Different Half-Blood
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Ter 17 Nov 2020 - 13:04Adrien Agreste
Seg 9 Nov 2020 - 19:27Zeus
Sáb 7 Nov 2020 - 22:03Nyx
Seg 2 Nov 2020 - 14:04Abbey Arsenault Barrière
Seg 2 Nov 2020 - 2:03Marinette Dupain-Cheng
Qui 29 Out 2020 - 0:30Alfonso Castillo
Qua 28 Out 2020 - 18:57Zeus
Ter 27 Out 2020 - 22:53Zoey Montgomery
Sex 23 Out 2020 - 17:54Kiernan Poisson Smith
Qui 22 Out 2020 - 12:15Poseidon
Sáb 17 Out 2020 - 18:51Arissa
Qui 15 Out 2020 - 22:16Ulrick Waldorf Versace
Qui 15 Out 2020 - 13:06Nov R. Daskov
Qua 14 Out 2020 - 23:53Lilac Song
Sáb 10 Out 2020 - 10:29Hylla K. Werstonem
Qua 7 Out 2020 - 21:38Poseidon
Qua 7 Out 2020 - 12:21Castiel Delacour
Ter 6 Out 2020 - 15:04Poseidon
Seg 5 Out 2020 - 17:47Poseidon
Sáb 3 Out 2020 - 17:11Audrey Scarlett R. Carter
Qua 30 Set 2020 - 15:31Éolo
Qua 30 Set 2020 - 10:30Michael Biscatelli
Ter 29 Set 2020 - 21:54Todoroki Ria
Seg 28 Set 2020 - 18:32Reyna K. Mavros
Dom 27 Set 2020 - 17:27Éolo
Seg 24 Ago 2020 - 20:42Lissa
Qui 21 Nov 2019 - 17:37Isabelle Duchanne
Sáb 12 Out 2019 - 21:35Brianna W. Dellannoy
Qua 4 Set 2019 - 14:31Reyna K. Mavros
Qui 8 Ago 2019 - 20:47Emily Duchanne
Sáb 6 Abr 2019 - 16:07Eros
Qua 3 Abr 2019 - 20:44Lissa
Dom 31 Mar 2019 - 14:29Alex R. Fabbri
Sáb 30 Mar 2019 - 11:53Poseidon
Sáb 30 Mar 2019 - 1:49Bree Wolffenbuetell
Sex 29 Mar 2019 - 19:48Jacob Ackerman
Qui 28 Mar 2019 - 20:04Zeus
Qui 21 Mar 2019 - 15:00Luka S. Sinnoh
Seg 28 Jan 2019 - 22:07Eros
Seg 21 Jan 2019 - 16:41Zeus
Seg 7 Jan 2019 - 23:22Brianna W. Dellannoy
Dom 6 Jan 2019 - 1:33Melinda Äderbatch
Sáb 5 Jan 2019 - 0:10Zoey Montgomery
Qui 3 Jan 2019 - 18:46Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:38Ivy La Faye
Qui 3 Jan 2019 - 18:26Ivy La Faye
Seg 31 Dez 2018 - 13:38Eros
Sex 16 Nov 2018 - 12:43Sebastian V. Woljöden
Dom 12 Ago 2018 - 14:20Sasha Ivanovna
Qua 1 Ago 2018 - 17:46Zeus
Seg 30 Jul 2018 - 9:39Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 19:28Sebastian V. Woljöden
Qui 26 Jul 2018 - 12:37Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:36Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:35Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:32Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:30Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:28Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 12:25Nyx
Qui 26 Jul 2018 - 9:15Nyx
Qua 25 Jul 2018 - 11:50Johan Maximoff
Seg 16 Jul 2018 - 23:41Alexa Watts Schratter
Ter 5 Jun 2018 - 1:26Adam Phantomhive
Sáb 17 Mar 2018 - 23:08Astera C. Morgenstern
Sex 16 Fev 2018 - 15:14Frâncio R. Lehner
Seg 8 Jan 2018 - 23:40Hannah Daphné Roux
Seg 8 Jan 2018 - 23:03Ivy La Faye
Qui 4 Jan 2018 - 13:47Genevieve Lim
Qua 3 Jan 2018 - 22:21Reyna K. Mavros
Qua 3 Jan 2018 - 20:23Lucifer Fuuzuki
Qua 3 Jan 2018 - 18:54Anko Utakata
Qua 3 Jan 2018 - 17:20Ariel Wröstch
Qua 3 Jan 2018 - 15:30Michael Biscatelli
Sex 29 Dez 2017 - 9:34Frâncio R. Lehner
00MES
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit
00MES
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit
00MES
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit
BIRMINGHAM
JANUARY, 1920
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat. Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
Skin de libre uso diseñado por @MadeInSevilla93 y obtenido a través de su tumblr. La fuente de iconos utilizada es Cappuccicons y el tooltip es obra de Malibu.

Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit tellus tempor leo nisl non dictumst, lacinia primis ligula nunc rhoncus vitae morbi accumsan vulputate potenti in egestas. Sem gravida eget etiam euismod volutpat arcu suspendisse natoque auctor enim faucibus, neque metus tempus sociosqu aptent fusce erat scelerisque interdum class laoreet primis, accumsan taciti nisi aenean dictum ut cursus litora tempor lectus. Pharetra torquent etiam eget felis venenatis per accumsan cum, eleifend blandit semper vivamus penatibus orci magnis convallis lacinia, id rhoncus aliquam risus hendrerit conubia potenti.






poison

treino mensal — setembro


“Vamos nos divertir”, pensou no momento em que seus olhos voltaram-se aos rostos diversificados na pequena concentração de semideuses. Nos leitos da enfermaria, outros meio-sangues repousavam; tinham um aspecto mortificado, de olhos fechados e lábios pálidos e secos. Os curandeiros não conseguiam reverter os efeitos da toxina que corria em seu sangue, de forma que somente a organizadora daquilo sabia seu antídoto.

O veneno utilizado causa enorme desconforto, então é melhor irem logo. — sorriu. Fora um golpe baixo: envenenar um dia antes as pessoas que eram tão queridas aos integrantes dos chalés que ela ficara responsável. Alguns a olhavam de forma desconfiada ou de modo irritadiço, mas Hyl esperava para ver onde aquilo iria dar.

Eu ocultei os frascos com a cura desse veneno em pontos estratégicos do Acampamento. Encontrem-nos e salvem as pessoas que vocês amam... — lançou um olhar frio aos semideuses internados. — Ou peguem uma cadeira e assistam seu sofrimento por horas até a poção perder o efeito.

Todavia, não mencionara as surpresinhas que havia reservado aos campistas daquele treino; surpresas essas que eles não gostariam nem um pouco.


Adicional:


TRAINING - POISON - DEMIGODS


template coded by always and forever of atf

Hylla K. Werstonem
Feiticeiros de Circe
Hylla K. Werstonem

Treino Mensal
Give me your sanity


O dia começara bem, ou melhor, começara de forma comum e estar vivo já era um ponto positivo quando se era um semideus. Eu estava dormindo no chalé de Hipnos, não tinha muitos irmãos ali, então, podia aproveitar o dia de forma bem demorada em minha doce e macia cama, mas claro, a fome sempre falava mais alto. E coisas que eu acredito que sejam as melhores da vida, são: dormir e comer. Comer principalmente.

Levantei-me próximo do meio dia e fui tomar um bom banho, água morna hein, óbvio. Quando se é filho de Hipnos, você simplesmente não quer acordar. Após o banho eu vesti uma camisa comum do acampamento e uma calça jeans.

Saí do chalé sem armas, acredito que o acampamento seja bastante seguro para ter de ficar desfilando por aí com as armas que ganhamos de nossos pais, me dá uma sensação de: posso morrer a qualquer esbarrão com um filho de Ares. Bom, de qualquer forma…

Continuei a caminhada. O refeitório já estava repleto de semideuses barulhentos, todos comentando sobre como havia sido sua manhã, como eles haviam destruído o boneco no treino ou como a parede de escalada estava complicada de subir. Eu simplesmente revirei os olhos e caminhei até a mesa do chalé de Hipnos. Estranhei o fato de July, minha irmã, não está ali, ela também não estava no chalé.

Em todo aquele tempo de adaptação, fora ela que me falara sobre os deuses, o olimpo e como era ser um semideus em pleno século XXI. Acredito que July poderia ser uma ótima psicóloga, mas ela com certeza dorme mais que eu, então não sobra muito tempo.

Sentei-me à mesa e imaginei um bom hambúrguer com uma coca bem gelada e várias batatas fritas com bacon. Não importa o quanto eu comesse, de alguma forma sempre queimava as calorias ao dormir.

Levantei-me com o prato de batatas fritas e depositei metade oferecendo ao meu pai. No instante seguinte um cheiro de leite morno tomou conta de mim e tive vontade de dormir, ali mesmo. Mas estava com fome, então, voltei até a mesa e comecei a comer o hambúrguer.

***

Mau havia terminado de almoçar quando percebi um burburinho entre os campistas e observar alguns saindo dali as pressas, indo em direção a enfermaria. Ergui as sobrancelhas me perguntando se havia ocorrido algum atentado no meio do Acampamento, e, se havia, queria que me falassem quem era o muçulmano, por que eu me lembraria de ficar bem longe dele. Sorri sozinho ao achar a piada engraçada.

Foi então que uma das proles de Apolo veio até minha mesa, falar diretamente comigo.

— Scar, não é? — Ela perguntou, parecendo um tanto confusa.

— Sim, sou eu. O que aconteceu?

— Não posso dizer muita coisa, apenas peço que vá até a enfermaria.

Após falar isso a garota simplesmente foi embora, deixando-me sozinho com uma indigestão se formando em meu estômago. Suspirei e levantei, não era sempre que um filho de Hipnos era convocado a enfermaria, talvez precisassem de um sedativo. Ri de novo da minha piada, estava ficando bom nisso.

***

Quando cheguei na enfermaria percebi que vários semideuses estavam reunidos ali, olhando abismados para as camas a sua frente. Fiquei sem entender e me aproximei, vendo que vários campistas conhecidos estavam em uma situação lamentável: pálidos, lábios azuis e em estado vegetativo. Será que era alguma espécie de vírus zumbi? Fiquei perguntando-me quando uma moça loira se aproximou e começou a explicar o que estava acontecendo.

— O veneno utilizado causa enorme desconforto, então é melhor irem logo.

Ela sorriu ao observar as expressões dos campistas que a ouviam, inclusive a minha. Que vadia! Tanta desgraça acontecendo no mundo e ela vai e envenena as pessoas por diversão? Eu suspirei, enfurecido, preparando-me para dar o fora dali.

Mas então avistei July, deitada em uma das macas, no mesmo estado que os outros. Que decisão difícil. Será que eu deveria salvar minha irmã? Suspirei e revirei os olhos, que chatice.

—  Eu ocultei os frascos com a cura desse veneno em pontos estratégicos do Acampamento. Encontrem-nos e salvem as pessoas que vocês amam... — ela lançou um olhar frio aos semideuses internados. — Ou peguem uma cadeira e assistam seu sofrimento por horas até a poção perder o efeito.

Eu estava pronto para voar no pescoço daquela vadia, mas preferi me controlar. Se ela fora capaz de deixar todo mundo daquele jeito, o que poderia fazer comigo? Um excelentíssimo senhor bosta?

Revirei os olhos e saí da enfermaria, sentando-me em um banco de uma pracinha que havia ali perto. Vi todos os semideuses que haviam sido convocados saindo, aos tropeços, desesperados para achar logo o antídoto.

Era evidente que ela não poderia matar ninguém, mortes eram proibidas no acampamento, se ela o fizesse seria expulsa. Ou seja: tinha de haver uma solução e não era necessário pressa para tal, por que, se ela não poderia matar a todos, tinha de fazer um antídoto para todos. Se haviam X campistas internados, haveria um número X de antídotos para curá-los, e, caso alguém não conseguisse encontrar e fracassasse em sua missão, ela deveria ter um frasco extra para salvar o azarado.

Pensando dessa forma conseguimos formar uma simples equação onde X é o número de campistas e Y o número de antídotos, logo, temos: X=Y².

Se haviam cerca de oito semideuses internados, ela deveria, obrigatoriamente ter espalhado oito antídotos, além de ter mais oito por segurança, caso ninguém achasse nada.

Número possível de antídotos: confere.

Agora vejamos: se existem cerca de oito antídotos espalhados pelo acampamento, e, segundo ela, em pontos estratégicos, podemos pensar em oito localidades distintas, e, provavelmente, as mais óbvias por serem mais frequentadas…

Podemos citar, com esse raciocínio: a casa grande, por ser o ponto principal do acampamento. Onde, dentro de lá, seria outra história, porém, pequeno o bastante para conseguir procurar. O lago, bastante frequentado por quem quer treinar canoagem e para quem quer namorar. A floresta, onde resguardavam vários monstros, esse é melhor não. Os chalés, mas quais? A parede de escalada, uma boa pedida. O refeitório, porém, extenso demais. A praia, mas, igualmente extensa. O anfiteatro e o pinheiro. Oito possíveis lugares.

Agora precisamos ver quais mais fáceis de se achar um frasco. Ou seja: os menores. A casa grande, os chalés e a parede de escalada. Ok, conseguimos diminuir bastante a lista. Mas ainda não está bom.

No caso dos chalés, poderia tanto estar dentro do meu chalé quanto de qualquer outro. E tendo 26 chalés no acampamento, não era algo que nós pudéssemos cogitar. Portanto, nada de chalés.

Sobram duas localidades: a parede de escalada e a casa grande. Agora precisamos avaliar quanto ao perigo. A parede de escalada, por si só, já é demasiadamente difícil, mas, claramente já sabemos onde o frasco possa estar: por trás de alguma pedra solta ou no topo. Os lugares para procurar são menores. Porém, a casa grande é demasiadamente mais segura, no entanto, bem maior.

Segurança ou facilidade? Eis a questão.

Passei a mão pelos meus cabelos e só então me dei conta que o sol já começava a baixar. Quanto tempo eu havia ficado ali, sentado? Deuses! Pensar, com certeza, não era para uma prole de Hipnos.

Estando próximo da enfermaria, o lugar mais perto é a casa grande. Vamos para lá.

***

Era estranha a forma que Hylla havia planejado as coisas, aparentemente não havia ninguém na casa grande. Bati várias vezes e ninguém respondeu. Mas isso também era algo bom: sinal de que não havia ninguém ido lá ainda.

Eu estava abrindo a porta da casa quando senti uma mão no meu ombro, já imaginei que fosse Quíron e que eu seria repreendido mas quando me virei percebi que era Ethan, de Hécate.

— O que você tá fazendo, cara? — Perguntou.

— Eu? Nada. — Sorri sem jeito, como uma criança quando é pega em flagrante.

— Vamos jogar vôlei? Só falta um jogador para completar o time.

Vôlei? Ethan deveria estar de brincadeira. Ele sabia muito bem que eu odiava todo e qualquer esporte que me fizesse pensar ou me locomover.

— Não vai dar não. — Falei e virei-me para entrar na casa grande.

Ethan, no entanto, segurou meu braço de forma firme e segura, olhando-me com seriedade que eu nunca havia visto em seu rosto.

— Ethan, o que você tá fazendo? — Falei, puxando meu braço. — Me solte!


Ele não queria me soltar. Bendita hora em que eu resolvi sair do chalé sem minhas armas. Revirei os olhos e tentei puxar meu braço de novo, mas Ethan estava determinado a não me deixar entrar. O que acabou por confirmar minha teoria: deveria ter algo lá dentro.

Resolvi fechar os olhos e concentrar-me apenas nas batidas do meu coração. Quando comecei a falar novamente, minha voz estava tão baixa e suave como o farfalhar das folhas ao vento.

— Ethan, você não vai me segurar. Suas mãos estão pesadas, seu corpo inteiro está pesado, é como se o próprio solo o atraísse e você sente vontade de se deitar e apenas dormir.  Você está cansado, está com sono, com muito sono…

A princípio, nada estava acontecendo, mas, no instante seguinte, Ethan começou a fraquejar e ir de encontro ao chão, adormecido.

Eu sorri em vitória, já tinha visto July fazer isso, mas, particularmente, nunca havia feito. Arrumei o corpo de Ethan no chão e me virei para a porta da casa grande, adentrando e, em seguida, trancando, para que um Ethan 2.0 não viesse encher meu saco.

Olhei para a sala a minha frente e ergui as sobrancelhas. Onde eu esconderia um frasco? Com certeza não seriam em lugares óbvios: sala de estar? Não. Sala de Quíron? Não. Cozinha? Talvez. Quartos? Melhor não. E sótão. Uma boa pedida.

Mas aquela múmia… Melhor começar pela cozinha.

Corri até a cozinha e abri a porta do lugar. Deparei-me com uma mesa branca ao centro e, mais a frente, um grande painel de armários, embutidos próximos a geladeira e ao fogão.

Fui em direção a eles e comecei a abrir as portas: bolachas, louça, temperos (tive de cheirar todos para saber se o antídoto não estava escondido), estoque de diet coke, é, nada por ali. Abri a porta da geladeira e vi apenas uma porção de frutas, enchiladas e ovos. Nada também.

Fechei a porta da geladeira e me praguejei. Só restava um lugar a se procurar: o sótão. Resmunguei e corri para as escadas, subindo os degraus de dois em dois. Abri a portinhola e a escada de corda caiu, subi nela em seguida.

O sótão estava bem escuro, então procurei por algum interruptor: sem sucesso. Caminhei, então, até a janela e abri a persiana, fazendo um fraco feixe de luz adentrar por ali e me fazer tomar um susto com a múmia me olhando de forma serena, provavelmente querendo marcar um encontro.

Pilhas e pilhas de caixas se amontoavam ali, seria demasiadamente difícil encontrar o frasco, e, pior ainda: podia estar disfarçado. Como encontrar uma coisa em meio a tantas coisas velhas?

Coisas velhas? Sim, coisas velhas! Era isso! Se as coisas que estavam guardadas ali no sótão eram tão antigas quanto eu pensava que eram, as recém colocadas estariam, no mínimo, mais novas e com menos pó. Se alguém havia mexido ali a pouco tempo…

Me levantei e comecei a investigar as caixas e os objetos presentes ali. A maioria já estava praticamente entrando em decomposição de tão velhos, mas ignorei. Estar na presença de uma múmia, era, com certeza, pior.

Foi então que vi uma caixa de souvenirs do anos oitenta um pouco afastada: a trilha de pó no chão revelava isso. Fui até lá e puxei a caixa de volta, abrindo-a. Haviam várias coisas: uma carteira de cigarros mofada, uma peruca do David Bowie, três Lp’s do Queen, uma bola de basquete furada, um perfume… Pera, um perfume?

Peguei aquele frasco e o virei em minha mão. Não havia nenhum nome, apenas o líquido transparente dentro de um vidro com tampa. Será que poderia ser? Abri o frasco e cheirei seu conteúdo: sem odor nem perfume. Com certeza era aquilo.

Pus as coisas de volta na caixa e a empurrei para o seu lugar de antes. Coloquei o frasco no bolso e virei-me para sair dali, foi então que vi um campista filho de Hermes me observando, o tinha visto na enfermaria antes de sair mas não imaginaria nunca que ele viria atrás de mim.

— Vamos lá, Scar. Passa o frasco e ninguém se machuca. — Sorriu com aquela expressão élfica diabólica.

Rangi os dentes e olhei a minha volta, procurando alguma solução e sorri ao deparar-me com ela. Peguei a múmia com uma só mão, me surpreendendo ao sentir o quão leve ela era, e a atirei em cima da prole de Hermes.

— Pega pra tu!

Aproveitando a distração, corri em direção a portinhola e passei por lá, fechando-a na saída. Corri pela escadaria e saí da casa grande.

Quando cheguei na enfermaria estava vermelho e ofegante, mas entreguei o frasco para Hylla, esperando não ter errado na escolha.

Poderes:

Convidado
Convidado
Os olhares ainda eram curiosos, quem poderia imaginar que o próprio deus dos ladrões iria se dar ao luxo de levar uma semideusa de Melione para o acampamento?. A novata ainda se acostumava com o lugar, tivera algumas aulas sobre mitologia e leitura em grego, mas nada que a fizesse sentir parte do lugar.

Brianna, sua irmã de ligação, explicou brevemente o que era feito naquele lugar e mostrou os arredores dizendo onde ela podia e onde não podia ir.

-Entendeu?

-Sim, não, mas vou entender
-respondeu ela ao final do passeio.

Cerca de uma semana havia se passado e ela ainda não tinha feito nenhum amigo que não fosse um Pégaso ou sátiro, seus irmãos não pareciam querer se aproximar dela como se Justine tivesse algo nela que os afastassem e isso a magoava, mas ela tinha Brianna e ela já era mais do que ela poderia querer.

Treino com lanças, arcos e espadas foram feitos no decorrer da semana, mas ela apenas conseguia manusear a espada com certa facilidade, Justine aprendeu sobre os poderes que iria adquirir com o passar do tempo e dos treinamentos, descobriu o quão poderosa e temida era sua mãe e agora entendi porque seu chalé era tão próximo do pessoal de Hades e Thanatos.

-Você vai gostar daqui- foi a última frase dita pela irmã antes de sumir na floresta indo atrás de seu cão.
Assim que a prole de Melione rumou em direção aos campos de morango, ela percebeu que os olhares estavam diminuindo e até mesmo uma ninfa havia dito um breve “oi” arrancando um sorriso da pequena francesa. Os olhos translúcidos procuravam um local onde ela pudesse ficar sozinha, mas o acampamento era cheio de mais para que existisse um local assim.

Na manhã seguinte ela reiniciou sua rotina, fez sua higiene e colocou o anel com pedra em G, vestiu uma roupa confortável e foi até o refeitório “socializar” com os irmãos, mas na volta ao chalé ela percebeu algo estranho, Brianna não esperava por ela. Os campistas de Melione que já haviam entrado no chalé agora corriam para fora com um bilhete em mãos e armas, Justine não entendeu o motivo por trás de tanta correria.

-O que está acontecendo?- perguntava ela, mas sempre era ignorada e empurrada para que saísse do caminho.
A garota correu até o chalé e encontrou um bilhete em sua cama, no bilhete apenas estava escrito que Brianna precisava dela na enfermaria e isso foi o suficiente para que ela saísse em disparada para o lugar, mas o desespero fez com que ela se perdesse e fosse à última a chegar.

A ansiedade e o medo fizeram com ela abrisse caminho em meio a multidão acabando por ver uma garota loira em frente as macas onde pessoas estavam deitadas e desacordadas, Justine olhou ao redor e sentiu uma pontada no peito, uma pontada de desespero como a que havia sentido no dia em que Brianna a deixará. Nervosa e com a certeza de que algo muito sério estava acontecendo ela correu entre as macas e encontrou Brianna em uma delas. A semideusa estava sofrendo e diversos tremores tomavam seu corpo, o rosto pálido estava suado e os lábios rosados tinham uma coloração branca, seus dedos tocaram o rosto da irmã e logo se afastaram assustados pela superfície quente que haviam tocado.

-Brianna...- murmurou ela perplexa.

Seu coração batia acelerado, as unhas cravaram-se na palma das mãos e sua visão ficou embaçada pelas lágrimas, ver Brianna ali era algo de extrema dor para ela, suas pernas bambearam e ela cedeu sendo amparada por um garoto desconhecido.

A garota loira tomou a frente e falou sobre que estava acontecendo e ao terminar sua explicação, Justine sentiu uma grande vontade de dar um soco na cara da mais velha, como ela pode fazer aquilo com todas aquelas pessoas e com Brianna?

Os semideuses rapidamente deixaram a enfermaria correndo para todos os lados em suas buscas pelo antídoto, mas Justine permaneceu ali ao lado da irmã, secando o suor em sua testa e segurando sua mão tremula, seus dedos correram pela cicatriz que sua mordida havia deixado e isso a fez chorar, as lembranças agora causavam dor.

-Se você não fizer algo, ela vai sofrer até o efeito passar, a dor que ela está sentindo aumenta a cada minuto- uma garota ruiva estava ao seu lado e disse as palavras com uma calmaria assustadora, mas Justine sabia que ela estava certa e isso a fez sair da enfermaria.

A prole de Melione saiu correndo sem rumo, campistas que não tinham nenhum envolvimento com o que estava acontecendo apenas observavam a cena curiosos, alguns riam do desespero em seu rosto e poucos pareciam preocupados com a correria.

A primeira parada da garota foi no chalé de Melione, ela não sabia para onde ir e tinha medo de se perder, Justine destruiu boa parte de seu quarto antes de desistir e sair dali, sua segunda parada foi nos Campos de Morango, ela olhou por dentre os pés de morango e até perguntou para algumas ninfas, mas nenhuma dela sabia.

Seu coração estava começando a doer, a ligação estava ficando mais fraca devido ao estado de Brianna. Ao chegar a arena ela percebeu que alguns de seus irmãos estavam lutando contra outros semideuses, ela não entendeu a motivação que levara seus irmãos a achar uma luta mais importante do que a vida de seus entes querido.

-Eu não quero machucar você!-gritou uma garota para um semideus que avançava segurando uma espada.

“Magia” pensou Justine diante a cena, os semideuses estavam encantados e decididos a dificultar as coisas.

-Hey, Justine, venha treinar!-gritou um deles enquanto se aproximava.

-E-eu...- ela correu antes de terminar a frase.

A pequena se escondeu no banheiro da arena até que julgou ser seguro sair, seus olhos varreram o local antes de ela sair correndo dali indo rumo a parede de escalada que ficava perto dali. Justine parou diante a parede de pedra e observou, todos os apoios pareciam intocados, ela observou cada um cuidadosamente indo do laranja até os diferentes tons de marrom.

-Achei você, Justine, venha treinar!- o garoto havia surgido como em um passe de mágica e o cajado em sua mão deixava claro sua progenitora: Hécate.

-Me deixa!- ela correu novamente, mas desta vez ela segurava sua espada.

Escondida atrás do Pinheiro de Thalia, Justine percebeu que não sabia lutar e nem se defender, teria de ficar nesse “esconde-esconde” até encontrar o antídoto, mas a cada minuto que passava a dor em seu peito aumentava lembrando-a de que precisava ser rápida. Desviando das grandes árvores e se ocultando nas sombras delas, a pequena chegou até uma parte mais afastada da floresta onde a iluminação era quase zero para qualquer outro semideus. Usando sua habilidade que permitia a ela enxergar no escuro ela seguiu, desviou de algumas árvores até que chegou até a sua árvore e de Brianna onde elas haviam escrito seus nomes.
Seus dedos correram pelo tronco avermelhado até tocarem as escritas, lágrimas correram por seu rosto e morreram na gola da jaqueta que Brianna avia lhe dado.

“Os frascos que irá encontrar são falsos, procure pelo cheiro de flores”

Justine conhecia aquela voz, era de Rowena. Rowena era o fantasma de uma semideusa filha de Deméter e até então o único fantasma com que ela havia conseguido contato.

Suas mãos tatearam o tronco e não encontrando nada fora do normal, mas atrás de uma grande pedra havia dois frascos brilhantes, um vermelho e um azul, a voz de Rowena fora clara em relação a eles e Justine confiava nela. A semideusa pegou o frasco azul e abriu a tampa, uma espécie de fumaça subiu e o líquido se tornou preto, o frasco começou a esquentar a ponta de obrigar a garota a solta-lo, o vermelho não teve nenhuma reação quando aberto, mas bastou uma gota dele em uma flor para que ela morresse.

De volta ao pinheiro ela entrou em desespero, o tempo passava depressa e ela ainda não tinha encontrado o antidoto, suas mãos escondiam o rosto em lágrimas, Brianna precisava dela e ela não era capaz de salva-la, nunca foi e nunca seria. Seu choro ecoou pelo local, alto e doloroso, um misto de dor e decepção.

“Não chore criança, algo está fora do padrão, não está?”

A pergunta de Rowena trouxe consigo uma dúvida, algo estava fora do padrão?

As lágrimas deixaram de escorrer e seus olhos ficaram fixos em um pedra no chão, sua mente repassava todos os locais por onde havia andando e agora ela prestava atenção nos detalhes.

-A PAREDE!- ela se levantou e saiu correndo mais uma vez, mas agora ela sorria.

A parede de escalada costumava ter uma única cor com algumas variações no mesmo tom e Justine percebeu tardiamente que havia um apoio laranja. A espada firmemente segura em sua mão direita estava preparada para qualquer obstáculo, mas ela não esperava encontrar o garoto esperando por ela na parede.

-Até que demorou- disse ele se aproximando

-Eu não quero lutar

-Você não sabe lutar- a verdade era dura.

O garoto continuou avançando e fez o primeiro movimento, Justine baixou o corpo e rolou no chão ficando atrás dele, sua perna direita girou dando uma rasteira no garoto que tocou o chão soltando um gemido. Uma vez de pé, ela começou a correr e a escalar a parede em direção ao apoio laranja.

-Eu ainda não comecei!- uma batida no chão com o cajado foi o suficiente para derruba-la de sua escalada.
As costas dela tocaram o chão, sua respiração ficou pesada e a visão turva, o riso do garoto ecoava pelo lugar.

-Tadinha... a fraca filha de Melione- zombava ele.

Justine usou a espada para se levantar e tentou acerta-lo algumas vezes percebendo depois de um tempo que ele estava usando-a de “bobinho”.

-JÁ CHEGA!- ela ergue a espada acima da cabeça e a crava no chão ativando a habilidade da arma. O filho de Hécate agora estava preso em um pesadelo que apenas ele poderia ver.

-NÃO... SAIAM!

Justine aproveitou para subir e chegar até o apoio, ela o toca e ele se solta mostrando um pequeno frasco branco em seu interior.

A dor em seu peito era quase insuportável, campistas andavam aos prantos em direção a enfermaria nitidamente desolados por não terem conseguido o antidoto, alguns corriam para lá com um frasco em mãos sem se importar com o sofrimento dos outros, Justine pensou em dividir seu antidoto, mas a imagem de Brianna socando seu rosto ao saber da atitude da irmã a fez esquecer a ideia.

Ela entrou na enfermaria lentamente, seu braço esquerdo estava ralado devido a queda e sangrava, mas ela ignorava a dor. Ela parou ao lado da maca de Brianna e abriu o frasco com dificuldade e cheirou seu conteúdo, o aroma de flores invadiu suas narinas e a fez sorrir, com cuidado ela abriu a boca da irmã e delicadamente foi virando o frasco.

-Vai ficar tudo bem- disse a garota acariciando a testa da irmã enquanto espera Brianna acordar,
You made me a believer

Informações:
Justine H. Beaumont
Filhos de Melinoe
Justine H. Beaumont
encerrado! Avaliação a seguir.
Hylla K. Werstonem
Feiticeiros de Circe
Hylla K. Werstonem





poison

treino mensal — setembro


Os olhares acusatórios que recaíam sobre ela por parte dos curandeiros eram significativos, enquanto permanecia sentada, um sorrisinho nos lábios conforme observava os campistas envenenados agonizando violentamente. Dois, de tantos outros, foram os únicos capazes de lhe trazerem os antídotos. Quando ingeridos pelos seus companheiros, os sintomas da poção nefasta que a Feiticeira utilizara se desfizeram em pouquíssimos segundos.

Aos outros: o veneno perderá o efeito até o anoitecer. Fiquem à vontade para assisti-los. — sorriu com certo deleite na fala, erguendo-se, indo até a saída da enfermaria com um brilho de satisfação no olhar.


— AVALIAÇÃO GERAL —

Aos dois que postaram: seus textos foram excelentes em todos os aspectos, atendendo à proposta com exímio cuidado. Como especificado nas instruções, erros mínimos são ignorados por mim e confesso que encontrei pouquíssimos, desprezíveis mediante o nível de suas ações. Suas batalhas, todavia, deixaram a desejar nos pontos de ação; nada, contudo, que me fizesse descontar pontos. Eu os parabenizo de pé, afinal, embora tenha sido um treino simples, vocês fizeram dele algo especial.


— INDIVIDUAIS —

Scar:

Justine:



Aos inativos e aos que não efetuaram as devidas postagens, é proibida a realização de qualquer atividade que tenha como princípio gerar XP para o player até o próximo treino! Salvo, contudo, aqueles que postaram no tópico ou comunicaram a responsável por esse tópico: eu mesma. Dúvidas? Tratar com a Staff do DHB. Obrigada e até mês que vem. <3


TRAINING - POISON - DEMIGODS


template coded by always and forever of atf

Hylla K. Werstonem
Feiticeiros de Circe
Hylla K. Werstonem

Avaliação


Hylla, bem sanguinário esse seu treino, gata sombria. Gostei, me lembra Cálice de Fogo.

+ 5 níveis
+ 40 Xpzinhos em Instinto de Sobrevivência

Conselheira e players já atualizados.

Zeus
Deuses
Zeus
Conteúdo patrocinado
- Tópicos semelhantes