Different Half-Blood
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Ter 17 Nov 2020 - 13:04Adrien Agreste
Seg 9 Nov 2020 - 19:27Zeus
Sáb 7 Nov 2020 - 22:03Nyx
Seg 2 Nov 2020 - 14:04Abbey Arsenault Barrière
Seg 2 Nov 2020 - 2:03Marinette Dupain-Cheng
Qui 29 Out 2020 - 0:30Alfonso Castillo
Qua 28 Out 2020 - 18:57Zeus
Ter 27 Out 2020 - 22:53Zoey Montgomery
Sex 23 Out 2020 - 17:54Kiernan Poisson Smith
Qui 22 Out 2020 - 12:15Poseidon
Sáb 17 Out 2020 - 18:51Arissa
Qui 15 Out 2020 - 22:16Ulrick Waldorf Versace
Qui 15 Out 2020 - 13:06Nov R. Daskov
Qua 14 Out 2020 - 23:53Lilac Song
Sáb 10 Out 2020 - 10:29Hylla K. Werstonem
Qua 7 Out 2020 - 21:38Poseidon
Qua 7 Out 2020 - 12:21Castiel Delacour
Ter 6 Out 2020 - 15:04Poseidon
Seg 5 Out 2020 - 17:47Poseidon
Sáb 3 Out 2020 - 17:11Audrey Scarlett R. Carter
Qua 30 Set 2020 - 15:31Éolo
Qua 30 Set 2020 - 10:30Michael Biscatelli
Ter 29 Set 2020 - 21:54Todoroki Ria
Seg 28 Set 2020 - 18:32Reyna K. Mavros
Dom 27 Set 2020 - 17:27Éolo
Seg 24 Ago 2020 - 20:42Lissa
Qui 21 Nov 2019 - 17:37Isabelle Duchanne
Sáb 12 Out 2019 - 21:35Brianna W. Dellannoy
Qua 4 Set 2019 - 14:31Reyna K. Mavros
Qui 8 Ago 2019 - 20:47Emily Duchanne
Sáb 6 Abr 2019 - 16:07Eros
Qua 3 Abr 2019 - 20:44Lissa
Dom 31 Mar 2019 - 14:29Alex R. Fabbri
Sáb 30 Mar 2019 - 11:53Poseidon
Sáb 30 Mar 2019 - 1:49Bree Wolffenbuetell
Sex 29 Mar 2019 - 19:48Jacob Ackerman
Qui 28 Mar 2019 - 20:04Zeus
Qui 21 Mar 2019 - 15:00Luka S. Sinnoh
Seg 28 Jan 2019 - 22:07Eros
Seg 21 Jan 2019 - 16:41Zeus
Seg 7 Jan 2019 - 23:22Brianna W. Dellannoy
Dom 6 Jan 2019 - 1:33Melinda Äderbatch
Sáb 5 Jan 2019 - 0:10Zoey Montgomery
Qui 3 Jan 2019 - 18:46Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:38Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:26Ivy La Faye
Seg 31 Dez 2018 - 13:38Eros
Sex 16 Nov 2018 - 12:43Sebastian V. Woljöden
Dom 12 Ago 2018 - 14:20Sasha Ivanovna
Qua 1 Ago 2018 - 17:46Zeus
Seg 30 Jul 2018 - 9:39Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 19:28Sebastian V. Woljöden
Qui 26 Jul 2018 - 12:37Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:36Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:35Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:32Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:30Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:25Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 9:15Nyx
Qua 25 Jul 2018 - 11:50Johan Maximoff
Seg 16 Jul 2018 - 23:41Alexa Watts Schratter
Ter 5 Jun 2018 - 1:26Adam Phantomhive
Sáb 17 Mar 2018 - 23:08Astera C. Morgenstern
Sex 16 Fev 2018 - 15:14Frâncio R. Lehner
Seg 8 Jan 2018 - 23:40Hannah Daphné Roux
Seg 8 Jan 2018 - 23:03Ivy La Faye
Qui 4 Jan 2018 - 13:47Genevieve Lim
Qua 3 Jan 2018 - 22:21Reyna K. Mavros
Qua 3 Jan 2018 - 20:23Lucifer Fuuzuki
Qua 3 Jan 2018 - 18:54Anko Utakata
Qua 3 Jan 2018 - 17:20Ariel Wröstch
Qua 3 Jan 2018 - 15:30Michael Biscatelli
Sex 29 Dez 2017 - 9:34Frâncio R. Lehner
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BIRMINGHAM
JANUARY, 1920
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Astrid Raimann Lehner
Espectros de Érebo
Astrid Raimann Lehner
Então vejo o mundo de outro jeito, não era mais uma criaturinha perdida no mundo, não via mais as coisas se movendo com rapidez. Toda a sua infância tinha sido marcada por fugas e era sua mãe que dava o máximo de si extinguindo seus poderes para poder salvá-lo. Seu pai também, era ele quem o transportava enquanto sua mãe atrasava os inimigos. Em um certo tempo na sua linha de vida ele quis saber por que dessa correria, quem eram aqueles que queria fazer mal a sua família?
Perguntas e mais perguntas, que eram do tipo que nenhum criança normal fazia a seus pais, por que sua mãe podia fazer coisas que nenhuma outra mãe fazia? Na verdade ele nunca tinha conhecido outras mães quando era moleque, nunca tinha feito amigos, nunca tinha saído da visão de seus pais. Pessoas visitavam sua casa e esse era o único contato que ele tinha com o mundo lá fora.
Em seus 15 anos ele tinha raiva de seus pais, queria fugir de casa e entender o que era essa sua vida de proibições, suas tarefas eram, como saber portar uma arma, como se defender e como matar aquelas criaturas que assombraram sua infância, e finalmente ele soube toda a verdade com seus 17 anos, ele era filho de semideuses e essa parte da história todos sabem, sua mãe lhe contava história sobre os deuses e agora ele sabia que estas eram verdades, ele vinha sendo preparado para todos os tipos de armadilhas e lutas, e agora só tinha que agradecer pela vida que teve.
E nesse dia estava comemorando seus 18 anos, Astrid deu liberdade para que ele convidasse os campistas e socializasse com o mundo lá fora, não era um excluído da sociedade pois Frâncio tinha sido integrado nas atividades do acampamento quando atingiu seus 16 anos. Era muita gente, muita gente nova no gramado de sua casa.
-Collete! Ela veio, era só isso que Frâncio pensava.
 
Thanks, Rufo and Maay at TPO.
Frâncio R. Lehner
Legados
Frâncio R. Lehner


Então,
quando é pra ser?
Deslocada, totalmente deslocada. Vagava pelo acampamento sem rumo e sem ter uma tarefa fixa para fazer, já que as tarefas eram divididas de acordo com os poderes das proles de cada deus, e Collete? Ela era ela, a indefinida. Há exatos dois meses ela tinha chegado no acampamento, era sempre assim quando seu pai viajava para longe, mas dessa vez tudo tinha sido diferente e aquele impacto de saber que ela era mais do que anormal tinha vindo a tona.
Segunda-feira era uma tarefa diferente, terça-feira também e assim por diante. Lete acostumou-se com essa vida de indefinida, mas parece que alguém fazia as mesmas coisas que ela na terça e na sexta, Frâncio o legado dos semideuses uma filha de Lissa e um filho de Thanatos. E assim uma amizade floresceu ( coisa estranha de se dizer, mas era isso) uma amizade que a levou até aqui, o aniversário de dezoito anos do menino.  
Trajava um vestido preto com algumas partes cintilantes, o cabelo curto, muito curto por sinal - Não tem como arrumar um cabelo assim - nenhuma maquiagem, na verdade ela odiava essa parte. E lá estava Frâncio, não sabia como agir nessa hora, apenas sorriu e olhou nos olhos dele.
-Ah, hey! - Aquele velho silêncio. -Então, 18! Nooossa, Collete muito bom, muito bom mesmo.
 
Collete Häkkinen
Filhos de Apolo
Collete Häkkinen
Astrid e Scott recebiam os convidados que chegavam aos montes, ele tinha sido avisado sobre a quantidade de pessoas... Mas sabe, uma pessoa chama outra que chama outra e assim por diante, havia uma mesa com bebidas e outra com aperitivos.
Collete estava deslumbrante, com poucos detalhes, mas isso não importava. Ela era capaz de fazer qualquer coisa, já que não sabia quem era seu progenitor divino, então ela fazia todas as tarefas do acampamento, e aquelas que incluíam filhos de Thanatos e Lissa foi a causa do inicio da amizade. Frâncio ainda tinha a casa na árvore, pouco usada na sua infância, mas ainda estava em perfeito estado.
-Finalmente 18! O garoto levantou a mão em punho como uma comemoração e sorriu para a garota. -Eu realmente não conheço toda essa gente. - Frâncio curvou-se para sussurrar o segredo compartilhado apenas com a menina. -Venha, quero que você conheça um lugar. - Sem medo e sem cerimonias o menino pegou na mão da jovem. Seguiu para longe de todos, para perto da grande árvore que sustentava a casa de madeira, Frâncio colocou o pé na escada de corda suspensa e subiu primeiro para dar assistência na subida da moça de lá de cima.
 
Thanks, Rufo and Maay at TPO.
Frâncio R. Lehner
Legados
Frâncio R. Lehner


Então,
quando é pra ser?
Era isso mesmo, ele não estava rindo da garota? Collete via o moço com outros olhos, ele tinha sido o único que a vinha tratando de uma maneira normal. Ela sorri para ele com sua famosa cara de boba, um arrepio percorreu a extremidade de seu braço e até se dar conta de que Frâncio estava pegando em sua mão já era tarde. - Ok? - Ela sussurrou. Seria um pouco constrangedor subir até lá, já que estava de vestido. Tentou prender a barra em sua perna, talvez tenha dado certo, talvez não. Mas Frâncio estava lá para ajudá-la, sem maldades. O garoto era um verdadeiro cavalheiro. - Então, o que exatamente estamos fazendo aqui? - Lete olhou para baixo e depois para o menino. Ela mordeu o lábio enquanto esperava a resposta do menino.
 
Collete Häkkinen
Filhos de Apolo
Collete Häkkinen
Frâncio a encarava, lembranças vagas embaralhavam sua mente. Sentia saudades de Matt, por onde ele andava? Collete estava na sua frente com aquela cara de quem não estava entendendo nada, Frâncio sorriu como se tivesse voltado ao real. - Pensei muito sobre o assunto, quero te ajudar... Encontrar sua mãe ou pai divino. - Ele sabia como era dificil para a menina entrar nesse assunto. - Isso aconteceu com a minha mãe... Ou não, deixa pra lá, eu só quero te ajudar Lete.- O garoto pegou nas mãos na menina novamente e a levou para dentro da casinha, ainda era grande. Sentou em um dos sofás e deu espaço para a menina sentar também. - Me conte sua história, apesar de saber um pouco...- Ele tinha que tentar algo. Sabe que a história de seus pais é totalmente diferente da dela, mas se ela contar mesmo que só um pouco, talvez seu progenitor a reclame ali mesmo, ou talvez não. Frâncio viu naquele momento, olhando nos olhos da menina que ele queria ser mais do que um amigo para ajudar ela, ele queria ser aquele que ficaria do lado dela em todos os momentos.  
Thanks, Rufo and Maay at TPO.
Frâncio R. Lehner
Legados
Frâncio R. Lehner


Então,
quando é pra ser?
Segui minha vida como indefinida até agora - Era só nisso que ela pensava. - Collete respirou fundo, muitas e muitas vezes. Sua história nunca tinha sido contada, apenas o suficiente ela confiava no garoto que estava sentado ao seu lado, confiava nele cegamente... Então a coragem veio. - Eu tenho uma mãe, o nome dela é Endora. - Ela olhou para Frâncio como se esperasse uma reação do tipo "Hey você tem uma mãe! Seu progenitor divino é um deus!" Mas qual? Ela não entendia, cruzou os braços na frente do peito, esse era o seu gesto de se confortar.
Ela lembrava de Berlim, dos dias frios da cidade que sua mãe lhe entregava o famoso cachecol laranja, iam sempre na loja de doces pela manhã, o cebelo de Collete sempre fora curto e o da sua mãe sempre fora até na altura dos seios, aquele cabelo macio e cheiroso, tinha cheiro de camomila. Endora conquistava todos com sua graciosidade, era gentil com todos e estava disposta a fazer tudo por todos, não tinha emprego fixo, sabia fazer tudo e tudo lhe agradava, o dinheiro nunca tinha sido problema, a vida delas só elas, era perfeito. - Ela morreu. - O tom de sua voz tinha sido tão baixo que a fez pensar se ele tinha ouvido. Segurou tão firme a barra de seu vestido que sentia o tecido rasgar em seus dedos.
Uma gripe, uma simples gripe que se transformou em muitas coisas, tirou a vida de Endora e da pequena menina. Perdida em Berlim, sem parentes próximos, sem saber quem era seu pai. Graças a sua mãe, Collete tinha vários amigos, amigos que cuidaram muito bem dela, o padeiro e a dona da floricultura, um casal engraçado que animava a vida da menina, não tinham filhos e Collete era tudo o que eles queriam. A menina cresceu como todas as outras crianças, possuía um dom incrível para criar esculturas com massas e glacê, assim como decorações com flores, atraiu muitos olhos com o que sabia fazer, não era nada de tão gracioso, mas era chamativo. No meio de tanta criatividade a menina acabou ganhando bolsa na escola de artes da cidade, não poderia perder uma oportunidade dessas. - Genevive e Franz me acolheram e me apoiaram, devo tudo a eles.  
Ela agradecia todos os dias por eles dois falar aquilo fez com  que um sorriso brotasse em seus lábios. A escola de artes estava indo muito bem, foram cinco meses, até o grande incêndio que destruiu a escola e os sonhos de uma menina, tinha apenas treze anos, Genevive perdeu a loja para uma empresa milionária só restou a padaria para a pequena família. - Nada estava indo bem, fui para um colégio de moças, eu quis isso. - Não poderia ser um fardo, com o coração apertado, o colégio interno foi a única opção para o dinheiro entrar mais fácil e sua família adotiva precisava de todo ele agora. - No colégio havia várias opções de cursos  para fora, onde as escolas eram espalhadas - Na verdade eram escolas só de fachada, os cursos eram exclusivos para semideuses, já sabem o por que. - Nunca estive fora da Europa, então Estados Unidos foi a minha opção. - Teve sorte de ser uma das que chegaram já que no caminho algumas moças eram comidas.
Foi uma carnificina, bichos estranhos, cabeças de animais e corpo humano, Collete estava mais do que perdida, seu primeiro pensamento foi fugir, algo naquele momento foi ativado em sua cabeça, um instinto de sobrevivência, ela fugiu e quando estava fora do prédio ela simplesmente soube para onde ir, e seu trajeto foi definido até onde ela estava e onde ficou até agora por dois anos sem ser reclamada. - Frâncio isso não vai dar certo, não vai ser só contar a minha história e puff... - E lá estava ele, o simbolo brilhando bem em cima de sua cabeça, dois arcos e uma lira. - Apolo. - Collete sussurou e ao mesmo tempo franziu o cenho. O seu dom para arte escondia muito mais do que um dom, era algo que ela já sabia fazer por estar em seu sangue.
 
Collete Häkkinen
Filhos de Apolo
Collete Häkkinen

breathe

I hear the birds on the summer breeze, I drive fast, I am alone in the night, been trying hard not to get into trouble, but I i've got a war in my mind. So, I just ride, I just ride, I just ride, I just ride. Dying young and I'm playing hard that's the way my father made his life an art.
__________________________________________________________________________________
Parecia estar vivendo em um sonho, não conseguia deixar de pensar nisso por mais real que aquilo fosse, sua família reunida depois de anos lutando para que isso acontecesse. Mas mesmo com a cabeça cheia era incrível como conseguia manter o foco e naquela hora por mais que seu coração gritasse para que seus braços envolvessem seu filho para nunca mais soltá-lo ela deveria agir naquela hora como mãe e protetora, ou seja, Frâncio entraria em um treinamento massivo. Sem pausas ou descanso para aquele dia, a mulher havia feito um trato com o marido e os dois treinariam sua prole por igual nas mais diversas artes de luta e estratégias de guerra porque a vida deles seria aquela até o dia em que a morte venha buscar o que é dela por direito.

Astrid havia preparado uma área de treinamento no jardim de casa, nada comparado ao acampamento apenas alguns alvos e um boneco pronto para ter estraçalhado. Assim que Apolo deu o ar de sua graça pelo céu a ruiva aprontou suas vestes e armas, já havia avisado Frâncio que o treinamento começaria cedo e haveria punição caso se atrasasse, ela poderia até ser amorosa, mas seu filho deveria aprender dos mesmos valores e princípios. A ruiva esperou do lado de fora enquanto limpava a espada, anos de uso e sabia que nunca perderia a prática.

Quem diria que um dia ela treinaria seu filho? Não conseguiu conter o sorriso bobo, estava animada e preocupada ao mesmo tempo, havia lutado para se livrar do mal que pesava em seu mundo na esperança de uma vida melhor e tranquila, mas aquilo estava bem distante de acontecer, com um longo suspiro ela encarou a porta dos fundos por onde Frâncio havia acabado de passar, pelo menos não estava atrasado e isso já contava positivamente para seu treino. - Então... Podemos começar?     



  
Astrid Raimann Lehner
Espectros de Érebo
Astrid Raimann Lehner
fatale

Num sobressalto, ergueu-se juntamente com os primeiros acordes solares que despontavam amistosamente no horizonte. Este, roxo, perdia o manto noturno conforme os aspectos de Apolo reformulavam a abóbada celeste e, de forma rápida, mas não repentina, clareava. Tomou um banho preferencialmente gelado, afinal as gotículas de água eram as únicas capazes de afastá-lo da tentação do sono. Uma vez definitivamente acordado e terminando de vestir-se, observou por alguns segundos a lâmina triangular da adaga de bronze.

Seu treinamento tivera início.

Enquanto descia as escadas, ignorando uma ansiedade crescente em seu âmago, um turbilhão de pensamentos perolou a mente. Quando mais jovem, o desejo daquele rapaz era somente viver uma vida comum, onde poderia se distanciar dos inimigos que faziam parte de seus pesadelos. Todavia, o amadurecimento fora exigido dele cedo demais — mesmo que os pais tentassem evitar aquilo ao máximo, era necessário. Frâncio fez-se perceber que a vida como descendente dos deuses não era fácil, nem mesmo nos primórdios entre os gregos, também nunca seria no futuro.

Por esse motivo, apressava-se rumo à porta dos fundos. Para aprender, para saber defender-se quando Astrid ou Scott não estivessem consigo... “Preciso levar suas lições adiante”.

A visão ofuscante do sol, assim que abriu a porta e passou por ela, deu espaço aos tracejados de um jardim generoso em espaço. A grama recoberta de orvalho que revestia o chão tornava seu caminhar algo silencioso, mas sua aproximação era vigiada pelos olhos analíticos de sua instrutora, a qual ele intimamente conhecia como mãe.

Sim, podemos. — confirmou a pergunta da mais velha, abrindo um sorriso de canto. Empertigou-se, ajeitando a coluna e tentando parecer ao máximo com um dos guerreiros experientes que vira em suas idas ao acampamento. Embora trouxesse uma única adaga à tiracolo (arma essa que ele julgava insuficiente), os olhos glaucos exibiam a típica ansiedade voraz pela ação, uma característica que era comum ao seu pai. A forma como mantinha-se sob supervisão, sempre disposto a dar o seu melhor e provar seu potencial, aquilo ele com certeza havia herdado dela.

Estou pronto.

Arma Levada:


Frâncio R. Lehner
Legados
Frâncio R. Lehner
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