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Treino dos Filhos de Melinoe - [10/14]
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training the chalet

Eram cinco horas da manhã. Conforme o combinado, meus irmãos começaram a sair do chalé e logo uma grande quantidade de pessoas estava diante da cabana. Meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e tentava parecer autoritária, coisa que não era. O vento frio era um convite a voltar para as cobertas e, antes que alguém nos deixasse para retornar ao chalé, anunciei:
— Bom dia, maninhos! Eu sou Yoora, monitora do chalé. Como vocês já sabem, hoje iniciaremos nossos treinamentos — dei uma boa olhada nos rostos de meus irmãos, para ver se algum estava entediado, e continuei. — Nossa atividade não será apenas um treino físico, como observei que a maioria dos monitores está fazendo. Nosso treino será mais voltado para o lado psíquico. Caminharemos até o cemitério a três ou quatro quilômetros daqui. Lá, explicarei como funcionará a parte psíquica.
Tinha a permissão de Dionísio para levar meus irmãos para fora do acampamento, contanto que todos estivessem de volta até o meio dia. Sendo assim, todos nós, até mesmo os que pareciam irritados com a proposta, marcharam de cabeça erguida.
Após alguns minutos de caminhada, chegamos, um tanto ofegantes, ao cemitério. Era um local aparentemente deserto, cheio de túmulos mal cuidados e um mausoléu. Sentei-me sobre uma sepultura, estalei o dedo duas vezes, para chamar a atenção do grupo, e então anunciei:
— O papel de nossa mãe é levar almas, geralmente, perturbadas, ao mundo dos mortos. É mais ou menos isso que faremos agora. O cemitério deveria ser um lugar de descanso absoluto, porém, algumas almas ainda não perceberam que estão mortas e vagam por aqui. Vocês deverão encontrá-las e avisar que devem repousar agora, pois a vida terrena já acabou — respirei fundo e sorri, ainda cansada da longa caminhada. — Mas lembrem-se de serem gentis. Os fantasmas são muito sensíveis. Quem acabar, me encontre aqui e estará liberado. Podem ir.
Esperei até que todos partissem e, então, subi no túmulo, tentando ver como eles estavam se saindo.
— Bom dia, maninhos! Eu sou Yoora, monitora do chalé. Como vocês já sabem, hoje iniciaremos nossos treinamentos — dei uma boa olhada nos rostos de meus irmãos, para ver se algum estava entediado, e continuei. — Nossa atividade não será apenas um treino físico, como observei que a maioria dos monitores está fazendo. Nosso treino será mais voltado para o lado psíquico. Caminharemos até o cemitério a três ou quatro quilômetros daqui. Lá, explicarei como funcionará a parte psíquica.
Tinha a permissão de Dionísio para levar meus irmãos para fora do acampamento, contanto que todos estivessem de volta até o meio dia. Sendo assim, todos nós, até mesmo os que pareciam irritados com a proposta, marcharam de cabeça erguida.
...
Após alguns minutos de caminhada, chegamos, um tanto ofegantes, ao cemitério. Era um local aparentemente deserto, cheio de túmulos mal cuidados e um mausoléu. Sentei-me sobre uma sepultura, estalei o dedo duas vezes, para chamar a atenção do grupo, e então anunciei:
— O papel de nossa mãe é levar almas, geralmente, perturbadas, ao mundo dos mortos. É mais ou menos isso que faremos agora. O cemitério deveria ser um lugar de descanso absoluto, porém, algumas almas ainda não perceberam que estão mortas e vagam por aqui. Vocês deverão encontrá-las e avisar que devem repousar agora, pois a vida terrena já acabou — respirei fundo e sorri, ainda cansada da longa caminhada. — Mas lembrem-se de serem gentis. Os fantasmas são muito sensíveis. Quem acabar, me encontre aqui e estará liberado. Podem ir.
Esperei até que todos partissem e, então, subi no túmulo, tentando ver como eles estavam se saindo.
- Considerações:
- ◐ O treino e one-post;
◐ todos deverão utilizar o seguinte poder: "Necromantes: Os filhos de Melinoe têm uma aura muito atraente para os fantasmas, podendo atrair-lhes a atenção. Poderá conversar, tentar convencê-los a ajudar, mas nada é garantido". Se quiserem, poderão utilizar mais poderes e equipamentos, mas, por favor, os deixem em spoiler no fim do post;
◐ não esqueça que você não tem teletransporte, precisará caminhar de volta ao acampamento e seria maravilhoso se descrevesse essa caminhada;
◐ vocês tem quatro semanas (vinte e oito dias) pra postar e, quem não o fizer, perderá uma quantia do HP e EP;
◐ boa sorte.
Treino do Chalé. Template feito pela clumsy do SA
Yoora Pyeon


Japonese And Gentle...
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Eu estava tendo um ótimo sonho até acordar assustada recordando-me do treino de chalé. Apressada, havia me trocado e lavado a face. Minhas vestimentas eram simples: calça jeans escura, all star negro, meias negras, blusa de meia manga da banda Avenged Sevenfold e um moletom negro por cima. O cabelo foi mantido solto por mim, pois queria garantir uma proteção extra ao pescoço. Conforme meus irmãos iam acordando e se arrumando, todos nos dirigimos lá para fora e aguardamos nossa irmã nos informar o motivo do chamado: iriamos treinar. Me segurei firmemente para não suspirar. Um treino aquela hora da manhã? Por Hades! Porém não expressei o desagrado por ir treinar aquela hora: era necessário e uma boa kunoichi não reclamaria de polir suas habilidades até em horas inoportunas como aquela. Coloquei as mãos no bolso do casaco e me dirigi ao cemitério pouco atrás de nossa monitora. Ouvia os comentários e palavras de raiva de alguns ao fundo. Sabia que seria ignorada, porém olhei por cima do ombro para eles e os fuzilei com os olhos: mal haviam acordado e já estavam daquele jeito?! Pareciam um bando de fantasmas revoltados e sem o que fazer da vida, digo, morte além de reclamar.
Quando chegamos ao ambiente do treinamento, comecei a analisar e avaliar cada pequeno detalhe do ambiente, mesmo estando cansada: era treinada desde jovem para tirar proveito do lugar onde me encontrava e a estuda-lo o mais depressa possível independente da situação em que estava. A sugestão foi o que parte de nós esperava, no fundo. Era o que fazíamos: guiávamos aqueles que se negavam a seguir e os demais responsáveis - como os ceifadores - não conseguiam levar. Diante de uma perspectiva mais ativa, todos pareceram estar mais animados com o treino matutino do que antes e começaram a se espalhar pelo cemitério assim que a garota terminou de falar. Fiz uma breve reverencia para ela antes de me afastar para o treinamento e comecei a andar por lá a procura de meus objetivos de treino.
Nossos pés colidiam com o chão levemente úmido de uma leve chuva noturna e fazia um barulho abafado. Não estava me preocupando em ser furtiva ou alguma coisa assim. Atrairia a atenção de fantasmas pelo simples motivo de existir e meus irmãos sabiam de mim ali. Estava totalmente ciente de minha mutação ocular de translucido para mundano e translucido de novo, ao passo que também sentia nuances em presenças espectrais pelo lugar, devido a minha ligação com seres mortos. Por fim, achei o fantasma de um garotinho sentado escondido atrás de uma lapide meio caída e dei um sorriso, tentando ser simpática. Ele parecia muito comigo quando tive meu primeiro contato com aqueles seres: assustado, sem compreender o que acontecia ali.
─ Bom dia, pequenino. Chamo-me Chieko. Posso me aproximar? ─ Não queria e nem iria força-lo a me permitir chegar mais perto. Apesar de estar assustado com toda a movimentação ali, meneou com lentidão dolorosa confirmando meu pedido. Fiquei a alguns passos curtos dele e me abaixei para ficar de sua altura e olha-lo de igual para igual. ─ O que fazes aqui, querido? Como se chama?
─ O que você... O que você quer comigo? Eu não vou embora com aquela mulher esquisita! Ela me assusta... Por favor, não diga que eu estou aqui!
Olha, eu não morro de amores por minha mãe, porém chama-la de mulher esquisita já é de mais, né? Precisei me segurar para não tentar bater no garoto: quando se esta com raiva, se esquece que fantasmas são intangíveis e ainda não consigo interagir fisicamente com eles. Mantive o sorriso em face antes de retornar a me pronunciar sendo tão gentil quanto possível.
─ Não direi nada a ninguém, apenas gostaria de conversar um pouco com você. Eu tenho uma habilidade especial, sabia? A alguns anos atrás eu me descobri capaz de ver coisas que ninguém mais via. ─ Pela expressão dele, agora eu era a insana que conversava com um garoto em um cemitério com o dia ainda amanhecendo. O garoto começou a fazer menção de se levantar e olhei ao redor. Ninguém prestava atenção em nós. ─ Tente fugir e Melinoe-Sama será imediatamente informada de sua localização. Enquanto estiver aqui, comigo, estará longe da visão dela e portanto seguro. Desejas fugir de sua proteção?
Era mentira e eu sabia muito bem disto. Minha mãe sabia exatamente onde ele estava: estávamos dentro da zona de poder dos deuses e fantasmas são o domínio dela, certo? Quem não precisava saber disto, porém, era a criança. Estendi a mão para ela, inclinando a cabeça para a direita e observando-o com calma. ─ Toque-me. Apenas toque-me e começará a entender o que eu digo. ─ A criança jamais faria aquilo neste instante e eu sabia perfeitamente. Por que estava tentando então? Não sei. O garoto apenas se ergueu e ficou me olhando. Permaneci impassível.
─ Você está brincando comigo. Foi enviada por ela, não foi? Eu não quero... Eu... Eu... Eu sou uma criança normal. Você é a única esquisita aqui.
─ Deixe-me contar-lhe uma historia, então. ─ Não ergui a voz, não demonstrei emoções. Utilizava uma mascara perfeita de imparcialidade. Fiquei em pé e olhei para o mausoléu afastado de nós. Provavelmente precisaria de muito mais do que simples boa vontade de ajudar para poder liberta-lo daquele lugar. ─ Algumas pessoas tem um determinado de tempo andando entre os vivos. Uma expectativa de vida, um tempo para experimentar o mundo dos vivos. O tempo de cada um é diferente e cada qual utiliza como desejar. Alguns vivem muito, outros vivem pouco. Porém todos tem que partir, mesmo que não desejem. Existem, apesar de tudo, algumas almas que ficam pressas neste mundo e é dever de algumas entidades, conhecidas como deuses da morte, de leva-las ao Mundo Inferior para que, depois, possam renascer novamente. Visto que existe muito trabalho e poucos deuses, foi então que surgiram os Ceifadores da Morte para auxiliar a Personificação desta e também os filhos de alguns outros deuses. Todos os envolvidos são capazes de ver e conversar com os mortos.
Dei uma pausa sutil, registrando a existência de algumas pequenas pedrinhas e restos quebrados de lápides que poderia fazer levitar para demonstrações do que dizia ao pequeno assim que chegasse ao ponto que desejava.
─ São fornecidos a estes, além de tais capacidades, o dom de manipular a energia espiritual do ambiente. Não sei sobre qual religião foi educado, porém para os católicos seria como se entrássemos em contato direto com o espirito santo e usufruíssemos dele para realizar pequenos milagres. Para budistas, usamos o poder de nossas mentes... Por ai vai. Independente de que acredita, os dons permanecem com o mesmo sentido: libertar aqueles que ainda estão presos e precisam de uma luz. Não existe dor ou medo. Pessoas que não cometeram atrocidades ficarão em lugares neutros ou bons, pessoas más irão receber de volta o que fizeram e pessoas de índole bondosa serão agraciadas com o descanso e felicidades. As lembranças deste mundo irão se dissipar lentamente...
Escolhi este momento para apontar uma pedra de pequeno porte e começar a ergue-la lentamente. Era suavemente mais pesada do que imaginara, porém estava conseguindo fazer o que desejava. O fantasma gritou e atraiu a atenção de outras pessoas, vivas ou não. O grito também havia me assustado e quebrado minha concentração, fazendo-me deixar a pedra cair e olhar-lhe assustada. Antes que pudesse fazer alguma coisa, o garoto começou a correr para longe e, ao me recuperar, comecei a correr atrás dele, seguindo-o pelos restos de um cemitério.
Por um bom tempo, corremos como cão e gato. Visivelmente eu era a pessoa mais cansada ali e não havia mais ninguém além de nós dois. O cemitério não estava nem mais visível. O jovem tinha espasmos. Estava tão profundamente ligado ao cemitério que agora estava começando a sofrer as consequências de seu afastamento.
─ Você é um monstro! É isso que é! Desumana... ─ Eram as palavras que normalmente ouvia. Ergui os olhos para ele e dei um sorriso cansado antes de proferir as palavras seguintes.
─ Pelo menos eu estou viva. ─ Pude ver a confusão nos olhos dele e indiquei seu corpo. Estava oscilando entre o translucido e o normal, seus pés não tocavam o chão e uma fina camada de luminosidade espectral o envolvia como pulsos elétricos envolvendo um fio que está na água. ─ Não esperava precisar revelar-te deste modo. Toque em alguma coisa material e verás que atravessará esta. ─ Mesmo assim, estava se negando a aceitar e peguei uma pedrinha, arremessando-a no garoto quando estava distraído. A pedra o atravessou e olhei-o sorrindo. A ficha estava começando a cair para ele. Precisava concluir o serviço antes que este se rebelasse e se tornasse um espirito rebelde e revoltado. ─ Não espero, é claro, que aceite de cara sua nova condição, porém permita-se experimentar o novo mundo cujo o qual pode ir. Encontrará seus iguais e não será ignorado, minha progenitora não voltará a te importunar. Só precisa dizer poucas palavras: eu aceito e reconheço a morte, guiem-me, Ceifeiros. ─ Eu havia acabado de criar isto, porém imaginava que Ceifadores pudessem pressentir quando uma alma aceitava ser guiada, não? Se existisse algum ali, saberia. Ouvi o sussurro de tais palavras e uma energia envolvendo-o lentamente. Alguém já estava a espera. Dei-lhe as costas e comecei a retornar para junto de meus irmãos, cansada. Precisava de minha cama urgentemente agora.
Horas após nosso treino, estava deitada na cama e respirava com dificuldade. Meu corpo ainda não havia se readaptado da caminhada. Meus pés doíam e o sono começava a rastejar para perto de meu corpo. Respirava com cuidado e olhava para o teto. As conversas e vozes soavam como se estivesse em um plano totalmente a parte e de difícil acesso. Havia esperado por longo tempo para regressarmos, afinal nem todos haviam terminado ainda. Quando voltávamos, tudo o que havíamos praticado foi discutido e explanado. Cada fantasma tinha uma historia que não havíamos notado antes. Conclui que aquela criança havia morrido cedo de mais e, como tal, não notara o que acontecerá, ficando presso ao cemitério esperando os pais para salva-la. Esperava que agora estivesse em um lugar melhor. Fechei os olhos e, por fim, entreguei-me aos cuidados de Hipnos e seus filhos.
Quando chegamos ao ambiente do treinamento, comecei a analisar e avaliar cada pequeno detalhe do ambiente, mesmo estando cansada: era treinada desde jovem para tirar proveito do lugar onde me encontrava e a estuda-lo o mais depressa possível independente da situação em que estava. A sugestão foi o que parte de nós esperava, no fundo. Era o que fazíamos: guiávamos aqueles que se negavam a seguir e os demais responsáveis - como os ceifadores - não conseguiam levar. Diante de uma perspectiva mais ativa, todos pareceram estar mais animados com o treino matutino do que antes e começaram a se espalhar pelo cemitério assim que a garota terminou de falar. Fiz uma breve reverencia para ela antes de me afastar para o treinamento e comecei a andar por lá a procura de meus objetivos de treino.
Nossos pés colidiam com o chão levemente úmido de uma leve chuva noturna e fazia um barulho abafado. Não estava me preocupando em ser furtiva ou alguma coisa assim. Atrairia a atenção de fantasmas pelo simples motivo de existir e meus irmãos sabiam de mim ali. Estava totalmente ciente de minha mutação ocular de translucido para mundano e translucido de novo, ao passo que também sentia nuances em presenças espectrais pelo lugar, devido a minha ligação com seres mortos. Por fim, achei o fantasma de um garotinho sentado escondido atrás de uma lapide meio caída e dei um sorriso, tentando ser simpática. Ele parecia muito comigo quando tive meu primeiro contato com aqueles seres: assustado, sem compreender o que acontecia ali.
─ Bom dia, pequenino. Chamo-me Chieko. Posso me aproximar? ─ Não queria e nem iria força-lo a me permitir chegar mais perto. Apesar de estar assustado com toda a movimentação ali, meneou com lentidão dolorosa confirmando meu pedido. Fiquei a alguns passos curtos dele e me abaixei para ficar de sua altura e olha-lo de igual para igual. ─ O que fazes aqui, querido? Como se chama?
─ O que você... O que você quer comigo? Eu não vou embora com aquela mulher esquisita! Ela me assusta... Por favor, não diga que eu estou aqui!
Olha, eu não morro de amores por minha mãe, porém chama-la de mulher esquisita já é de mais, né? Precisei me segurar para não tentar bater no garoto: quando se esta com raiva, se esquece que fantasmas são intangíveis e ainda não consigo interagir fisicamente com eles. Mantive o sorriso em face antes de retornar a me pronunciar sendo tão gentil quanto possível.
─ Não direi nada a ninguém, apenas gostaria de conversar um pouco com você. Eu tenho uma habilidade especial, sabia? A alguns anos atrás eu me descobri capaz de ver coisas que ninguém mais via. ─ Pela expressão dele, agora eu era a insana que conversava com um garoto em um cemitério com o dia ainda amanhecendo. O garoto começou a fazer menção de se levantar e olhei ao redor. Ninguém prestava atenção em nós. ─ Tente fugir e Melinoe-Sama será imediatamente informada de sua localização. Enquanto estiver aqui, comigo, estará longe da visão dela e portanto seguro. Desejas fugir de sua proteção?
Era mentira e eu sabia muito bem disto. Minha mãe sabia exatamente onde ele estava: estávamos dentro da zona de poder dos deuses e fantasmas são o domínio dela, certo? Quem não precisava saber disto, porém, era a criança. Estendi a mão para ela, inclinando a cabeça para a direita e observando-o com calma. ─ Toque-me. Apenas toque-me e começará a entender o que eu digo. ─ A criança jamais faria aquilo neste instante e eu sabia perfeitamente. Por que estava tentando então? Não sei. O garoto apenas se ergueu e ficou me olhando. Permaneci impassível.
─ Você está brincando comigo. Foi enviada por ela, não foi? Eu não quero... Eu... Eu... Eu sou uma criança normal. Você é a única esquisita aqui.
─ Deixe-me contar-lhe uma historia, então. ─ Não ergui a voz, não demonstrei emoções. Utilizava uma mascara perfeita de imparcialidade. Fiquei em pé e olhei para o mausoléu afastado de nós. Provavelmente precisaria de muito mais do que simples boa vontade de ajudar para poder liberta-lo daquele lugar. ─ Algumas pessoas tem um determinado de tempo andando entre os vivos. Uma expectativa de vida, um tempo para experimentar o mundo dos vivos. O tempo de cada um é diferente e cada qual utiliza como desejar. Alguns vivem muito, outros vivem pouco. Porém todos tem que partir, mesmo que não desejem. Existem, apesar de tudo, algumas almas que ficam pressas neste mundo e é dever de algumas entidades, conhecidas como deuses da morte, de leva-las ao Mundo Inferior para que, depois, possam renascer novamente. Visto que existe muito trabalho e poucos deuses, foi então que surgiram os Ceifadores da Morte para auxiliar a Personificação desta e também os filhos de alguns outros deuses. Todos os envolvidos são capazes de ver e conversar com os mortos.
Dei uma pausa sutil, registrando a existência de algumas pequenas pedrinhas e restos quebrados de lápides que poderia fazer levitar para demonstrações do que dizia ao pequeno assim que chegasse ao ponto que desejava.
─ São fornecidos a estes, além de tais capacidades, o dom de manipular a energia espiritual do ambiente. Não sei sobre qual religião foi educado, porém para os católicos seria como se entrássemos em contato direto com o espirito santo e usufruíssemos dele para realizar pequenos milagres. Para budistas, usamos o poder de nossas mentes... Por ai vai. Independente de que acredita, os dons permanecem com o mesmo sentido: libertar aqueles que ainda estão presos e precisam de uma luz. Não existe dor ou medo. Pessoas que não cometeram atrocidades ficarão em lugares neutros ou bons, pessoas más irão receber de volta o que fizeram e pessoas de índole bondosa serão agraciadas com o descanso e felicidades. As lembranças deste mundo irão se dissipar lentamente...
Escolhi este momento para apontar uma pedra de pequeno porte e começar a ergue-la lentamente. Era suavemente mais pesada do que imaginara, porém estava conseguindo fazer o que desejava. O fantasma gritou e atraiu a atenção de outras pessoas, vivas ou não. O grito também havia me assustado e quebrado minha concentração, fazendo-me deixar a pedra cair e olhar-lhe assustada. Antes que pudesse fazer alguma coisa, o garoto começou a correr para longe e, ao me recuperar, comecei a correr atrás dele, seguindo-o pelos restos de um cemitério.
Por um bom tempo, corremos como cão e gato. Visivelmente eu era a pessoa mais cansada ali e não havia mais ninguém além de nós dois. O cemitério não estava nem mais visível. O jovem tinha espasmos. Estava tão profundamente ligado ao cemitério que agora estava começando a sofrer as consequências de seu afastamento.
─ Você é um monstro! É isso que é! Desumana... ─ Eram as palavras que normalmente ouvia. Ergui os olhos para ele e dei um sorriso cansado antes de proferir as palavras seguintes.
─ Pelo menos eu estou viva. ─ Pude ver a confusão nos olhos dele e indiquei seu corpo. Estava oscilando entre o translucido e o normal, seus pés não tocavam o chão e uma fina camada de luminosidade espectral o envolvia como pulsos elétricos envolvendo um fio que está na água. ─ Não esperava precisar revelar-te deste modo. Toque em alguma coisa material e verás que atravessará esta. ─ Mesmo assim, estava se negando a aceitar e peguei uma pedrinha, arremessando-a no garoto quando estava distraído. A pedra o atravessou e olhei-o sorrindo. A ficha estava começando a cair para ele. Precisava concluir o serviço antes que este se rebelasse e se tornasse um espirito rebelde e revoltado. ─ Não espero, é claro, que aceite de cara sua nova condição, porém permita-se experimentar o novo mundo cujo o qual pode ir. Encontrará seus iguais e não será ignorado, minha progenitora não voltará a te importunar. Só precisa dizer poucas palavras: eu aceito e reconheço a morte, guiem-me, Ceifeiros. ─ Eu havia acabado de criar isto, porém imaginava que Ceifadores pudessem pressentir quando uma alma aceitava ser guiada, não? Se existisse algum ali, saberia. Ouvi o sussurro de tais palavras e uma energia envolvendo-o lentamente. Alguém já estava a espera. Dei-lhe as costas e comecei a retornar para junto de meus irmãos, cansada. Precisava de minha cama urgentemente agora.
Horas após nosso treino, estava deitada na cama e respirava com dificuldade. Meu corpo ainda não havia se readaptado da caminhada. Meus pés doíam e o sono começava a rastejar para perto de meu corpo. Respirava com cuidado e olhava para o teto. As conversas e vozes soavam como se estivesse em um plano totalmente a parte e de difícil acesso. Havia esperado por longo tempo para regressarmos, afinal nem todos haviam terminado ainda. Quando voltávamos, tudo o que havíamos praticado foi discutido e explanado. Cada fantasma tinha uma historia que não havíamos notado antes. Conclui que aquela criança havia morrido cedo de mais e, como tal, não notara o que acontecerá, ficando presso ao cemitério esperando os pais para salva-la. Esperava que agora estivesse em um lugar melhor. Fechei os olhos e, por fim, entreguei-me aos cuidados de Hipnos e seus filhos.
- Poderes Passivos:
- ▪ Necromantes: Os filhos de Melinoe têm uma aura muito atraente para os fantasmas, podendo atrair-lhes a atenção. Poderá conversar, tentar convencê-los a ajudar, mas nada é garantido.
▪ Olhos Translúcidos: os olhos dos filhos de Melinoe oscilam entre o “normal” e o translúcido, por terem essa forte ligação com fantasmas.
- Poderes Ativos:
- ▪ Telecinese inicial: São os fenômenos que os fantasmas provocam. Sendo proles da deusa dos fantasmas, herdam este poder. [ Podendo mover objetos leves, mover cortinas, abrir/fechar portas, etc].
Legenda
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