Era mais do que na hora de ir à enfermaria e Terry sabia bem disso. Sentia as dores pelo corpo cada vez mais, mas não sabia dizer se era apenas impressão dele ou se elas estavam, de fato, aumentando.
Deixou todos seus pertences no chalé, atravessou o campo correndo e chegou à Casa Grande. Procurou pela enfermaria, alguém lhe apontou aonde era e rapidamente dirigiu-se para tal local. Ele chegou à porta, batendo algumas vezes:
- Oi, com licença? – Foi um pouco mais abusado e adentrou o local, olhando para todos os lados. – Eu só preciso de uma ajuda aqui, caras, se alguém puder ajudar.
Sem que esperasse por alguém, Terry avistou uma simples cadeira e nela se sentou, cruzando as pernas e olhando vivamente para todos os lados.

- As coisas aqui funcionam assim tão rápidas? - Seus pequenos olhos acompanharam a pressa com que a garota fazia as coisas; ele apenas ficou imóvel e sentado na cadeira, tamborilando os dedos enquanto começava ver a garota misturar coisas e pedir bênção a Apolo e Asclépio.
- A vida de curandeiro deve ser boa, mas ruim ao mesmo tempo - ele aceitou o copo, mas não o virou naquele mesmo instante. - Deve ser boa quando pode trabalhar muito e há pessoas feridas, não que pessoas feridas sejam boas coisas. Ok, você entendeu. E ruim por que... Quando não tem trabalho, você tem que ficar parado.
Ele parou de falar, talvez estivesse irritando. Levantou o copo, como se fizesse um brinde e o virou rapidamente; era melhor não sentir o gosto. Chacoalhou a cabeça e fez uma careta, rindo. Levantou-se segundos depois, caminhando até a porta.
- Obrigado, mas não preciso ficar  - disse já deixando o local. - E esse suco ou seja lá o que for é muito bom, apesar de picante. Adeus!