoriamente uma prole de Hermes e com os presentes e habilidades de Hipnos, consegui imaginar uma ladra divertida (De várias maneiras) com tal poder,  o que daria o segmento que eu desejo para minha história.

História:

“Eu seria muito boa como uma heroína... Mas eu sou muito melhor como ladra.”.

— Felicia Hardy

IMPORTANTE:As habilidades aqui usadas, assim como os equipamentos,serão adquiridos em ongame por flashbacks pela própria Lilith.  Sobre a poção, caso se faça necessário, adquirirei em on game seja por meio de missão ou por ajuda com alguma prole mágica.  As datas apresentadas abaixo levam em consideração que no atual momento do jogo, tendo nascido em 13 de agosto de 2000,Lilith tem 20 anos. Grata pela atenção.

[ 13 de Agosto de 2015]

Sentado no parapeito de um prédio com uma garrafa de poção roxa em sua mão,  Lilyan não pode deixar de observar o líquido roxo dentro daquela garrafa de cristal com curiosidade e hesitação, tendo dificuldade para decidir se tomava ou não aquela poção.

Pense Lily,  você realmente quer fazer isso? —  Murmurando consigo mesmo, o semideus se levantou lentamente e começou a andar pelo parapeito do prédio, seus passos estáveis e sua tranquilidade enquanto ficava em um lugar tão alto era algo que ele havia adquirido em seu tempo no Acampamento Meio-Sangue, quando foi deixado aos cuidados do chalé de Hermes no dia que foi abandonado por sua mãe no acampamento.

Sem saber quem eram seus pais e sendo criado desde pequeno no meio de outros semideuses,  Lilyan sabia desde o início de sua vida que ele não era como os outros mortais, que ele era mais, que ele podia tanto se tornar uma ferramenta útil nas mãos dos deuses como um herói para o acampamento.   Mas ele nunca havia desejado se tornar nada disso.

Eu sempre gostei mais dos vilões.  — Pensando em seu passado,  Lilyan ainda se lembrava de quando leu algumas HQs do homem aranha quando tinha sete anos com seus companheiros do chalé de Hermes.  Naquele dia, o garoto havia ficado encantado, mas não pelo homem aranha como os outros, não… Ele havia ficado encantado com a vilã que havia aparecido nas HQs que lia:  Black Cat.

Linda, confiante, orgulhosa e sensual.   Felicia Hardy era tudo que Lilyan não era, e acima de tudo, ela não ligava para a opinião e moral dos outros, ela somente pegava o que queria com suas habilidades,  ela era bela e livre como uma verdadeira gata.

“Talvez tudo tenha começado ali.”  Desde aquele dia,  Lilyan havia começado a aprender com as proles de Hermes todas as habilidades que podia, desde andar silenciosamente como a roubar as coisas sem que ninguém notasse e desde então não era incomum para Lilyan sair às escondidas e roubar algumas das peças de roupas de suas irmãs para vestir.   Ele era capaz de ficar horas olhando seu reflexo no espelho,  imaginando como seria bom se ele fosse uma menina, como ele gostava das roupas, dos acessórios, das maquiagens… De tudo.

Ele sempre havia achado as roupas dos meninos maçantes, chatas… E apesar dele achar os garotos bonitos tanto quanto ele achava as garotas,  Lilyan ainda gostava mais das roupas femininas, das maquiagens e dos brincos que as garotas usavam e por isso sempre roubava uma ou outra peça de suas irmãs ou das proles de Afrodite, tudo para ficar se olhando no espelho, escondido de todos.

“Até que eu conheci ela” Lilyan ainda se lembrava do dia,  era uma de suas primeiras missões fora do acampamento, quando ele tinha doze (12) anos de idade.  


[12 de Maio de 2012.]

Era  só uma missão de escolta simples, ajudar alguns sátiros a trazerem um campista para o Acampamento Meio-Sangue em segurança.  E apesar do nervosismo que ele sentia, talvez por ainda não ter sido  reclamado ou qualquer outro motivo que não tinha conhecimento,  ele não atraia tanto monstros e havia conseguido com sucesso ir até o acampamento, enfrentando somente alguns cães infernais e harpias pelo caminho, sem precisar encarar nenhum monstro muito difícil. Claro, se não fosse por ter sido praticamente criado no acampamento desde seu nascimento e começado a treinar cedo desde os sete (7) anos, era improvável que o semideus fosse permitido fora da barreira do acampamento, muito menos levando em conta que ele estaria escoltando outro semideus.

Mas apesar de não ter encontrado nenhum monstro, sua aventura fez com que Lilyan encontrasse algo que havia mudado completamente sua visão do mundo,  Elizabeth Lightwood, uma mortal gentil e bondosa que havia dado abrigo a três crianças (Claro que uma das crianças era um sátiro, mas ela obviamente não sabia disso) enquanto chovia depois que eles usaram a desculpa de estarem indo para a casa enquanto chovia e com um pouco de uso da névoa que o Sátiro de alguma forma sabia manipular, a mortal facilmente acreditou em suas histórias.

Ensopados e morrendo de frio, todos haviam decidido  aproveitar o breve momento de segurança para tomarem um banho e deixarem as roupas secarem.  E foi quando saia do banho com nada além de uma cueca e passava por uma porta entreaberta,  Lilyan viu uma cena pela fresta da porta que jamais iria esquecer:  Elizabeth trocando de roupa em seu quarto, seu corpo lindo (Apesar de Lilyan achar todas as mulheres lindas)  semi nu enquanto ela usava somente um sutiã, mas ao contrário do que os livros que Lilyan havia lido (Leia-se, pego emprestado sem pedir de algumas proles de Athena) o que Elizabeth tinha entre as pernas não era o mesmo que as ilustrações que havia visto mostrava que mulheres tinham, mas sim o mesmo que os garotos tinham.

Surpreso e com medo de ser pego,  Lilyan logo havia corrido para se reunir com os outros, mas aquela cena continuava se repetindo em sua mente assim como a dúvida: Elizabeth era uma garota ou um garoto?

Depois de concluir sua missão de escolta e voltar ao acampamento meio sangue,  Lilyan continuou a seguir sua rotina normal, treinando as suas habilidades para se tornar mais parecidas com as de Hermes e vez ou outra,  se olhando no espelho usando os vestidos que havia roubado, mas agora, sempre que via seu reflexo no espelho,  Lilyan imaginava como seria se ele fosse  como Elizabeth, será que ele também seria tão lindo?

[De volta a 13 de Agosto de 2015]

“ E agora aqui estamos,  um momento em que posso descobrir a verdade e decidir o rumo do meu destino” Pensando consigo mesmo,   Lilyan não podia deixar de suspirar enquanto relembrava de seu passado,  cinco anos haviam se passado desde que havia conhecido Elizabeth e durante esse tempo,  Lilyan constantemente afiava suas habilidades de roubo, mesmo quando foi reconhecido por  Hipnos como seu filho alguns dias depois de voltar da missão,  simplesmente se preparando para o que um dia queria fazer e finalmente havia chegado a hora.  

Adeus Lilyan… — Olhando para a visão dos carros abaixo de si, um sorriso brincava nos lábios de Lilyan enquanto ele abria lentamente a poção e a derramava em seus lábios, sentindo o sabor de amora em sua língua.  Soltando o frasco e o deixando cair para a rua abaixo, o semideus dava um passo em direção ao ar e então…. Caia.


Sentindo o vento passando pelo seu corpo enquanto caía, Lilyan sentia o vestido preto que usava tremulando e colado contra seu corpo enquanto o semideus olhava seu reflexo pelas janelas espelhada do edifício e observava seu corpo mudando aos poucos.  Seus cabelos ficando mais longos,  seus traços mais delicados, toda sua aparência mudando lentamente para algo que o semideus sempre sonhou e imaginou,  até que o reflexo refletido não fosse mais de um garoto vestido uma roupa preta, mas sim de uma linda garota de cabelos castanhos com um vestido preto que a deixava ainda mais bela.


Linda. — Com uma voz incapaz de esconder sua admiração,  Lilyan sorria para o reflexo que via nas janelas antes de erguer seu corpo, em sua mão, a manopla disparava o arpéu em direção a uma sacada e logo o semideus interrompia a sua queda,  parando ágil como um gato na sacada do condomínio enquanto sorria para a cidade repleta de luzes.

Hoje  Lilyan morreu e Lilith nasceu. Um brinde a mais nova ladra. — Rindo para si mesma e feliz com a mudança que havia decidido fazer em sua vida e em si mesmo,  Lilith não podia deixar de ansiar pela nova vida e aventuras que estaria experimentando a partir daquele momento.




Habilidades: Força e Persuasão

Presentes de reclamação:

+ Dream / Cat Claws  [Assumindo a forma de um par de manoplas de prata com garras afiadas,  Dream possui um formato delicado e feminino que esconde o quão mortífera é a arma.  Com  um mecanismo que oculta um par de lâminas em pulso que são ligadas por um cabo da mesma liga que as manoplas, as Cat Claws (Como Lilith carinhosamente chama) podem estender os cabos conforme a vontade de sua dona,infinitamente, a permitindo usar as lâminas e o cabo tanto como forma de ataque como também como um arpéu. Tem o tamanho e equilíbrio perfeito ao usuário, forjada em prata celestial e prata comum, podendo ser invocada a partir do pensamento como em sonho, de modo que se torne impossível perdê-la e, caso quebrada, seja só imaginá-la inteira na próxima invocação, com intervalo de 5 turnos. Se transforma em uma tatuagem azul de um gatinho na nuca da semideusa]


+ Polemistís Ypnou / Pijama de Guerra [A armadura completa, forjada em misto de ouro celestial, carbono e ferro, é constituída por minúsculos hexágonos, unidos mágicamente. Ao receber ataques, seu material condensa-se nas áreas específicas, como se atraído pela energia cinética de movimentos contra si. Ao condensar, as áreas específicas ganham um tom azul escuro e brilhante, mas, no geral, a armadura apresenta a cor azul claro, podendo chegar ao cinza elétrico a depender das emoções do usuário. Quando não usada, transforma-se em um pijama da preferência do usuário.]

+ Omani / Travesseiro [O travesseiro flutuante que acompanha o filho de hipnos tem seu exterior em verde claro com algumas várias manchas desuniformes em verde escuro. É extremamente confortável, possuindo um metro e quinze centímetros de comprimento por noventa centímetros de largura, e, além de poder ser usado no transporte de seu usuário, obedecendo-o por comandos mentais, é indestrutível e não obedece ninguém além de seu dono. No mais, ao comando do usuário transforma-se em um urso de pelúcia de 2m, mantendo a cor original, que pode combater inimigos ou segurá-los, permanecendo na transformação por seis turnos, ou em uma kusarigama que, a cada golpe, injeta pequenas quantidades de água do rio Lete em seu oponente, fazendo-o esquecer o motivo de atacar.]


Lilith K. Blanche
Filhos de Hipnos
Lilith K. Blanche

Avaliação


Hello, Lilith

Confesso que, a princípio, fiquei com certo receio de me perder em sua história. Porém, de acordo fui lendo, admito que adorei a forma como descreveu os fatos, sem deixar que o leitor se confundir ou se perder.

Aprovada.


— Atualizada.


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