Treinos de Mikki E. Korhonen
Tópico destinado aos meus treinos.
Última edição por Lemmikki Elric Korhonen em Seg 5 maio 2014 - 15:02, editado 2 vez(es)
Saí correndo apressada pelo acampamento, já atrasada para o treino noturno de combate a monstros. Tinha me distraído, lendo um livro qualquer no chalé 24 e, então, perdido totalmente a noção do tempo. Estava com meu escudo-bracelete no braço esquerdo, a pulseira de chocolate no outro braço, a adaga de bronze presa em minha perna e a minha corneta de material lunar pendurada no pescoço. Entrei derrapando pelas enormes portas da arena e me deparei com várias caixas de tamanhos variados (desde um tamanho humano até maiores que carros) espalhadas pela grama molhada. O instrutor estava no final de sua explicação sobre os monstros que estavam ali aprisionados, prontos para o combate. Corando por conta do atraso e por ter perdido a explicação, corri para perto de um caixote do tamanho de um humano enquanto o instrutor gritava algo me apressando para que pudesse começar o treinamento. Quando ele perguntou se estávamos todos prontos, respirei fundo e fiz apenas um sinal afirmativo. Dei alguns passos para trás, me distanciando do caixote enquanto uma contagem regressiva soava ao meu redor. – 5. 4. 3. 2... AGORA! – O caixote se abriu magicamente e observei atenta quando uma dracaenae pulou sedenta de sua prisão. Seria uma mulher linda, se não fosse a pele escamosa, as pupilas reptilianas em forma de fendas e os troncos de cobra no lugar das pernas. Tinha na mão direita uma lança longa, e na mão esquerda um escudo de mesmo quadrado. Olhei em seus olhos estranhos e por um momento vacilei. Nunca havia lutado contra monstros antes, apenas contra os coelhinhos gigantes que invadiram os campos de morango na páscoa. Instintivamente, apertei o estado atual da lua no meu bracelete e no mesmo instante ele se transformou em um escudo de adamantium. Levantei o escudo na altura do ombro quando monstro veio para cima de mim com um silvo agudo, bloqueando a sua lança na diagonal. Como contra ataque dei um passo à frente, retirando minha adaga da perna e desferindo-lhe um golpe da esquerda para a direita, visando seu quadril de cobra. Em um movimento ágil, a dracaenae se movimentou para trás, defendendo com o escudo o meu ataque. Tentei aproveitar a baixa em sua guarda levantando a adaga e a descendo novamente em um ataque descendente em seu ombro esquerdo. Soltei alguns resmungos quando a filha de uma víbora desviou do golpe e veio para cima de mim com o escudo. Levantei o meu próprio escudo em defesa, mas me desequilibrei com a força do golpe, tendo que dar um passo para trás para recuperar meu equilíbrio. Dessa vez foi a hora da dracaenae se aproveitar da minha falha, vindo para cima de mim com uma estocada visando minha barriga. Desviei a lança para o lado com meu escudo, conseguindo abrir uma brecha em sua defesa. Aproveitei a oportunidade e lancei a adaga no pulso do monstro, conseguindo fazer com que ela derrubasse a lança. – Surprise, motherfucker. – Pensei comigo mesma. Antes que o monstro pudesse se rearmar novamente, me lancei com o escudo contra a mesma. A víbora levantou o escudo, que tilintou em contato com o meu. Me afastei um pouco após o contato e, enquanto sorria para a dracaenae, me abaixei sorrateiramente e peguei sua lança. O monstro percebeu meu movimento e veio rapidamente em minha direção com uma estocada violenta. Levantei o escudo com um sorriso, girando após o bloqueio e tentando acertá-la com a lança pelo flanco. Minha oponente desviou do lance com um movimento com o escudo e revidou com uma estocada na direção de meu ombro, que desviei com meu próprio escudo e revidei com um movimento de corte visando seu braço. A Víbora fez um movimento para o lado, levando apenas um corte superficial perto do pulso. Continuamos nessa dança por mais alguns momentos, com o agradável barulho de metal contra metal, o cheiro da grama revirada aos nossos pés misturado com o cheiro do suor que escorria pelo meu corpo. Me distanciei da minha oponente e a observei por alguns segundos. Havia conseguindo acertar mais alguns golpes, mas nada de tão sério. Eu mesma havia levado alguns arranhões. Respirei fundo sentindo a força que a noite me proporcionava. Estava na hora de dar um fim naquilo. Sorri enquanto nos circulávamos com uma distância de aproximadamente 3 metros, nos encarando mutuamente, uma planejando técnicas para dar fim na outra. De repente senti uma luz emanar de mim, não sabia muito bem como isso estava acontecendo, afinal, nunca tinha usado meus poderes. Porém, essa luz causava um incomodo para a dracaenae, parecido com uma cegueira, então nesse momento eu tive uma ideia do que fazer. Desativei meu escudo, que tornou a ser um bracelete no mesmo instante, e joguei longe a lança do monstro. Lembrei-me que eu tinha um arco fiel, presente de reclamação ganhado de minha mãe, então estralei os dedos e no mesmo instante a arma se fez presente em minha mão. Sentia que a víbora estava atordoada com a luz, logo aproveitei o momento e mirando na cabeça dela, atirei minha primeira flecha, porém o monstro pareceu ouvir o som e se desviou dela. De repente a luz que emanava de mim cessou, o que me deixou um pouco nervosa, visto que agora não tinha mais o controle da situação. Antes que a dracaenae me alcançasse, atirei duas flechas em direção ao seu quadril. A partir daí, tudo se seguiu em uma rápida sucessão: a dracaenae abaixou o escudo, sibilando alguns sons devido à dor das flechas. Peguei o pingente verde e laranja da minha pulseira de ovos e joguei em direção ao monstro. Uma bola de fogo grego saiu na direção da Víbora de Cícia, que não teve tempo para se defender, transformando-se em cinzas quando a bola explodiu logo direto em sua cara. Caí para trás por conta do impacto tão perto de mim. Gargalhando sonoramente, me levantei do chão e sai da arena, seguindo em direção ao chalé. Aquele havia sido um treino divertido.
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