De todos os presentes esse era o seu mais precioso, seu primeiro choro, a primeira risada. Tudo era novo, tudo se tornou difícil. Era jovem e precisou crescer rápido, mas não era uma simples jovem e nada era tão difícil assim. A semideusa passeava pela casa com seu legado protegido em seus braços, mexia-se lentamente no colo da mãe, movimentos graciosos que alimentavam o laço entre os dois. Astrid não teve a figura materna em sua vida, mas sabia exatamente como fazer o seu novo papel.
Ela estaria lá para ver seus primeiros passos, suas primeiras palavras, estaria lá para a revelação de seus poderes. Ela iria amar e proteger, ele era uma parte de sua vida, assim como Scott. Ela sorria ao lembrar dos momentos com ele, Frâncio lembrava muito seu pai. A garota zelava o sono do garoto, ela estava disposta para tudo, lutaria por sua criança. Sabia que mesmo sendo Cavaleira da Guerra seu filho tinha a proteção da avó, mesmo querendo a guerra por não ter tido amor Lissa era a única que sabia o valor desse afeto.
Aquela tarde se despedia deixando de lado suas cores em tons de amarelo e laranja para dar lugar à um tom de nanquim, os pontos brilhantes surgiam no céu em poucos minutos. Ela poderia ficar ali para sempre, olhando... Protegendo seu legado. O berço de Frâncio estava na sala onde os dois se encontravam.
Esse tempo, era o tempo perfeito para fazer planos e desbloquear algumas lembranças, depois de todo esse tempo ela se lembrou do pai, agora ela sabia perfeitamente o por que do comportamento dele, ela também não era mais a menina psicopata, apesar de ter saudades desse tempo, da sensação adormecida que agora perecia convidativa para aquele tempo. Mataria qualquer um, qualquer ameaçava, qualquer perigo perante sua família.
-Eu te amo, meu pequeno. - Acariciou a cabeça do legado com seu polegar.
 

thanks rapture

How are you feeling today?

As boas notícias chegavam aos meus ouvidos, algo que até me surpreendia, nunca pensei que Astrid teria um filho, que se tornaria uma mãe, porém a vida é uma caixa de surpresa. Ficava feliz por ela, ela ouviria as primeiras falas, iria ver o primeiro sorriso, o primeiro choro, iria se sentir feliz incondicionalmente só por está perto de algo tão pequeno e frágil, mas talvez essa felicidade não dure para sempre, as moiras nunca perdoam, os deuses sempre guardam rancor.

Vestia roupas amaçadas, nunca fui bom dono de casa, nunca conseguia fazer nada além de cozinhar, por isso sem intenção eu parecia um vagabundo, trancava minha casa e pegava uma carona, até onde ela estaria em segurança, com sua família... Ao chegar o final da tarde já era visível, o sol estava desaparecendo, pelo menos na minha vista, as cores alaranjadas, mais vivas, apareciam e certo tremor escorria entre meu corpo, deveria mesmo visita-la?
Esperava que minha presença não incomodasse, afinal eu nem havia avisado, no lado de fora batia três vezes na porta e esperava atentamente que ela abrisse a porta.

             

I want more

As ruas de Redwood já estavam sendo tomadas pela escuridão, apenas iluminadas por estrelas e alguns postes com luz, todas as casas pareciam iguais, apenas com algumas mínimas mudanças. Caminhei pela rua, tentando encontrar a casa certa, a que Astrid havia me dito.
Havia alguns dias que meu afilhado tinha nascido, então resolvi fazer uma visitinha para Astrid, Frâncio e Scott, o marido dela que até então eu não conhecia. Estava feliz por eles, ter uma família é tudo que eu sempre quis, então a ideia de que eles estavam formando a deles já me deixava super feliz.
Parei em frente a uma casa, se eu estava certa, era ali onde moravam.Fui até a porta, um pouco nervosa e toquei a campainha. Ouvi conversas e depois alguns passos vindos na minha direção. A porta foi se abrindo assim como meu sorriso.
- Olá – Falei, quando a porta se abriu totalmente.

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Sempre deixava alguma arma perto de si, mesmo sabendo que ali era seguro. Assim que ouviu a voz de Scott ficou mais tranquila, cumprimentou o marido com um beijo e voltou-se para a visita, mas Angel não era uma visita, além de ser seu amigo ele era padrinho de Frâncio. Astrid estava feliz por ter ele ali.
-Obrigada por ter vindo. - Astrid olhou para o filho na hora que o mesmo bocejou, cada movimento era uma graça. A garota passou seu filho para os braços do padrinho logo que escutou o som da campainha, Astrid caminhou até a porta principal da casa, mesmo com a porta semiaberta ela já sabia quem era, o cabelo loiro a denunciava. -Helena! - Sem formalidades a prole de Lissa se jogou em cima da menina parada na sua porta, um abraço caloroso logo fora iniciado. -Venha!
Astrid conduziu a madrinha de Frâncio até a sala onde os outros estavam.
 

thanks rapture

How are you feeling today?

Olhava para o lado ao perceber Aurora e em seguida era convidado por Scott, realmente ele quase me assustou afinal, achava que ele já estava em casa, então entrei junto com ele. Passávamos pelo hall de entrada e em seguida chegamos a sala de estar, onde estava Astrid e seu filho, meu afilhado. Ouvia o som da campainha e Astrid se apressou para atender.
- Então? Como está a vida agora?
Perguntei olhando para Scott, logo Astrid entrava junto com outra pessoa, junto com Helena, aquela que eu tinha beijado horas antes.

Now when she tells she's gonna get it

             

I want more

Depois do longo e caloroso abraço, ela e eu caminhamos até a sala de estar,onde vi algumas pessoas, Scott sentado no sofá,imaginava eu que era ele, Arthur que me abraçou logo quando entrei na sala, Frâncio meu afilhado, a coisa mais linda do mundo, no colo de um garoto, olhei mais para cima para ver o rosto de  quem o segurava, levei um susto.
Será que era o destino? Como poderíamos ter ido para o mesmo lugar? Angel estava ali, ele tinha acabado de sair da floresta, eu tinha estado lá junto com ele. Fiz uma cara de espanto, mas depois sorri.
-Boa noite - abracei todos, depois beijei Frâncio e pedi para o segurar.
Fiquei olhando para ele, era a coisa mais linda e fofa que eu já tinha visto.
- Ele é tão perfeito - falei ainda olhando para ele que mexia as mãozinhas. Segurei uma de suas mãos e olhei para Astrid -Então, como está a vida?

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