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Sebastian V. Woljöden
My reputation's never been worse, so...
Aleksander não parava de olhar, preocupado, o horário em seu celular. Mesmo que um veículo tenha sido mandado especialmente para levá-lo ao Château Duchanne, a paranoia continuava a persegui-lo, afinal, não desejava causar alguma má impressão ao invitante. Céus, ele não costumava ficar tão nervoso assim, talvez fosse a ansiedade padrão ou, de maneira mais simplista, o estar prestes a ter um encontro com o mais gato dos filhos de Afrodite, ao menos em sua opinião.
Muito prestativo, o motorista alertou o garoto assim que o destino foi alcançado. Incrédulo, o herdeiro da boa morte pôs-se a admirar a vista em completa paralisia. Zeus, essa garota devia ter no mínimo umas vinte vezes mais grana que seu avô, de certo ele precisava agradecer Isabelle o quanto antes, era uma mansão e tanto. Entretanto, todo o empenho de Sebastian em criar a situação perfeita só o deixava ainda mais nervoso, isso porque Alek não havia tocado ainda a campainha.
— Senhor? Está tudo bem? — Indagou o chofer, acordando o garoto de seu devaneio exagerado.
— Ah, sim. Sinto muito. Muito obrigado. Tenha uma boa noite! — Seu coração voltou a bater mais forte, tratou de abrir a porta do veículo e despedir-se. Essa não era a primeira vez e não seria a última vez que isso aconteceria, mas com muita sorte não travaria no meio do jantar.
Ajeitou seu melhor terno para não evidenciar um amassado sequer. Talvez ele estivesse pecando pelo excesso, mas quem iria contrariá-lo diante da mais genuína intenção de impressionar? Violett podia até imaginar que Alek estava a exagerar, porém, dessa vez, ela apenas escolheu um perfume de seu agrado e deixou o resto por sua conta. Sua irmãzinha de consideração nunca falhava, pelo menos não para essas coisas, correto? "Vamos lá... ele não vai te morder, confie em Vio" — Era o que tentava colocar em sua cabeça, ao passo que subia as escadarias do jardim à entrada principal.
Fechou os olhos antes de tocar a campainha, respirando fundo e colocando toda a autorepreensão longe do seu plano de ideias, maravilhou como nunca o quanto aquilo tudo seria mais fácil se ele fosse descendente de Psiquê, todavia, não era momento para reclamar de detalhes pequenos. Ele estava perfeito, ao menos precisava acreditar nisso, sorrir e acenar.
"Vamos lá... você consegue" — Depois de dois minutos de enrolação, apertou a campainha para nunca mais se arrepender.
Prestativos do jeito que os funcionários d'Ali eram, em um sopro do vento alguém atenderia a porta. Sim, ele estava atrasado de certo e, céus, como ele se culpava.
"Por favor, se for para me matar do coração, que seja de uma vez" — Murmurando pro vazio em alguma língua que nem o mesmo conhecia, manteve os olhos fechados, concentrando-se para esvair o nervosismo de uma vez.
[...]
É em sua mão esquerda, um poema
Curto de versos fáceis tão gentis
Cujo coração fraco lhe maldiz
E então, o afoga em eterno Dilema
Não posso evitar seus olhos floris,
Apaixonar-me com um só fonema
Ou um suave perfume de alfazema
Que me envolveu com versos tão sutis
[...]
- Notas gerais:
NADA do que eu diga vai ser o bastante para compensar toda sua paciência hercúlea, eu realmente sinto muito, mesmo. Assim como em On, tenho paranoia e uma ansiedade de outro mundo em off, odeio fazer com que os outros se sintam mal por algo, principalmente quando fui eu que causei e isso tudo poderia ser evitado.
Não nego que passei um tempo grande disponível e, boa parte do tempo, fui puro empurrar com a barriga me dando desculpas imaginárias. Mas, dessa vez, prometo que nada disso vai se repetir, tens a minha completa palavra. Estamos para completar dois meses desde que eu deveria ter colocado esse post em prática, mas sempre achava um erro, algo insuficiente, os templates que gostei não funcionavam bem com o fórum, etc. Enfim, achei mais que necessário parar de enrolar-te e colocá-lo mesmo que não fosse o ideal. Sinto muitíssimo se faltei com a perfeição contigo (nesse primeiro post), porque é o mínimo que você merece depois de tanta espera.
Não hesite em me contatar, sabes todas minhas formas de contato (s2). E, se em menos de 48h eu não responder, pode cobrar as nudes porque te devo meu corpo e alma (seriously).
Sobre o poema: ah, nada de demais, eu só gosto bastante de escrever, então pode até ter ficado muito água com açúcar, então desculpas novamente, mas viajo bastante. E, com certeza, tem algum erro de digitação espalhado pelo post, a ansiedade de poder ver sua reação o mais breve possível me consumiu mais que tudo.
Novamente, sinto muito. Estou aqui para o que precisar. Você é incrível!
- Alek
Off: Sim, o título foi inspirado nesse atraso -q.
Aleksander S. Kierkegaard
Sebastian V. Woljöden
My reputation's never been worse, so...
De seus muitos devaneios, esse com certeza era o mais belo de todos. Sebastian trazia-lhe o ingrediente que faltava para que a receita daquela ocasião desse certo: a sensação de calma de si emanada. Ora essas, um filho de Macária ansioso? Quem é que não ficaria diante daquela beldade? Mas há de se admitir: os finos traços do senhor Vettra, criança de Afrodite, conseguiam ser ofuscados por todas suas outras qualidades: gentileza, resiliência, paciência e brandura.
Respirou aliviado.
— Posso dizer o mesmo. — brincou, abrindo um sorriso amarelo de imeditado. Em um gesto rápido, mal teve oportunidade para demonstrar seu nervosismo, afinal, Sebastian havia o suprimido com um abraço apertado. Com um beijo terno selado em seu rosto, Alek sentiu as nuances da fragrância delicada entre suas madeixas e pescoço. Como sempre viu na sinestesia, condição de nascença, uma nova oportunidade para enxergar o mundo, traduziu a sensação em um misto de bondade e proteção em seu paladar.
O mais alto levou-o para dentro da residência de senhorita Isabelle. De fato, tudo aquilo lhe soava muito perfeito. Entretanto, Sebastian conseguiu arrumar um jeito misterioso de fazê-lo se sentir confortável, mesmo diante de tamanha doçura. Aquela casa, por razão alguma, ressoava bastante com as memórias de seu avô, quem sabe não fosse o aconchego da lareira? Expirou. Sentiu-se acolhido pela primeira vez em muito tempo.
"Você gosta de comida italiana? [...] Os cozinheiros tiveram um problema com os mariscos..." — Aleksander não prestou muita atenção de imediato, estava maravilhado com aquele cômodo, teria ele preparado tudo aquilo? Contudo, a voz rouca de Sebastian chamou-lhe a atenção, melodicamente. — É a minha favorita, como sabia? — indagou incrédulo. — Sem problemas, não me importaria de passar um tempo a mais esperando com você, seja lá qual for o problema. — Ainda sem jeito, ajeitou o cabelo e alegrou-se, encantado da mesma maneira que um cão a observar o peru de natal.
Mais uma vez, antes que pudesse se dar conta, o mais novo dos Kierkegaard foi recebido com outro abraço do britânico, ainda mais terapêutico que o anterior. Se não fosse cauteloso, iria ficar inebriado sem tomar uma taça de vinho, apenas com o perfume do anfitrião. O pequeno afastar após o gesto retirou Alek de sua dissociação relâmpago. Íris alinhada com íris, faltou-lhe coragem para beijar o rapaz, mas de certo não lhe faltariam oportunidades.
"Se me permite acompanhá-lo" — Era incrível como uma curta sequência de palavras tinha tanto poder para instigar alguém, já provocado, Aleksander retrucou: — Claro, senhor, você é quem manda. — riu baixinho, acompanhando seu jogo. O êxtase preenchia cada veia do seu corpo com doses inconsequentes de dopamina; estava contente por estar ali; feliz por saber que não sentiria nada menos do que a perfeita imperfeição mortal vinda do senhor Woljöden.
- Notas:
O trecho envolvendo a sinestesia provavelmente ficou confuso, sinto muito. Acho melhor esclarecer, não? Trouxe isso inspirado em uma característica minha (a própria sinestesia), são como sentidos que se entrelaçam em uma memória permanente que só faz sentido na cabeça do portador. É como dizer que o número oito tem cheiro de grama do campo.
//E quem foi suprimido foi o nervosismo~~ (Sou péssimo com palavras, sinto muito).\\
Não sei como agradecer a paciência, s2. Muitíssimo obrigado, não exagerei nos adjetivos no post, sério. Fico contente em saber que não lhe chateei a um ponto severo.
Aleksander S. Kierkegaard
Sebastian V. Woljöden
My reputation's never been worse, so...
A face gélida de Aleksander, chicoteada pelo frio do exterior, aos poucos se aquecia com a tertura nas palavras de Sebastian. O garoto não desejava ficar mal acostumado, mas ser mimado de vez em quando lhe faria mal algum, não? O odor amadeirado do ambiente confundia-se com o perfume do outro, ainda a penetrar suas narinas. "Senhor, que homem. Por favor, Aleksander, pare de pensar coisas pervertidas".
Correndo tão depressa quanto um velocino, o tempo fez-se um pouco cruel em não tornar aqueles momentos eternos. Quando deu-se conta, o inglês beijava sua mão em um gesto carinhoso e receptivo. O costarricense se controlou para não ter um ataque do coração. Apesar de muito apreciar contato físico e demonstrações de afeto, algo mantinha-o preso e o impedia de se entregar a situação sem delirar.
"Que droga... eu quase desejei feliz aniversário para ele. Isso não faz nem sentido."
— Desculpe... — Teve a mão levada até o peitoral do filho de Afrodite. — Foi o costume. — Concluiu, pondo-se a fitá-lo profundamente nos olhos, dedilhando timidamente sobre o local, ainda que sua expressão facial dissesse outra coisa.
Deixou escapar uma pequena risada, abafada pelo seu sorriso de lábios cerrados, então retirando por si mesmo a mão do corpo do mais velho. Suas bochechas já transicionaram para um arroseado quase febril. Embora a vergonha não fosse mais sentimento presente, outro tipo de sensação igualmente forte tomava conta de seu sangue, um coquetel de hormônios regado a adrenalina e outras mais.
— Não vejo problema. Na verdade, é muito gentil. Não me lembro da última vez que comi algo do tipo. — olhou para cima, com o rosto a indicar um Aleksander mais desinibido, tranquilo por fora e explodindo por dentro. Seus olhos azuis-nébula só tornavam a mistura mais empolgante e, somados a sua voz grave, deixavam claro para Aleksander de barriga cheia e a pedir por mais, afinal, pelo perrdão da palavra do próprio, mas o garoto não parava de comê-lo com olhos.
"Por que essa barba tinha que me tocar?" — Levou o punho direito à boca como alguém que teve um tipo de refluxo, intencionado em esconder seu arrepio. — "Eu não sei se saio vivo dessa noite". — Ao menos estava seguro em seus pensamentos, porém, ficava cada vez mais difícil manter sanidade e decência diante daquele que, até então, Alek só teve oportunidades de admirar à distância.
[...]
— Obrigado. — disse firme e atencioso, sentando-se à cadeira.
Já posicionado no assento, encheu os olhos com a mesa que ele e os ciados haviam preparado. O cheiro de massa da melhor qualidade talvez fosse o suficiente para mantê-lo lúcido por alguns minutos mais. Enquanto isso, Sebastian despejava, como um gentleman, algum vinho do qual Kierkegaard era incapaz de ler o rótulo, devia ser da adega da Srta. Duchanne, correto? Infelizmente, nunca foi muito ligado a álcool e pouco entendia de vinhos, mas se daria a oportunidade. Seu único receio era falar demais.
— Está tudo divino, não sei nem o que dizer. — De imediato, Alek tateou o braço esquerdo após corresponder com o brinde proposto por Vettra, sem jeito. — Quero retribuir na primeira oportunidade. — Levou a taça à boca, ingerindo o líquido como um conta gotas, como uma desculpa para dar pausa na própria fala.
O gesto continuou quando Sebastian o confrontou para falar mais sobre si. De longe, a coisa mais fofa que havia ouvido nos últimos tempos. Por outro lado, falar sobre sua vida lhe soava um pouco constrangedor. Na hora, segurou mais firme o recipiente cristalino e bebeu uma poção muito maior do vinho que provavelmente já havia tido de álcool em toda a vida, evidenciando seu desajeito em desviar da pergunta.
— Ahn... Eu sou Aleksander, eu acho. Tenho dezenove, sou da Costa Rica. Minha vida toda foi uma bagunça, nunca fui bom com flerte. Sou apaixonado por um cara há um tempo, mas eu não teria chances com ele, então nem tentei. E... deixa eu ver. Ah, sim, ele me chamou para um jantar com boa macarronada, é alto que nem uma parede, tem um sorriso sexy pra caralho e eu acho que sou muito fraco para bebida. — Conforme o fim de seu raciocínio se aproximava, as palavras eram soltas automaticamente de sua boca, progressivamente em maior velocidade, chegando ao ponto de soar como espanhol nativo. Nesse momento, o garoto não sabia se era de fato MUITO suscetível e fraco ao álcool, se tratava do nervosismo ou se era então tanto cinismo que nem o próprio se dava conta. — Desculpe, eu... Acho que pensei alto.
Aleksander S. Kierkegaard
Sebastian V. Woljöden
My reputation's never been worse, so...
De imediato, Aleksander largou a taça de vinho na mesa e pôs-se a observar a reação do britânico com suas palavras. Não havia confusão num modo geral, Alek era bom em sentir sentimentos (mas não em expressá-los) e, definitivamente, Sebastian carregava pequenos requintes de sadismo no semblante. Era momento de se observar o estrago ser feito e engolir o leite derramado agindo como se tudo estivesse bem. Droga, Aleksander, você é mesmo uma decepção.
— Talvez ele seja. Não tenho como saber. — Retornou ao ato de se embebedar, posicionando vagaroso o objeto cristalino na mesa, com apenas pequena porção do volume de líquido original.
O inglês não estremeceu diante do quilo de verde jogado, pelo contrário. Levantou-se com toda a paciência do mundo e rumou em direção ao assento do latino. Na mente do costarriquenho inúmeros praguejos em negação contrastavam com sua ansiedade e palpitares. Sístoles que não pareciam vir acompanhadas de diástoles encharcavam a boca do mais novo. Tudo em uma fração de segundo.
Aleksander manteve-se calado. Era o melhor que poderia fazer, ver até onde o outro chegaria com seus avanços. No instante que um de seus ombros foram tocados pela delicadeza de suas "mãos pesadas", soube que talvez não fosse possível manter-se são. Desde pequeno Alek apresentava um comportamento peculiar: não gostava de ser tocado, mesmo pelos mais próximos. Tal ação lhe trazia estranheza e o fazia se encolher.
Ainda que já havia tido o máximo de intimidade com outras pessoas, o sentimento era frio e, por vezes, o garoto não sabia diferenciar suas parceiras e namorados de estátuas de sal. Não havia presente vontade de entrega, pois tinha para si que só causava problemas e eventualmente ia se decepcionar. Desde muito cedo esse era um ato proibido. Mas Sebastian era doce demais para ser um fora da lei.
Eufórico e talvez carregado de seus pré-conceitos, não pôde deixar de imaginar que se sentiria mal por supostamente trazer problemas ao filho de Afrodite. Não bastasse isso, seu corpo respondia com gemidos em inspirações interrompidas por breve falta de ar. Sebastian conseguira fazê-lo abrir a boca para logo depois calá-la novamente.
— Idiota... eu que deveria fazer você gemer assim. — Entregou caminhos para abrir sorriso uma vez mais, contente pela gentileza do rapaz mas estranho por não poder lhe entregar retribuição por tamanha cortesia.
De fato não demoraria para seus lábios fechassem novamente. Alek até que relutou com seus dentes, mordiscando-os para fechar a passagem de ar. No entanto, seus esforços não foram suficientes diante do mergulho do interesse-amoroso em seu pescoço, acariciado pelo outro segundos atrás. Aquela pequena mordida apaixonada era a prova de que Kierkegaard era louco. Sim, louco. Não poderia haver alguém que o deixasse daquela forma e o fizesse questionar seus mais cegos dogmas, afinal, ele não era digno de ser amado.
Prestes a protestar, Alek é surpreendido novamente, com lábios selados com os do outro. Só poderia se tratar de um delírio. Mal era capaz de olha fixo em seu rosto sem pensar que estava prestes a dissociar. Boa parte de seu passado estava em branco na memória, mas aquela era uma noite que precisava ser guardada a todos os custos. Diante da invasão do rapaz de olhos azuis em sua camisa, não enxergava mais uma ameaça. Talvez Circe ou Afrodite ouviram suas preces.
— Eu... gostei... — Admitiu com uma pausa curta seguida de suspiro. — Me promete que posso ficar sempre com você? — Com os movimentos dos braços um pouco restritos pelo abraço de Sebastian, manteve-se um pouco encolhido e embasbacado com seus modos invasivos. Para ele, essa pergunta era até mais ousada do que a que tinha o deixado tão alerta. "Que ódio. Eu estou demonstrando emoções", pensaria ele.
Sentiu que sua mão direita tocou em algo que não devia enquanto tentava identificar a cintura do garoto, uma falha crítica com centímetros de distância. — Sinto muito. — abaixou a cabeça em suspiro. — Só me prometa que não vou te causar problemas. Pelo menos não tão grandes quan... Deixa pra lá. — Abriu outro sorriso, rindo de desespero com a falta de jeito do próprio.
Aleksander S. Kierkegaard
Sebastian V. Woljöden
You must like me for me
"Thou cannot hast peace withoute a war"
[...]
Algo mais além de seu coração pulsava em seu corpo latente. Não conseguia concentrar sua mente em outra coisa mais senão a visão divina do turvo sonho lúcido que a sorte havia lhe contemplado. Se tinha uma forma de comparar como se sentia, seria recebendo o toque de sua foice, veneno e camomila. O filho de Afrodite não precisava recorrer a qualquer artifício para enebriá-lo daquela maneira.[...]
Talvez fosse idealista demais por fazê-lo. Kierkegaard não gostava racionalmente disso, entretanto, seu peito clamava por um pouco mais desse melodrama. Ainda que a inquietação permanecesse ali, Alek estava decidido a abaixar um pouco a guarda para a chance do amor. Quiçá não seria problema interpretar advogado do diabo se seus olhos fossem azuis como o de Vettra.
— O jantar estava ótimo e tudo. Não tenho do que reclamar, perfeito novamente... Mas... sinceramente, não posso perder a cabeça agora. — Sorriu, tratando de subir a mão direita para sua cintura, pressionando uma zona de tensão muscular do rapaz. — Quem sabe a gente possa até ver um filme depois e... — A fala do garoto alongou, enquanto Sebastian retirava-se de sua posição atual.
Puxando uma cadeira próxima, o inglês deu outra prova que era possível ser um desgraçado fofo e adoravelmente charmoso ao mesmo tempo. Em seu rosto permaneceu uma cara de bobo, ainda batalhando sem pressa contra a ansiedade. Seus beijos surpresa ainda deixavam-no sem jeito. Não se recordava da última vez que sentiu algo tão terno assim, se é que já havia acontecido. Inferno.... Essa já era uma guerra perdida para Alek.
— Por favor, Sebastian. Se você acha que eu vou me render a você porque é gentil, alto, carinhoso e tem uma barba que me deixa excitado de todas as formas possíveis, acho melhor pensar de novo porque está completamente certo. — Preparou com grande fôlego uma respirada inteira para um falso sermão. Próximo de seu fim, levantou-se de seu assento a estalar suas falanges.
No fundo, preocupava-se se isso havia o deixado para baixo por algum momento, algo de se questionar, mesmo diante do ego dos filhos de Afrodite. Mesmo assim, vagaroso, Alek se aproximou e levou a mão esquerda para perto do pescoço do companheiro, sem pressioná-la, paulatinamente subindo à parte mais "meridional" da mandíbula. — Eu gosto de você. E quero fazer você se arrepender por isso. — Enfim pondo-se a sentar, talvez tomando mais espaço que Sebastian imaginava inicialmente.
Sentado em seu colo, de frente para sua face, afrouxou um pouco, espanando a parte traseira de sua cabeça em sinal de timidez (quase um surto de puritanismo). Estando praticamente colado com o outro, hesitou diante de sua confiança. — E então... o que mais planejou?
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