Run
“Encontrem-me na arena”.
A urgência daquele recado parecia anteceder o próprio apocalipse, conforme as nuvens cinzentas e pesadas fechavam-se ao redor do vale onde se assenta o acampamento. Eram tenebrosas e carregadas, trocando umas com as outras raios azulados de eletricidade. Naquele clima perfeito — na eminência de uma poderosa tempestade — fora marcado um compromisso com os residentes de determinadas moradias no acampamento. Seis linhagens de semideuses haveriam de se preparar para o que viria e, a julgar pelo semblante que dominava o rosto da moça que organizara os fatos, aquilo seria interessante.
No ponto marcado, onde a grama das trilhas entre as árvores dava lugar ao chão de terra batida que ganhava o piso por muitos metros, eram aguardados todos os convocados. Expressões de confusão eram comuns em suas faces, afinal aquilo parecia um tanto atípico. Até mesmo a formulação da frase no bilhete tornara-se efêmera e vaga, todavia a mensagem fora transmitida com êxito. Estavam ali.
Era chegado o momento do treinamento.
— Bem vindos, semideuses. Queria rememorar que nossas vidas são dádivas, lutar por elas é essencial. E com grandes tempestades imprevisíveis se aproximando constantemente, estarmos cem por cento em alerta significa a linha tênue entre perecer ou sobreviver. Hoje, quero que me mostrem seu afinco pelas suas vidas e pelos seus próprios corpos. Muitos de nós fugíamos no mundo mortal, sempre na mira de nossos inimigos. Então, relembrarão as raízes.
Naquele instante, um portal se abriu. Obscuro como um buraco negro, feito de poeira preta e grossa feito tinta, numa espiral hipnótica como a Via Láctea. Dali, saíram os primeiros monstros rosnando, as presas expostas e os olhos vermelhos reluzentes ansiosos pela carne dos meio-sangues. Quando o portal se fechou e havia um número mais do que suficiente de cães infernais ali, a semideusa apontou para o extremo oposto da arena. Muitos metros além de todos eles, pequeninas bandeiras vermelhas estavam fincadas no chão de terra — uma equivalente a cada semideus.
— Seu treino é simples: corram o mais rápido que conseguirem. Peguem uma bandeira do chão, sacudam-na. Os cães foram ordenados a não atacar aqueles que estejam com suas bandeiras em mãos! Ah, e cuidado com o percurso... Não vão querer cair em armadilhas escondidas, não é mesmo? — sorriu, balançando uma pequena bandeirola vermelha como aquelas que os semideuses deveriam pegar. Virou para a matilha de cães sedentos: — Ataquem!
- RUN BITCH, RUN!:
• Oi, queridos. Sintetizando a proposta, vocês deverão correr pela arena em uma prova totalmente modificada. O que seria uma corrida comum virou uma corrida pela sua integridade física; os que não forem rápidos o suficiente vão voltar com sérios problemas. Enfim, seu objetivo é muito simples — correr até o outro lado da arena, perseguidos por uma matilha de cães infernais, e pegar uma bandeira vermelha. Simples, não? Ah, cuidado. Todo o percurso até lá está *lotado* de armadilhas. Desde pisos falsos até explosivos e minas terrestres, fogo grego e armadilhas de urso camufladas. Sejam criativos, evitem pelo menos três desses obstáculos diversos antes de alcançarem seus objetivos.
• Nesse treino, não usarão armas, tampouco terão ajuda de mascotes. Isso dependerá exclusivamente do seu esforço físico e da sua criatividade quanto ao texto. Quem postar, parabéns. Quem não postar, ficará sujeito às punições estipuladas pela staff. Sejam coerentes e cuidem da estética dos seus textos, isso vai pesar na hora da avaliação.
• 20 dias para a postagem. Ademais, sabem onde me encontrar (MP ou Chatbox!)
• Beijos e... Tentem não perder, sei lá, uma perna.